Em uma casa de madrugada, três garotas de mais ou menos 13 anos, estão sentadas ao redor de uma mesa no quarto, brincando de verdade ou desafio.
– Sua vez, verdade ou desafio? – pergunta uma delas para uma das amigas.
– Verdade. – a garota responde.
– Você quer ficar com o Benji? – pergunta a de rosa.
– Desafio. – diz a de verde envergonhada.
– Ta bom, medrosa. – diz a de rosa. – Você vai ter que... Dizer Bloody Mary no banheiro.
– É o melhor que pode fazer? – pergunta a de verde.
– Quem é Bloody Mary? – pergunta uma de azul.
– Ela era uma bruxa... – a de rosa explica.
– Eu ouvi que ela morreu em um acidente de carro. – interrompe a de verde.
– Não importa quem ela era... – diz a de rosa irritada. -... O importante é que se você disser o nome dela três vezes no espelho do banheiro... Ela aparece e arranca os seus olhos!
As outras duas meninas se assustam, mas começam a rir.
– Então porque alguém diria isso? – pergunta a de azul.
– Porque não é real. – responde a de verde se levantando, a de rosa lhe entrega uma vela.
– Nada de acender as luzes e lembre-se diga três vezes. – lembra a de rosa. A de verde sai do quarto e vai até o banheiro ali perto, mesmo sabendo que não é real, ela fica com medo. Entra no banheiro e fecha a porta, coloca a vela na pia para clarear o banheiro. A menina olha para o espelho.
– Bloody Mary... – ela diz uma vez. – Isso é tão idiota... Bloody Mary... Bloody Mary.
De repente socos são dados na porta, a menina de verde grita dentro do banheiro. As duas meninas lá foram dão gargalhadas.
– Vocês são tão bobas. – diz a de verde.
– Lilly, se importa de não fazer barulho? – pergunta o pai da de verde na escada.
– Desculpa pai. – a menina diz.
– Desculpa Sr. Shoemaker. – pedem as outras duas meninas. O homem vai até o banheiro para enxugar o rosto, quando passa pelo corredor, em um dos espelhos aparece o reflexo de uma menina, não se vê seu rosto, apenas uma sombra obscura. Após enxugar seu rosto o homem pega seu remédio e o toma. Em seguida se olha no espelho, olha curioso para seu reflexo e bota a mão no olho. Lá embaixo na sala, as três meninas continuam conversando.
– Eu sei que você gosta dele. – diz a de rosa para a de verde. Em seguida a irmã da de verde entra na sala.
– Ei, estão se divertindo? – pergunta ela.
– Já está tarde. – diz a de verde.
– Obrigado, pai. – debocha a moça. Em seguida a moça sobe as escadas na direção de seu quarto. No corredor ela para assustada, há sangue por todo o chão. Ela anda devagar na direção do banheiro, abre a porta bem devagar. Há mais sangue. Ela vê o que há dentro do banheiro e grita.
...
Sam está deitado em uma cama, sangue do teto cai em sua cabeça, ele abre os olhos, Jess está morta com a barriga aberta, uma grande quantidade de fogo vem em sua direção.
– Não! – grita Sam.
– Porque Sam? – pergunta a voz de Jess em sua cabeça.
– Acorde! Sam, acorde! – grita Jane o chacoalhando. Sam acorda assustado, foi um pesadelo, ele olha para os lados, o carro está parado na frente de um hospital, é de manhã.
– Outro pesadelo. – diz Dean.
– Eu acho que é porque eu não tenho dormido muito. – comenta Sam.
– Cedo ou tarde, teremos que conversar sobre isso. – diz Dean a ele.
– Nós chegamos? – pergunta Sam olhando pela janela do carro.
– É. Bem vindo a Toledo, Ohio. – responde Jane. Sam tira um jornal das mãos do irmão. A imagem de um homem está circulada.
– O que vocês acham que realmente aconteceu com esse cara? – pergunta Sam.
– Vamos descobrir. – diz Dean. Em seguida os três saem do carro. Eles entram no hospital e vão até o necrotério, entram na sala do responsável.
– Oi! – diz um homem sentado em uma mesa. – Posso ajudar?
– Sim, somos estudantes de medicina. – mente Dean. – O Dr. Fichlenbitch não te disse? Ele falou com você no telefone. Trabalha no estado de Ohio. Ele deveria nos mostrar o corpo de Shoemaker para um trabalho.
– Sinto muito, ele está em horário de almoço. – diz o o homem.
– Ele disse que... Bom, não importa. – diz Dean ao homem. – Você poderia nos mostrar o corpo.
– Sinto muito, não posso. – responde o homem. – O Dr. Volta em uma hora, esperem por ele see quiserem.
– Uma hora? – pergunta Dean ao homem com cara de deboche. – Temos que estar de volta à faculdade nessa hora. Esse trabalho vale metade da nossa nota. Então se não se importar em ajudar...
– Eu já disse. – interrompe o homem sentado. – Não posso.
Dean da um sorriso sarcástico e se vira.
– Eu vou arrebentar a cara dele... – sussurra ele aos outros. Sam bate no irmão e pega sua carteira do bolso da calça, de lá tira uma boa quantia em dinheiro, mostrando ao homem na mesa.
– Me sigam. – diz o ele se levantando e pegando o dinheiro com um sorriso.
– Cara, eu ganhei aquele dinheiro! – diz Dean à Sam puxando seu casaco.
– Em um jogo de pôquer. – diz Sam irritado.
– É. – responde Dean também irritado. Sam revira os olhos.
– Vamos. – diz Jane quando vê que eles não a seguem.
Dentro do necrotério...
– O jornal disse que a filha dele o encontrou. – diz Jane ao homem. – Ela disse que os olhos dele estavam sangrando.
– Mas claro, eles praticamente se liquefizeram. – responde o homem a ela enquanto tira o pano de cima do morto. Ele está completamente sem os olhos. Sam e Dean olham para o outro lado enojados.
– Há sinais de luta? Talvez alguém tenha feito isso com ele. – pergunta Dean.
– Não. Além das filhas e umas amigas, ele estava sozinho. – responde o homem.
– Qual é a causa oficial da morte? – pergunta Sam.
– O Doutor ainda não sabe. Ele acha que seja um derrame ou um aneurisma. – responde ele. – Algo referente a isso, com certeza.
– Como assim? – pergunta Jane.
– Hemorragia intensa. – responde o homem a ela. – Tem mais sangue no crânio dele que no corpo todo.
– E os olhos? O que causaria algo assim? – pergunta Sam.
– Vasos rompidos. Já vi muito sangue escorrer pelos olhos assim. – responde o homem.
– Você já viu globos oculares explodindo? – pergunta Dean a ele.
– Essa é a primeira vez. – o homem responde. – Mas, eu não sou o médico.
– Você acha que poderíamos olhar no relatório da polícia? – pergunta Dean. – Sabe, para o nosso trabalho?
– Eu não deveria mostrar aquilo a vocês. – diz o homem. Sam olha para os lados irritado e tira novamente a carteira do bolso, pega outra quantia em dinheiro e entrega ao homem. Depois de algum tempo, os três saem do hospital.
– Pode ser alguma criatura ou algum problema médico, mesmo. – comenta Sam enquanto descem a escada em direção a saída.
– Quantas vezes na nossa ‘’carreira’’ houveram problemas médicos? – pergunta Dean. – E nenhum sinal de estranhas mortes sobrenaturais?
– Quase nunca? – responde Sam.
– Exatamente. – concorda Dean.
– Vamos falar com a filha. – diz Jane aos dois. Eles concordam e os três se dirigem para a casa dos Shoemakers. Quando chegam, os três vêem uma grande movimentação dentro da casa.
– Parece que estamos no lugar certo. – diz Dean. Eles vão até o jardim, em seguida um homem os ajuda a encontrar as duas filhas do falecido. As duas estão sentadas em um banco no jardim, enquanto recebem o apoio de duas amigas da mais velha. Os três se aproximam delas.
– Você deve ser a Donna. – diz Dean à ela.
– Sim. – ela concorda.
– Oi... Sentimos muito. – diz Sam a ela.
– Obrigado. – agradece Donna.
– Eu sou Sam e esses são Dean e Jane. – Sam os apresenta para a moça. – Nós trabalhávamos com o seu pai.
– Mesmo? – pergunta Donna.
– É. Tudo isso, quer dizer, o derrame... – começa Dean.
– Acho que ela não quer falar sobre isso agora. – diz Victória, uma das amigas de Donna que está sentada ao seu lado.
– Está bem, eu estou bem. – diz Donna à ela.
– Ele tinha sintomas de que ia ter derrame? – pergunta Jane.
– Não. – responde ela.
– É porque não foi um derrame. – diz a irmã menor.
– Lilly, não diga isso. – diz Donna à ela.
– Como assim? – pergunta Sam.
– Eu sinto muito, ela só está triste. – explica Donna.
– Não! Aconteceu por minha causa. – se culpa Lilly.
– Querida, não foi sua culpa. – diz Donna acariciando seu rosto.
– Lilly... Porque diz isso? – pergunta Sam se aproximando da menina e agachando a seu lado.
– Pouco antes de ele morrer, eu disse... – começa Lilly.
– Disse o que? – pergunta Sam.
– Bloody Mary três vezes no espelho do banheiro. – diz ela. Sam olha para Dean e Jane. – Ela arrancou os olhos dele... É o que ela faz.
– Não foi assim que papai morreu. Não é sua culpa. – repete Donna.
– Eu acho que sua irmã está certa, Lilly. – diz Jane a ela. – Não pode ter sido a Bloody Mary. O seu pai não disse, disse?
– Não. – responde Lilly. Jane lhe da um sorriso carinhoso. Em seguida os três entram na casa novamente e sobem a escada para o andar de cima. Vão até o banheiro, lá dentro ainda há manchas de sangue.
– A lenda da Bloody Mary. – diz Sam. – Papai já achou algo que prova que é real?
– Não que eu saiba. – responde Dean.
– Além do mais, toda criança do país já brincou de Bloody Mary. – comenta Sam tocando no sangue ao chão. – E até onde eu sei ninguém morreu disso.
– Talvez nos outros lugares seja uma história, mas aqui aconteceu mesmo. – diz Dean olhando tudo.
– O lugar onde a lenda começou? – pergunta Sam. Dean puxa o espelho e põe na cara de Sam. – Mas, de acordo com a lenda a pessoa que diz...
Sam vê o espelho e o empurra, dando um olhar cortante para o irmão.
– A pessoa que diz ‘’você sabe o que’’ morre, mas aqui... – continua Sam.
– Ela deveria ter matado a garota. – interrompe Jane.
– Isso. – concorda Sam.
– Nunca ouvi nada assim antes. – comenta Dean. – Mas o homem morreu bem em frente ao espelho. A filha estava certa, de acordo com a lenda, ‘’ você sabe quem’’, arranca seus olhos.
– Assim como o pai delas. – diz Jane. De repente os três ouvem passos no corredor, alguém se aproxima, eles encostam na porta do banheiro.
– O que estão fazendo aqui em cima? – pergunta Victória.
– Nós tínhamos que usar o banheiro. – mente Dean. Jane revira os olhos.
– Você é burro? – sussurra ela à ele.
– Como eu disse, trabalhávamos com o pai da Donna. – diz Sam.
– Ele era autônomo, trabalhava por conta própria. – diz a garota.
– Eu sei... Quer dizer... – Dean tenta explicar.
– E todas aquelas perguntas estranhas lá embaixo? O que foi aquilo? – continua Victória nervosa. – Me contem o que está acontecendo ou eu grito.
– Tudo bem. – diz Jane.– Achamos que algo estranho aconteceu com o pai de Donna.
– É, derrame. – diz Victória.
– Isso não parece um derrame comum. – continua Jane. – Achamos que pode ser outra coisa.
– Tipo o que? – pergunta Victória.
– Sinceramente, a gente ainda não sabe. – responde Sam. – Mas, não queremos que aconteça com mais ninguém. Essa é a verdade.
– Então se quiser gritar, vá em frente. – diz Jane a ela. A moça continua os olhando desconfiada.
– O que vocês são? Tiras? – pergunta ela aos três.
– Algo do tipo. – responde Dean.
– Aqui, se pensar em alguma coisa. – diz Sam entregando o número de seu celular e o de Dean. – Se você ou os suas amigas notarem algo fora do comum, liguem.
Victória pega o papel. Em seguida os três se retiram da casa e se dirigem à Biblioteca Municipal.
– Se dizer Bloody Mary está matando pessoas da cidade, precisa haver alguma prova. – diz Jane.
– Como uma mulher que morreu de forma indesejada. – completa Dean.
– É, mas a lenda é complicada. – diz Sam a eles. – Quer dizer... Existem mais de 50 versões de quem ela realmente é. Algumas dizem que ela é uma bruxa, outras que ela é uma noiva atropelada. E muitas outras.
– Vamos ter que procurar pelo o que? – pergunta Dean olhando toda a biblioteca.
– Todas as histórias têm algo em comum. Uma mulher chamada Mary que morreu em frente ao espelho. – diz Sam. – Vamos ter que olhar nos jornais antigos até achar. Ver se encontramos uma Mary que se enquadre nesse padrão.
– Parece chato. – comenta Dean.
– Não, não vai ser tão ruim. – diz Jane. – É só a gente...
Jane olha para os computadores da biblioteca, mas papéis em frente às telas diz que não estão funcionando.
– Ta ,vai ser chato... Muito chato. – concorda ela.
...
Em um carro, Victória fala ao celular.
– Não sei se eles eram tiras, detetives ou algo assim. – diz ela para a amiga do outro lado da linha.
– Quem quer que sejam, aqueles dois são uma graça. – diz a amiga.
– Jill... – diz a garota do carro reprovando a amiga.
– Vai dizer que você não achou, Vic? – pergunta Jill.
– Ta, eram bonitinhos, mas... – admite Victória. -... Ainda assim, acha que aconteceu algo ao pai da Donna?
– Talvez Lilly esteja certa. – brinca Jill. – Talvez a Bloody Mary pegou ele.
– Muito engraçado. – diz Victória.
– Me desculpe, mas foi medo que eu senti na sua voz agora? – pergunta Jill debochando dela.
– Não... – exita Victória.
– Vic, estou andando até o espelho. – diz Jill indo até o banheiro de sua casa.
– Jill, para com isso. – pede Vic não achando graça. A amiga fica bem em frente ao espelho.
– Ah não. Não posso me segurar. – diz Jill. – Eu vou dizer... Bloody Mary... Bloody Mary... Bloody Mary.
– Jill para com isso. – pede Victória assustada, Jill não responde. De repente ela ouve um grito do outro lado da linha. – Jill!
– Você é tão boba. Falo com você amanhã. – responde Jill rindo e em seguida desliga o telefone. Victória respira fundo. Em sua casa Jill vai até o armário pegar seu pijama quando o espelho que tem nele reflete uma garota inteiramente de preto. Ao se trocar, Jill vai até a sua penteadeira retirar seus brincos. No espelho do móvel há o reflexo da menina de preto atrás de Jill que não consegue vê-la.
Jill volta para o banheiro para escovar os dentes, mas o espelho a sua frente com a sua imagem continua olhando-a, não faz os mesmos movimentos. Jill se assusta, sua respiração começa a ficar afobada. Um de seus olhos começa a sangrar, ela põe a mão no olho e toca no sangue, se apavorando.
– Você matou... Você matou aquele garoto. – diz a imagem de Jill no espelho. A verdadeira começa a se contorcer e cai no chão, sua imagem no espelho continua a olhando com ódio nos olhos.
...
Em um motel... Sam acorda com o mesmo pesadelo de antes... Os outros o olham preocupados.
– Porque me deixaram dormir? – Sam pergunta olhando para o teto.
– Porque nos importamos com você. – responde Dean. – Sonhou com o que?
– Pirulitos e balinhas... – debocha Sam.
– Que meigo. – responde Dean bravo.
– Acharam alguma coisa? – pergunta Sam à eles.
– Além de um pouco de frustração, não. – responde Jane. – Procuramos em tudo. Duas mulheres. Uma Lauren e uma Catherine cometeram suicídio em frente ao espelho. E um espelho gigante caiu em cima de um cara chamado Dave. Mas nada de Mary.
– Talvez ainda não tenhamos encontrado. – diz Sam.
– Também andamos procurando por mortes estranhas na área. – diz Dean ao irmão. – Sangramento nos olhos, esse tipo de coisa. Não tem nada. O que aconteceu talvez não seja a Bloody Mary.
De repente o celular de Sam começa a tocar
– Alô? – ele atende, em seguida ele dá um olhar sério para Jane e Dean. Depois de um tempo ele desliga. – Temos que ir.
...
No parque... Victória chora em um banco.
– Eles a encontraram no chão do banheiro. – ela começa a relatar. – E os... Os olhos dela... Eles tinham sumido.
– Sinto muito. – diz Sam.
– Ela disse... Ela disse Bloody Mary três vezes no espelho do banheiro. – diz Victória. – Eu a ouvi dizer. Mas não pode ser por causa disso. É loucura, não é?
Os três se olham.
– Olha... Nós achamos que tem algo acontecendo aqui. – diz Sam a ela. – Algo que não pode ser explicado.
– Nós podemos impedir, mas precisamos da sua ajuda. – continua Jane. Um tempo depois os quatro saem dali e vão até a casa de Jill. Victória vai até o quarto de sua amiga falecida tranca a porta e abre a janela para que os três possam entrar.
– O que você disse para a mãe da Jill? – pergunta Sam à garota.
– Que eu precisava ficar um tempo com as coisas dela. – responde Victória enquanto Jane fecha a janela. Dean e Sam tentam achar algo dentro de uma de suas mochilas. – Odeio mentir para ela.
– Acredite, isso é para um bem maior. Apague as luzes. – diz Dean à ela.
A garota as apaga.
– O que estão procurando? – ela pergunta à eles.
– Te contaremos quando soubermos também. – responde Dean. Em seguida Sam pega uma câmera de vídeo. Este põe no modo de visão noturna e começa a filmar na direção do irmão.
– Ei, eu pareço com a Paris Hilton? – pergunta Dean virando de costas e fazendo biquinho.
– Fala sério. – diz Jane com um sorriso sarcástico.
. Em seguida Sam vai até o espelho do armário de Jill e começa a filmá-lo.
– Eu não entendo. A primeira vítima não convocou Mary, mas Jill sim. – comenta Dean. – Como ela os escolhe?
– Sei lá. – responde Sam. Dean pega seu aparelho de freqüência eletromagnética e começa andar pelo quarto a procura de algo. – Por que Jill disse Bloody Mary na frente do espelho?
– Ela só estava brincando. – explica Victória.
– Se alguém disser de novo é só questão de tempo. – diz Sam. Este volta a filmar os outros espelhos, em baixo de um deles ele encontra sangue que só é visto com a luz da câmera. – Dean, tem luz negra no porta-malas?
Dean confirma com a cabeça e sai pela janela para buscá-la. Quando volta, Sam está colocando o espelho do banheiro na cama. Ele começa a rasgar o forro que tem atrás e passa a luz negra por ele. Há marcas de mão e um nome.
– Cary Bryman? – diz Victória lendo o nome.
– Você sabe quem é? – pergunta Jane à ela.
– Não. – Vic responde. Um tempo se passa e então eles vão embora, enquanto Sam vai buscar informações sobre o tal Cary Bryman, os outros três sentam em um banco do parque.
– Bom... Cary Bryman era um garotinho de oito anos. – explica Sam se aproximando deles. – Há dois anos, ele morreu atropelado. O carro foi descrito como um Toyota preto. Ninguém anotou a placa ou viu o motorista.
– Meu Deus! – diz Victória espantada.
– O que foi? – pergunta Sam.
– Jill dirigia aquele carro. – responde Vic.
– É isso. – diz Jane entendendo.
– Precisamos voltar à casa de Donna. – diz Dean. É o que eles fazem em seguida. Sam pega o espelho da parede do banheiro em que o pai de Donna morreu. Põe a luz negra no forro onde está escrito o nome de Linda Shoemaker. Eles vão até Donna e perguntam sobre ela.
– Porque estão me perguntando isso? – pergunta ela
– Olha, sentimos muito, mas é importante. – responde Jane.
– Linda era minha mãe. Ela teve overdose com pílulas para dormir. Foi um acidente, só isso. – explica Donna. – Eu acho que deveriam ir embora.
– Donna... – começa Dean.
– Saiam da minha casa! – grita Donna e sai correndo em direção ao seu quarto.
– Meu Deus. Vocês acham mesmo que o pai dela pode ter matado a esposa? – pergunta Victória à eles.
– Talvez. – Jane responde.
– Eu acho que eu deveria ficar por aqui. – diz Victória. Os três concordam com a cabeça.
– Mas o que quer que faça, não... – começa Dean.
– Acredite em mim, eu não vou dizer nada. – diz Vic o interrompendo.
À noite no motel, Dean pesquisa no laptop do irmão.
– Espera, você está pesquisando no país? – pergunta Sam à ele.
– Estou. – responde Dean. – NCIC, base de dados do FBI. Até a gora, nenhuma Mary se encaixa nos padrões.
– Mas, se ela está assombrando a cidade, ela deve ter morrido aqui. – diz Jane.
– Bom, eu procurei e não tem nada nos arquivos da cidade. – comenta Dean. – A menos que tenha uma ideia melhor.
– Se Mary escolhe suas vítimas, parece que tem um padrão. – continua ela.
– Eu pensei a mesma coisa. – diz Sam.
– O Sr. Shoemaker e a Jill... Ambos tinham segredos sobre mortes de pessoas. – diz Jane.
– É tudo focado nos espelhos que revelam suas mentiras, seus segredos. – completa Sam. – Uma imagem verdadeira da sua alma, por isso da azar quebrá-lo.
– Talvez haja um segredo em que Mary viu alguém morrer e se puniu por isso. – diz Dean.
– Arrancando os próprios olhos? – pergunta Jane.
– Dêem uma olhada nisso. – diz Dean olhando algo no laptop. Os dois se aproximam dele. Na tela há imagens de espelhos com marcas de mãos ensanguentadas.
– Parece que as mãos são iguais. – diz Sam.
– O nome dela era Mary Worthington. Uma garota morta em Fort Wayne, Indiana. – diz Dean lendo a pesquisa.
– É pra lá que temos que ir. – diz Jane.
Os três vão em direção à Fort Wayne, Indiana. Em seguida vão falar com um detetive aposentado.
– Eu trabalhei por 35 anos como detetive, na maior parte do tempo. – explica o homem. – Eu vi vários tipos de morte, mas a de Mary Worthington... Essa ainda me preocupa.
– O que aconteceu exatamente? – pergunta Jane à ele.
– Vocês são repórteres? – pergunta o detetive.
– Sabemos que Mary tinha 19 anos. – diz Sam sem lhe dar ouvidos. – Vivia sozinha. Sabemos que ela ganhou alguns concursos de beleza.
– Queria sair de Indiana e ser atriz. – continua Jane.
– E sabemos que na noite de 29 de março alguém entrou no apartamento dela e a matou. – diz Dean. - Arrancou os olhos dela com uma faca.
– Isso mesmo. – confirma o detetive.
– Quando perguntamos o que aconteceu, queremos saber o que você acha que aconteceu. – diz Dean ao homem.
– Tecnicamente eu não deveria ter uma cópia disso. – diz o detetive pegando algo em uma caixa.
– Bom, vêem aquelas letras? Tre? – pergunta o homem apontando três letras escritas em um espelho da foto em sua mão.
– Sim. – dizem os três juntos.
– Acho que Mary queria dizer o nome do assassino. – explica ele.
– Você sabe quem foi? – pergunta Sam.
– Não tenho certeza. – responde o homem. – Tinha um cara... Trevor Sampsom. Eu acho que é ele o assassino.
– Por quê? – pergunta Sam.
– Ele e Mary tinham um caso. – responde o homem. – Ela o chamava pela inicial T. Bom, ela ia contar para a esposa dele sobre o relacionamento dos dois.
– Mas como você sabe que esse cara a matou? – pergunta Dean.
– Difícil de dizer. – responde o homem. – Mas o modo como os olhos foram arrancados. Foi quase profissional.
– Mas você nunca pôde provar. – diz Jane.
– Não. Sem impressões digitais, sem testemunhas. Ele foi cuidadoso. – confirma o homem.
– Ele continua vivo? – pergunta Dean.
– Não. – responde o homem se sentando em uma cadeira. – Se me perguntassem o que teria dito antes de morrer, ela teria exposto o segredo desse cara. Mas ela nunca conseguiu.
– Onde ela foi enterrada? – pergunta Sam.
– Ela não foi enterrada. – responde o homem. – Foi cremada.
– E quanto àquele espelho? – pergunta Jane.
– Foi devolvido à família de Mary há muito tempo. – responde o homem.
– Você tem o nome da família por acaso? – pergunta Sam.
...
Em uma faculdade... Donna e Vic entram no banheiro.
– Você manda gente assim na minha casa para me perguntarem coisas daquele tipo? – pergunta Donna irritada.
– Eles só querem ajudar. Donna, por favor, você tem que acreditar em mim. – responde Victória a ela.
– No que? Na Bloody Mary? – pergunta Donna e em seguida passa um batom em seus lábios, virada para o espelho.
– Por favor, eu sei que parece loucura. – diz Victória.
– Isso está muito longe de ser loucura. – diz Donna. – Tudo bem a minha irmã acreditar nisso. Ela tem apenas 12 anos. Mas você?
– O jeito que o seu pai morreu. O jeito que a Jill morreu. – diz Vic.
– Tá. Então... – Donna vira para o espelho. – Bloody Mary...
– Não! – diz Vic olhando assustada para Donna.
– Bloody Mary. – continua Donna. – Bloody Mary… Viu não aconteceu nada.
– Porque você fez isso? – pergunta Vic.
– Meu Deus, tem mesmo alguma coisa errada com você. – diz Donna rindo da cara da amiga. Em seguida ela sai do banheiro. Enquanto Victória anda por um dos corredores da faculdade, nas janelas que a rodeiam o reflexo da menina de preto a segue.
...
– Elementos que perdem elétrons viram cátions. – explica o professor na sala de aula. – O que os torna menor que outros átomos do mesmo elemento.
Vic pega um espelho de bolsa e se olha. De repente vê que há uma menina toda de preto atrás de si, ela se vira e berra no meio da classe de aula, todos a olham assustados. Victória começa a correr pela sala, mas vê a menina por todos os lugares. Pega um dos bancos e taca em uma das janelas de vidro.
– Victória! – grita o professor, ele vai até ela e a segura. – O que aconteceu? Se acalme!
Pelo reflexo dos óculos do professor, Vic vê a garota novamente atrás de si e começa a berrar de novo.
– Me deixe em paz! – grita ela e sai correndo da sala.
– Victória! – grita o professor de novo.
...
– Sério? Que pena Sr. Worthington. – diz Sam no celular. – Eu pagaria muito por aquele espelho. Certo, talvez da próxima vez. Obrigado.
– E então? – pergunta Dean dirigindo.
– Era o irmão da Mary. O espelho estava na família há anos. Mas ele vendeu há uma semana. – responde Sam. – Para uma loja de antiguidades. A loja fica em Toledo.
– Então Mary vai para onde o espelho vai? – pergunta Dean.
– O espírito está ligado ao espelho de alguma forma. – comenta Jane.
– Não há superstições que dizem que espelhos podem capturar espíritos? – pergunta Dean.
– Sim. – responde Sam. – Quando uma pessoa morre em uma casa, a família cobre os espelhos para a pessoa não ficar presa.
– Então Mary morre em frente ao espelho e é sugada por ele? – pergunta Dean.
– É, mas como ela consegue se mover por centenas de espelhos diferentes? – pergunta Sam.
– Eu não sei, mas se o espelho é a fonte, eu digo que devemos quebrá-lo. – diz Dean.
De repente Jane vê imagens, Victória, Blood Mary e olhos arrancados.
– Victória. – diz Jane.
– O que? – perguntam Sam e Dean a olhando.
– Ela está em perigo. – diz Jane. De repente o celular de Sam toca.
– Alô? – atende Sam. – Victória? Calma... O que foi?
...
Um tempo depois eles se encontram com Victória em sua casa, ela conta o que aconteceu, em seguida, Jane, Dean e Sam pegam todos os espelhos e o cobrem, A garota está apavorada e esconde o rosto no seu joelho em cima da cama.
– Ei, está tudo bem. – diz Jane a ela se sentando ao seu lado. – Pode abrir os olhos, está tudo bem.
Victória os abre e olha para Jane.
– Certo, agora escute. – continua esta. – Você vai ficar aqui, nesta cama, e não vai olhar em nenhum espelho, vidro ou nada que tenha reflexo. Se você fizer isso, ela não pode te pegar.
– Mas, eu não posso ficar assim para sempre. – diz a garota à Jane. – Eu vou morrer, não vou?
– Não. Claro que não. – responde Jane a ela. – Não tão cedo.
– Certo, Vic. Precisamos saber de novo o que aconteceu. – pede Dean.
– Nós estávamos no banheiro e Donna disse Bloody Mary três vezes na frente do espelho. – explica ela.
– Então... Do que estavam falando? – pergunta Dean. Vic o olha. - Aconteceu algo, não é? Na sua vida... Um segredo. Alguém se machucou. Você pode nos contar.
– Eu tinha um namorado. Eu o amava. – começa Victória. – Mas, ele meio que me assustava, sabe? E uma vez em casa nós brigamos. Nós terminamos, ele ficou aborrecido e disse que precisava de mim e que me amava... Que se eu saísse por aquela porta, ele se matava. E sabe o que eu disse?... Vá em frente, e saí. Como eu pude dizer aquilo? Como pude deixar ele daquele jeito? Eu apenas... Não acreditei nele. Eu devia ter acreditado.
Victória começa a chorar... Um tempo depois, os três saem da casa e pegam a estrada novamente.
– Se o namorado se suicidou, não é culpa da Vic. – diz Dean.
– Você sabe que espíritos não ligam para isso. – diz Sam a ele. – Vic tem um segredo em que alguém morreu. É o suficiente para a Mary.
– Sabe... Eu estava pensando. – diz Jane . – Talvez quebrar aquele espelho não seja o suficiente.
Os dois a olham.
– Por quê? O que quer dizer? – pergunta Dean à ela.
– Mary fica indo e vindo de espelhos. Quem disse que ela vai ficar naquele espelho para sempre? – continua Jane. – Então, talvez devemos tentar colocá-la lá. Primeiro chamá-la no espelho dela e então quebrá-lo.
– Como você sabe que vai funcionar? – pergunta Dean.
– Eu só sei. – diz Jane.
– Quem vai chamá-la? – pergunta Dean.
– Eu vou. – Jane responde.
– Nem pensar. Eu vou. – diz Sam à ela. – Ela virá atrás de mim com certeza.
– Quer saber? Já chega. – diz Dean parando o carro no acostamento da estrada. – É sobre a Jessica, não é? Você acha que tem um segredo? Que a matou de alguma forma? Isso tem que parar, cara. Quer dizer... Os pesadelos e dizer o nome dela no meio da noite. Vai te matar. Agora me escute... Não foi sua culpa!
Sam apenas o olha.
– Se quer culpar alguém, culpe a coisa que a matou. – continua Dean. – Me culpe. Fui eu que te tirei de lá.
– Eu não culpo você. – diz Sam ao irmão.
– Então não devia se culpar. – diz Dean à ele. – Porque não havia nada que você pudesse fazer.
– Poderia tê-la avisado. – diz Sam.
– Sobre o que? – pergunta Dean irritado. – Você não sabia que ia acontecer. E além do mais, não é um segredo. Eu sei tudo sobre isso, a Jane também. Não funcionaria com a Mary.
– Não, vocês não sabem. – responde Sam.
– Sobre o que? – pergunta Dean.
– Vocês não sabem tudo sobre isso. – explica Sam. – Eu não contei tudo para ela.
– Do que você está falando? – pergunta Dean.
– Não seria um segredo se eu te contasse, seria? – diz Sam.
– Não. – responde Dean. – Eu não gostei da ideia. Você não vai. Esqueça.
– Dean, a Victória está pra morrer. – diz Sam. – A menos que façamos algo a respeito... E quem sabe quantas pessoas vão morrer depois disso? Eu vou sim. Você tem que me deixar fazer isso.
Dean não responde nada, apenas recomeça a dirigir. Um tempo depois os três entram na Loja de antiguidades onde se encontra o espelho.
– Uau, que ótimo. – diz Dean olhando a loja gigante com uma lanterna. Sam pega a lanterna e começa a olhar por tudo. Dean pega uma foto em seu bolso e a põe na luz da lanterna. Os três vêem o espelho que era de Mary, é grande e cheio de detalhes.
– Vamos começar a procurar. – diz Dean. Eles procuram por vários minutos, o lugar está muito escuro. Não se encherga quase nada.
– Talvez o vendedor já tenha vendido. – diz Dean depois de um tempo. Jane para em frente a um espelho.
– Eu acho que não. – diz ela. Dean e Sam se aproximam e vêem o espelho da foto.
– É esse. – confirma Dean olhando a foto novamente. – Tem certeza que quer fazer isso?
Sam entrega a sua lanterna à Dean que a pega, se aproxima bem do espelho e respira fundo.
– Bloody Mary... Bloody Mary... – diz Sam. – Bloody Mar...
Jane empurra Sam que se desiqueilibra e quase cai. Ela se vira para o espelho.
– Bloody Mary, Bloody Mary... Bloody Mary. – ela diz. Sam olha sem entender para ela.
– Porque fez isso? – pergunta ele.
– Eu não sei. – ela responde.
– Eu vou ver o que é. Vocês fiquem aqui e tenham cuidado. Sam, fique de olho na Jane. – diz Dean a eles e em seguida vai em direção à luz. – Quebrem qualquer coisa que se mexer.
Jane fica olhando diretamente para o espelho com um metal comprido na mão. Dean se aproxima cada vez mais da luz. É só o reflexo dos carros lá fora. Jane começa a ficar apreensiva.
– Não vai funcionar. – diz Sam à ela. – Você não tem nenhum segredo com morte, tem?
De repente eles ouvem um barulho, os dois olham para os lados. No espelho de Mary, seu reflexo é visto, atrás de Jane. Dean sai da loja, há policiais lá fora.
– Parado! – diz um dos policiais à ele.
– Ei, alarme falso. – diz Dean à eles. – Falha no sistema.
– Quem é você? – pergunta um dos policiais.
– Eu sou o dono daqui. – mente Dean.
– Você é o Sr. Hurshilski? – pergunta o policial. Dean afirma com a cabeça.
Dentro da loja, Jane e Sam olham para os lados, atentos. De repente Jane vê Mary em um dos espelhos e o quebra. Mary aparece em vários outros espelhos e Jane os quebra.
– Vamos... – Jane pede. – Venha nesse aqui.
O reflexo de Jane no espelho de Mary não faz os mesmo movimentos que ela. A imagem de Jane no espelho da um sorriso maligno para a verdadeira.
De repente no espelho, os olhos de Jane começam a sangrar. Ela passa a mão no olho e vê o sangue que está realmente jorrando. Começa a gemer de dor, solta a barra de ferro e cai de joelhos no chão.
– Jane! – grita Sam e vai até ela, a segurando. Os olhos de Jane sangram muito.
– É sua culpa. – diz a Jane do espelho. – Você a matou. Você a matou e sabe disso!
...
– Como eu disse, eu fui adotado. – mente Dean para o policial. – Sabe, eu não tenho tempo para isso agora.Em seguida, este da um soco na cara do policial e ele cai, desacordado.
– Você nunca contou a eles. – diz a imagem de Jane para a verdadeira Jane. – Não tem coragem. Eu sinto pena de você... De quem você é.
Jane começa a se contorcer de dor e a berrar. Sam a olha, assustado.
– Você sabia que ia acontecer, não sabia? – pergunta o reflexo. – Como pôde não ajudar?!
– Chega. – diz Sam, se levanta, pega o ferro derrubado no chão e quebra o espelho.
– Jane! Você está bem? – pergunta Dean correndo até ela.
– Estou... Eu acho. – ela responde.
– Vamos sair daqui... Vamos. – diz Dean a ajudando a se levantar. De repente, Mary sai de seu espelho. Os três param e se viram lentamente Mary se aproxima cada vez mais, com isso os três começam a se contorcer de dor. Jane estica seu braço para alcançar um espelho que não está quebrado, mas está longe.
– Vamos... Por favor. – diz ela se esforçando mais. De repente o espelho vem até ela. Em seguida Jane põe o espelho na frente de Mary que fica paralisada se olhando.
– Você os matou. Todas aquelas pessoas... Você os matou. – diz a imagem de Mary no espelho. De repente seu olho começa a sangrar e Mary se contorce de dor, ela cai no chão e derrete como cera. O chão a engole. Em seguida Jane joga o espelho que estava segurando e ele se quebra.
– Você está bem mesmo? – pergunta Sam a ela.
– Sim... E vocês? – pergunta ela.
– Sim. – respondem os irmãos juntos.
– Isso deve ser uns 100 anos de azar. – brinca Dean.
...
No dia seguinte... Os três deixam Victória em sua casa.
– Então... Acabou mesmo? – pergunta ela.
– É, acabou. – responde Jane.
– Obrigada. – ela diz dando um sorriso para os três. Eles retribuem o sorriso. Em seguida a garota sai do carro e vai em direção a porta de casa.
– Vic... – diz Jane a ela. – Sobre o seu namorado... Você deveria tentar se perdoar por isso. Não importa o que você fez. Você precisa parar de se culpar. Algumas vezes coisas ruins acontecem.
Vic dá um sorriso para Jane que lhe da outro. em seguida a garota entra em casa.
– Bom conselho. – diz Dean à ela, mas olhando para o irmão. – É isso serviu pra você também.
Sam revira os olhos.
Em seguida Dean recomeça a dirigir e eles partem.
– Sam... – diz Dean.
– Que foi? – pergunta o irmão.
– Agora que tudo isso acabou, eu quero que me diga aquele segredo que você disse que tem. – pede Dean.
– Olha... Você é meu irmão. – diz Sam. – E eu morreria por você. Mas há coisas que eu tenho que guardar para mim mesmo.
Dean o olha com uma expressão de desconfiança, mas se vira novamente para frente. De repente Jane se vira para a janela e lá fora em uma esquina vê Jéssica a olhando com um sorriso. Jane se vira novamente para frente e eles saem da cidade.
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