Em um terreno vazio, construtores trabalham em uma casa nova. Dois deles, mas da compania de gás, estão mais afastados cavando terra.
– Essas casas são demais. Eu adoraria viver aqui. – comenta Travis.
– É, pena que não pode pagar. – diz Dustin.
– É... Tem razão. Esse bairro vai ser muito caro quando acabarmos. – concorda Travis. Em seguida Dustin começa a andar na direção de uma árvore, nisso ele sente que o chão começa a tremer. Ele abaixa e o toca, curioso.
– Cara, esse lugar é perfeito. – comenta novamente Travis. Em seguida um mosquito vem em seu pescoço e o pica, ele o mata com a mão rapidamente. – Ai... A não ser pelos mosquitos.
De repente ele ouve o grito de Dustin junto com o som de terra caindo. Travis olha na direção em que o amigo estava e vê que uma parte do chão despencou.
– Dustin?! – grita ele e corre até o amigo.
– Me ajude, estou preso! – diz o rapaz no fim do buraco. – Quebrei meu tornozelo.
– Vou pegar uma corda. – diz o amigo corre para a caminhonete em que vieram.
No buraco.
– Droga... – reclama Dustin. Ele ouve um som, olha para os lados e se assusta. Há milhares de insetos à sua volta e em sua perna. Ele os tira rapidamente. – Deus.
Travis pega uma caixa de ferro e coloca no chão, a abre e pega a corda. Os insetos começam a subir em Dustin. Seu corpo é coberto por eles.
– Travis, socorro! – grita Dustin.
– Já estou indo! – grita o amigo assustado. Os insetos começam e entrar no ouvido de Dustin que se apavora mais.
– Rápido Travis, socorro! – grita Dustin.
– Está tudo bem Dustin, tudo bem! – Travis grita de volta correndo até o buraco com uma corda e uma lanterna. – Dustin, Dustin, estou aqui!
Este ilumina o buraco.
– Meu Deus! – diz Travis apavorado quando encontra o amigo lá em baixo. Dustin está morto com o rosto cheio de sangue. Os insetos entraram em sua boca, ouvidos, olhos e nariz.
...
À noite em um bar cheio de motoqueiros e caminhoneiros, Sam lê o jornal local com a notícia da morte de Dustin, enquanto Jane bebe uma cerveja ao seu lado. Em seguida Dean vem até eles com uma risada, ele mostra uma quantidade de dinheiro.
– Sabe, a gente podia arranjar empregos de vez em quando. – diz Sam.
– Caçar é o nosso emprego e a grana é uma porcaria. – comenta Dean.
– É, mas apostar no bilhar, pôquer? Não é a coisa mais honesta do mundo, Dean. – diz Jane.
– Vamos ver. Honestidade... – diz Dean e mostra a mão sem grana e em seguida a com grana. -... Diversão. Nem tem o que contestar... Além do que nós fomos criados para isso. – Diz Dean.
– Como fomos criados não tem nada a ver com isso. – diz Sam. Os três se levantam e vão até o Impala.
– Até parece. Temos um novo caso ou não? – pergunta Dean ao irmão.
– Talvez. – responde Sam. – Oasis Plains, Oklahoma.
– Empregado da compania de gás. – diz Jane. - Dustin Burwash. Supostamente morreu de Creutzfeldt-Jacob.
– O que? – pergunta Dean.
– Doença da Vaca Louca. – explica Sam.
– Vaca Louca? Isso não passou na Oprah? – pergunta Dean.
– Você assiste Oprah? – perguntam Sam e Jane com uma cara bizarra para ele. Dean não fala nada sem saber o que fazer.
– Esse cara deve ter comido carne estragada... O que tem isso a ver com a gente? – pergunta ele mudando de assunto.
– Vaca Louca causa degradação do cérebro. – explica Jane. – Demora meses ou anos para a doença aparecer, mas parece que o cérebro de Dustin, desintegrou em cerca de uma hora... Até menos.
– Ok, é válido. – diz Dean.
– Pode ser uma doença ou algo bem pior. – comenta Sam.
– Ok... Vamos para Oklahoma! Trabalho, trabalho e mais trabalho. – diz Dean. Os três entram no carro. – Sem tempo para gastar a minha grana.
Dean liga o Impala e eles vão para Oasis Plains. Chegam no dia seguinte de manhã. Os três vão até a compania de gás em que a vítima trabalhava.
– Travis Wheeler? – pergunta Sam a um rapaz no estacionamento.
– Sim, sou eu. – ele responde.
– Você trabalhou com nosso tio Dustin? – mente Dean.
– Ele nunca mencionou ter sobrinhos. – comenta Travis.
– Sério? – pergunta Jane. – Ele nos falou de você... Disse que era o melhor.
– Ele disse? – pergunta Travis feliz com o elogio.
– Queríamos perguntar o que aconteceu naquele lugar. – continua ela.
– Não sei. – responde Travis. – Ele caiu no buraco, eu fui pegar uma corda no caminhão... E quando voltei...
– O que você viu? – pergunta Sam.
– Nada... Só ele. – responde Travis.
– Nada estranho, ou qualquer outra coisa? – pergunta Dean.
– Ele estava sangrando pelos olhos, boca, orelhas e nariz. – responde Travis.
– Acha que pode ser Vaca Louca? – pergunta Jane.
– Não sei... É o que os médicos dizem. – responde Travis.
– Se fosse, ele agiria estranho como demência e falta de controle. Você notou alguma coisa do tipo? – pergunta Sam.
– Não, nada. Mesmo assim... Se não foi essa doença, o que poderia ter sido? – pergunta Travis.
– Boa pergunta. – diz Dean.
– Pode nos contar onde isso aconteceu? – pergunta Jane ao rapaz.
– Claro. – ele responde.
Um tempo depois os três vão ao lugar indicado.
Em uma das esquinas há um cartaz que diz ‘’ Casas de Luxo – Oasis Plains – À venda ‘’. Ao redor do buraco que Dustin caiu há uma fita para que ninguém ultrapasse e caia.
– O que vocês acham? – pergunta Dean enquanto os três se aproximam do buraco e ultrapassam a fita.
– Eu não sei, mas acho que Travis está certo. – comenta Sam. – Aconteceu muito depressa.
– E então? Alguma criatura mastigou o cérebro dele? – pergunta Dean olhando o fundo do buraco.
– Não pelo modo tradicional. – responde Jane olhando no fundo do buraco. – Parece que isso veio de dentro.
Dean pega uma lanterna e ilumina o interior do buraco.
– Parece que só tem lugar para um. – comenta Sam.
– Sam, quer tirar cara ou coroa? – pergunta Dean pegando uma moeda do bolso direito da calça e colocando uma corda no ombro.
– Ei! Eu também quero entrar nessa. – reclama Jane.
– Nós nem sabemos o que pode ter lá em baixo. – diz Sam aos dois. Dean concorda com ele.
–Tá bom, eu vou se vocês dois estiverem assustados. – diz Jane pegando a corda do ombro de Dean e ultrapassando novamente a fita amarela. – Assustados?
– Nem pensar. – respondem Sam e Dean a ela.
– Você fica e eu e Dean vamos tirar cara ou coroa. – diz Sam a ela. Jane da uma risada sarcástica para ele. Dean joga a moeda para o alto, mas Jane a pega no ar.
– Eu disse... Que eu vou. – diz ela.
– Tudo bem. – diz Dean.
– O que? Não... Dean pode ser perigoso. – reclama Sam. – Jane, o que você tem na cabeça? Está sempre se arriscando.
– Eu te respondo o que eu não tenho. – diz Jane a ele. – Medo.
Dean contém um riso e Sam o olha nervoso.
– Só não me deixem cair. – continua Jane com um sorriso para eles.
...
Um tempo depois dentro do Impala.
– Então você encontrou alguns besouros no buraco... Chocante! – diz Dean nervoso. Jane continua mexendo no inseto no banco de trás.
– Não havia túneis, nem rastros. Nenhum sinal de outra criatura ali. – comenta Jane. – Alguns besouros comem carne. Claro que carne morta, mas...
– Só encontrou esse besouro lá? – pergunta Dean.
– É. – ela responde..
– Acho que precisaria de muito mais para comer o cérebro de um cara. – comenta Dean.
– Talvez haja mais. – diz Sam.
– Não sei, parece muito esforço para mim. – diz o irmão.
– Precisamos de mais informação na vizinhança. – diz Sam. – Ver se algo como isso já aconteceu antes.
Dean olha fixamente para uma casa enquanto dirige o carro lentamente.
– O que foi? – pergunta Sam.
– Acho que sei um bom lugar para começarmos. – comenta Dean. Na frente de uma casa há balões vermelhos pendurados com uma placa ao lado dizendo ‘’ Churrasco comunitário. ’’. – Estou com vontade de um churrasco... E vocês?
Sam o olha, nervoso.
– O que? Não podemos falar com os moradores? – pergunta Dean a ele.
– E comida grátis não tem nada a ver com isso? – pergunta Sam desconfiado.
– Claro que não, sou um profissional. – reclama ele.
– Claro. – dizem Sam e Jane juntos. Dean para em frente à casa e eles descem do carro.
– Se eu morasse num lugar como esse, eu estaria louco. – diz Dean.
– Por quê? – pergunta Sam.
– Sua mulher chega da manicure e pergunta ‘’Como foi seu dia, querido?’’. – responde Dean. – Explodiria o meu cérebro.
– Não tem nada de errado em ser normal. – comenta Jane.
– É... Acho que nós três somos mais normais a cada dia. – diz Dean. Em seguida ele bate na porta da casa de onde vem um cheiro maravilhoso de espetinho.
– Bem vindos. – diz o homem que atende a porta.
– Aqui é o churrasco? – pergunta Dean.
– Sim. O tempo não está tão bom, mas... Eu sou Larry Picke, o desenvolvedor do projeto. – diz o homem e aperta a mão deles. – Vocês são...
– Dean e esses são Sam e Jane. – apresenta Dean.
– Prazer em conhecê-los. – diz Larry. – Então, estão interessados em Oasis Plains?
– Sim, senhor. – responde Dean pelos três.
– Deixem-me dizer... Aceitamos pessoas de qualquer raça, religião, orientação sexual...– diz Larry olhando para Jane com intensidade.
– Nós três somos irmãos. – responde ela.
– Nosso pai vai se mudar em alguns anos e estamos procurando um lugar para ele ficar. – continua Sam..
– Claro, claro. Ele será bem vindo. – diz Larry. – Entrem.
Eles vão para o quintal onde muitas pessoas colocam o papo em dia e sorriem umas para as outras..
– Você disse que é o desenvolvedor? – pergunta Jane a Larry.
– 18 meses atrás eu estava andando por aqui com o meu sócio. – explica ele. – Não tinha nada a não ser pequenas árvores e esquilos. E construímos um lugar ótimo para se viver. Eu até construí um para mim. Essa é a nossa casa. Somos a primeira família em Oasis Plains. Esta é a minha esposa Joanie.
Larry apresenta uma moça loira, alta nos seus 40 anos. Ela lhes da um sorriso e eles devolvem outro.
– Muito prazer. – diz Joanie.
– Eu sou Jane e esses são Sam e Dean. – diz Jane apertando a mão da mulher.
– Querida, diga o quanto gosta desse lugar. – pede Larry à mulher. – E se tiver que mentir, minta. Eu preciso vender algumas casas.
– Certo. – diz Joanie com um sorriso.
– Se me dão licença. – diz Larry a eles, e se retira.
– Não deixem a tática dele de venda assustar vocês. – diz Joanie. – É mesmo um ótimo lugar para viver.
– Olá, eu sou Linda Bloom, corretora. – diz uma mulher se juntando a eles.
– Linda, foi a segunda a se mudar. – explica Joanie. – Aliás, ela é uma vizinha muito barulhenta.
Em seguida, Joanie se retira e Linda da uma risada com a brincadeira.
– Ela está brincando. – diz Linda envergonhada. – Eu espero que vocês três se tornem nossos vizinhos.
– Bem... – começa Dean.
–Sim... – começa Sam também ao mesmo tempo.
– Deixe-me dizer que aceitamos pessoas de qualquer raça, religião... – começa a mulher.
– Nós somos irmãos. – interrompe Jane nervosa.
– Não, não... Tudo bem Jane. – diz Dean a ela e depois se vira para Sam. – Eu vou falar com o Larry. Tudo bem, querido?
Dean se retira e vai para dentro da casa. Sam se vira para ele nervoso.
– Ele estava brincando. – explica ele a Linda que lhe da um sorriso simpático.
...
Dentro da casa.
– Temos três opções. Carpete, madeira ou piso frio. – diz Larry a Dean. Este vê um pote de vidro cheio de insetos se mexendo em cima de uma das mesas.
– Nossa, alguém gosta de insetos. – comenta.
– Meu filho. Ele estuda insetos. – explica Larry. – Ele é muito... Curioso.
...
No jardim Linda, Sam e Jane continuam conversando.
– Quem pode dizer não a um chuveiro a vapor? Eu uso o meu todo o dia. – Linda diz a eles.
– Parece ótimo. – diz Sam parecendo entediado.
– Vocês também podem escolher três tipos de metal. – continua Linda. De repente Jane olha para o lado da moça. Na mesa em que Linda está apoiada uma aranha caranguejeira vem na direção de sua mão, o que provocaria berros. Jane olha para a frente e vê um garoto rindo atrás de um casal de idosos conversando.
– Com licença. – diz Jane aos dois e pega a aranha na mão antes que ela alcance Linda. Jane olha para o garoto que estava rindo e vai até ele. Sam a olha.
– É sua? – pergunta Jane entregando a aranha ao garoto. Sam se aproxima deles, deixando Linda falando sozinha.
– Vai contar para o meu pai? – pergunta o garoto.
– Não sei. Quem é o seu pai? – pergunta Jane.
– Larry costuma me tirar das apresentações familiares. – responde ele.
– É, parece que a relação com ele não é muito boa. – comenta Jane.
– Não somos um exemplo a ser seguido. – diz ele.
– Vai melhorar, eu prometo. – diz Jane a ele com um sorriso.
– Quando? – pergunta o garoto com um sorriso discreto.
– Matthew! – diz Larry vindo na direção do filho. Ele se vira para Jane e Sam. – Eu sinto muito pelo meu filho e seu... Animal de estimação.
– Incômodo nenhum. – diz Jane.
– Com licença. – pede Larry e se retira com Matthew junto para um canto.
– Te lembra alguém? – pergunta Sam ao irmão que se aproxima deles. Dean olha para Larry que está brigando com Matthew por causa da aranha.
– Lembra o papai. – continua Sam.
– O papai nunca nos tratou assim. – diz Dean.
– Nunca tratou você assim... – corrige Sam. -... Você era perfeito. Foi no meu pé que ele sempre pegou. Você não se lembra?
– Talvez ele tenha alterado a voz, mas às vezes você precisa ser rígido. – explica Dean. Sam da uma risada sarcástica.
– Certo, como quando eu disse que preferia jogar futebol do que aprender a caçar animais. – diz Sam. Jane revira os olhos, eles vão discutir de novo.
– Caçar animais é uma habilidade importante! – diz Dean.
– Como foi o seu passeio? – pergunta Jane a Dean, os interrompendo.
– Foi uma maneira de se despedir. – responde Dean a olhando. – Talvez eu tenha descoberto algo. Parece que Dustin Burwash não foi a primeira morte daqui.
– O que houve? – pergunta ela.
– Um ano antes de começarem a construção, um pesquisador se perdeu durante o trabalho. – responde. – Escutem isso, ele teve uma reação alérgica a picadas de abelha.
– Mais insetos. – diz Sam.
– É... Mais insetos. – concorda Dean.
À noite, enquanto Sam dirige, Dean pesquisa no diário do pai.
– Já ouvi sobre abelhas assassinas, mas nada de besouros assassinos. – comenta Dean. – Porque diferentes formas de insetos atacam?
– Bom, caçar pode incluir manifestação de insetos. – diz Sam.
– É, mas não vi nada sobre manifestação de fantasmas. – diz Dean.
– Nem eu. – concorda Sam. Jane olha pensativa para a janela.
– E se forem controlados por alguma coisa? Por alguém? – pergunta ela.
– Como o Willard? – pergunta Sam.
– Tipo insetos ao invés de ratos. – diz Jane. Sam e Dean se olham pensativos.
– Existem casos de ligação psíquica entre humanos e animais. – diz Sam a ela. – Elementais, telepatas.
– É, que nem a Lassie e o Timmy. – diz Dean.
– Quem? – pergunta Jane confusa.
– Nada... Eu não disse nada. – diz Dean.
– O filho do Larry... É fanático por insetos. – comenta Jane.
– Matt? – perguntam Dean e Sam.
– É. – responde ela. – Ele tentou assustar a corretora com a aranha.
– Acha que ele é o culpado? – pergunta Dean.
– Não sei. – diz Jane. – Tudo é possível... Eu acho.
– Ei, entra aqui. – diz Dean ao irmão, apontando para a garagem de uma casa. Sam encosta na frente do portão.
– O que fazemos aqui? – pergunta Sam. Dean sai do carro e vai até o portão da garagem.
– É muito tarde para falar com outra pessoa. – diz Dean levantando o portão.
– Nós vamos invadir uma casa? – pergunta Jane incrédula.
– Quero testar o chuveiro a vapor. – diz Dean. – Vamos.
Sam e Jane continuam olhando Dean com olhar de reprovação.
– Vamos. – diz Dean novamente. Sam revira os olhos, mas coloca o carro dentro da garagem e da um tapa na barriga do irmão enquanto passa com o carro ao seu lado.
...
Casa de Linda.
Ela chega do trabalho e liga a televisão do quarto. ‘’ Otoka Valley está sobre um período de quarentena devido a uma grande investigação científica que começou no estado inteiro hoje. As autoridades dizem que a causa da investigação é o possível crescimento absurdo do vírus West Nile entre a população de mosquitos, de alguma áreas. ’’. Diz a repórter do jornal local. Enquanto ouve a notícia Linda senta na cama e começa a tirar a sandália, mas de repente uma aranha sai de sua cabeça, ela se assusta e bate na testa para o bicho sair de seu rosto. ‘’ Cientistas estão preocupados com o uso de pesticidas... ‘’, continua a repórter, mas Linda desliga a TV. Em seguida ela vai tomar um banho, começa a esfregar a cabeça com shampoo. Em seguida milhares de aranhas começam a sair pelo ralo do chuveiro. Linda ouve o barulho e se vira, vê as aranhas e começa a berrar, sai correndo para sair dali, mas escorrega e atravessa o vidro do box, sangue é espirrado pelo chão. As aranhas começam a subir no corpo morto da corretora.
...
No dia seguinte de manhã. Sam e Jane vão até o banheiro onde Dean toma um longo banho.
– Não vai sair daí? – pergunta Sam batendo forte na porta.
– O que? – pergunta Dean sem entender.
– Dean, um policial veio aqui. Precisamos ir. – diz Jane a ele.
– Esperem. – pede.
– Alguém foi encontrado morto a três quarteirões daqui. – continua Sam. – Vamos logo.
Em seguida Dean abre a porta e põem só a cara para fora, uma grande quantidade de fumaça sai do banheiro.
– O chuveiro é o máximo. – diz ele com uma toalha enrolada na cabeça.
– Vamos! – diz Jane se retirando com um sorriso. Sam vai atrás dela.
Na frente da casa de Linda, uma ambulância retira o corpo da corretora. Sam, Dean e Jane estacionam o Impala e saem. Está chovendo, Jane pega no porta-malas apenas dois guarda-chuvas.
– Divide comigo. – diz Sam a ela. Jane o olha por um minuto, mas lhe da um sorriso aceitando.
Os três vão até a frente da casa.
– Eu não sei mais nada agora. Eu terei que ligar depois... Certo. – diz Larry no celular. Em seguida vê os três e se aproxima. – Olá, voltaram cedo.
– É, nós queríamos dar uma outra olhada na vizinhança. – mente Dean.
– O que está acontecendo? – pergunta Jane. Larry respira fundo.
– Vocês conheceram Linda Bloom no churrasco, certo? – pergunta ele.
– A corretora? – pergunta Sam.
– Sim. – diz Larry. – Bom... Ela morreu ontem a noite.
Os três olham para o homem, incrédulos.
– Como? – pergunta Dean surpreso.
– Ainda estou tentando descobrir. – responde Larry. – Identifiquei o corpo para a polícia. Desculpem, mas não é uma boa hora para conversarmos.
– Tudo bem. – diz Sam a ele.
– Com licença. – pede Larry se juntando a um policial ao lado da ambulância.
– Sabem o que temos que fazer, certo? – pergunta Jane a eles.
– É... Entrar na casa. – responde Sam. - Ver se temos problemas com insetos.
Um tempo depois a policia deixa o local e os três invadem a casa de Linda. Jane vê o contorno de fita branca do corpo da corretora no chão.
– Parece que esse é o lugar. – Sam diz. Dean entra no banheiro e pega uma toalha com sangue do chão, dela caem aranhas mortas.
– Aranhas. – diz Dean a eles. – Do menino aranha?
– Matt. – corrige Jane. – Talvez... Em seguida os três vão até a casa de Larry e encontram o garoto saindo do ônibus da escola, mas Matt segue em outra direção.
– Essa não é a casa dele? – pergunta Sam, olhando pela janela para uma casa ao seu lado.
– Sim. – responde Dean.
– Então para onde ele vai? – pergunta Jane. Os três saem do carro e seguem o menino sem que o vejam. Matt vai até o meio da floresta e pega um inseto de uma das árvores na mão.
– Ei, Matt. Lembra de mim? – pergunta Jane a ele. Matt se vira assustado para os três.
– O que estão fazendo aqui? – ele pergunta.
– Queremos falar com você. – responde Dean.
– Não estão procurando uma casa, certo? – pergunta Matt. – Espere, vocês não são serial killers não é?
– Não, não. – responde Jane com uma risada. – Acho que está a salvo.
– Então Matt, você sabe muito sobre insetos. – diz Sam a ele.
– E daí? – pergunta o garoto sem entender.
– Soube do que houve com Linda? A corretora? – pergunta Dean a ele.
– Sei que ela morreu essa manhã. – responde Matt.
– Matt, você tentou assustá-la com a aranha. – diz Jane a ele.
– Espera, acham que eu tenho alguma coisa a ver com aquilo? – pergunta ele perplexo.
– Diga você. – diz Dean.
– Aquilo com a aranha no churrasco foi só uma piada. – explica Matt. – Mesmo assim não explica o ataque de abelhas e o cara da compania de gás.
– Sabe sobre eles? – pergunta Sam.
– Tem alguma coisa acontecendo aqui. – diz Matt. – Não sei o que, mas algo está acontecendo com os insetos. Deixe-me mostrar uma coisa a vocês.
– Se sabia sobre essa coisa dos insetos, porque não disse para o seu pai? – pergunta Jane enquanto Matt os guia por entre a mata.
– Acredite, eu tentei, mas Larry não me escuta. – responde o garoto.
– Porque não? – pergunta Sam.
– Honestamente? – responde Matt. – Ele me vê apenas como seu filho estranho.
– Eu entendo você. – diz Sam depois de dar um sorriso sarcástico.
– Entende? – pergunta Dean ao irmão. Sam olha com uma expressão de ‘’ Óbvio. ‘’ para ele.
– Matt, quantos anos você tem? – pergunta Jane.
– 16. – ele responde. Jane lhe da um sorriso.
– Não se preocupe porque daqui a dois anos, algo ótimo vai acontecer. – diz ela a ele.
– O que? – pergunta Matt.
– Faculdade. – completa Sam. – Você vai poder sair daquela casa e se afastar de seu pai.
– Que tipo de conselho é esse? – pergunta Dean. – Ele deveria ficar com a família.
Sam, Jane e Matt param de andar e olham com uma cara de reprovação para Dean.
– Quanto falta, Matt? – pergunta Jane.
– Estamos perto. – responde o garoto. Os quatro recomeçam a andar. Quando chegam, escutam um barulho estranho.
– Eu estudei comunidade de insetos como projeto de ciências. – explica Matt.
– Como fazer uma lâmpada acender com uma batata. – comenta Dean. Eles nem ligam para o comentário.
– O que está acontecendo? – pergunta Sam.
– Muita coisa. – responde Matt. – Quer dizer, de abelhas até baratas. Besouros... É unânime. Estão se reunindo aqui onde estamos agora.
– Por quê? – pergunta Dean.
– Eu não sei. – responde Matt.
– O que é aquilo? – pergunta Jane olhando para uma parte elevada de mato no chão.
Todos olham curiosos. Dean vai até lá e os outros o seguem. Em um buraco da parte elevada há milhares de minhocas, grudadas umas nas outras. Dean põe o pé e o mato cai para baixo, como um buraco. Dean agacha perto do buraco, pega um graveto e começa a procurar por algo lá dentro, encosta em algo duro.
– Tem algo ali em baixo. – comenta ele. Dean arregaça a manga de seu casaco de couro marrom e bota a mão dentro do buraco que com esforço, tira de lá, por mais incrível que pareça, uma caveira.
Dean olha para Sam e Jane com os olhos arregalados.
...
Os três vão até a universidade local.
Sam pega seu casaco no banco de trás ao lado de Jane, tampa a caixa que segura com as várias caveiras que acharam no buraco e vão em direção a universidade.
– Então, um monte de caveiras enterradas no chão. – diz Jane aos dois.
– É, talvez seja isso que procuramos. Espíritos nervosos, assuntos inacabados. – diz Dean.
– A pergunta é ‘’ Porque insetos? ‘’ e ‘’ Porque agora?’’ – diz Sam.
– Isso, são duas perguntas. – diz Dean. – E o Matt? Porque disse para ele largar a família?
– É só que eu entendo pelo que ele está passando. – responde Sam.
– Respeitar o pai, isso é um bom conselho. – diz Dean. Sam para na frente dele.
– Dean qual é? Isso não é sobre o pai dele. – diz Sam. Jane encosta em uma das árvores do jardim da universidade e fica olhando as pessoas e os carros passarem. – Você acha que eu não respeito o papai... É isso o que você está falando.
– Esqueça, ele não é nosso irmão afinal. – diz Dean recomeçando a andar, mas Sam não o deixa passar.
– Eu respeito ele. – continua ele. – Mas não importa o que eu faça, nunca é bom o bastante.
– O que está dizendo? – pergunta Dean. – Que papai ficava desapontado com você?
– Ficava. Fica... Sempre ficou. – responde Sam.
– Porque pensa isso? – pergunta Dean.
– Porque eu nunca quis caçar animais, ou brigar. – responde Sam. – Porque eu queria ir para a escola e ter a minha vida... O que sempre me tornou a aberração da família.
‘’Não aguento mais essas discussões’’ pensa Jane os olhando.
– E acabou ficando com a loira e os monstros. – continua Dean.
– Dean, sabe o que alguns pais sentem quando os filhos vão para a faculdade? – pergunta Sam. O irmão não responde. – Orgulho... Outros pais não deixam os filhos saírem de casa.
– Eu me lembro dessa briga. – diz Dean. – Também me lembro de algumas palavras arrogantes saírem da sua boca.
– Quer saber, a verdade é que se encontrarmos ou não o papai... – diz Sam. -... Eu não sei se ele realmente quer me ver.
– Sam, papai nunca ficou desapontado com você... Nunca. – diz Dean. Sam olha para os lados e da um sorriso sarcástico. – Ele tinha medo.
– Do que está falando? – pergunta Sam.
– Ele tinha medo do que podia acontecer se não estivesse por perto. – responde Dean. – Mas sabe o que ele falava? Que ia para Stanford quando pudesse. Manter os olhos em você. Garantir que estava a salvo.
– O que? – pergunta Sam.
– É... – diz Dean.
– Porque não me contou isso? – pergunta Sam sem entender.
– Eu tentei. – responde Dean. – Você podia ter atendido ao telefone, teria sido mais fácil.
Os dois ficam se olhando por um tempo.
– Acabaram? – pergunta Jane nervosa vindo em suas direções. – Podemos ir agora? Se bem que nós já estamos atrasados.
Em seguida ela recomeça a andar na direção do departamento de antropologia da universidade.
– Acho que ela odeia quando a gente tem essas discussões. – diz Sam a olhando.
– Você acha? – pergunta Dean sarcasticamente.
...
– Então, vocês três são estudantes? – pergunta o professor se levantando de uma mesa em sua sala.
– Sim, estamos na sua classe. – responde Sam ao homem. – Antro 101.
– Estão? – pergunta o homem.
– E os ossos, professor. – pergunta Jane. – As caveiras.
– É uma descoberta interessante essa que fizeram. – diz o homem a ela. – Eu diria que tem uns 170 anos. A mandíbula e o formato devem indicar nativo-americano.
– Existem tribos, reservas naquele lugar? – pergunta Sam.
– Não de acordo com o histórico. – responde o professor. – Mas... A recolocação de pessoas era muito comum naquela época.
– Certo. – diz Dean.
– Existe alguma lenda local? – pergunta Jane. – Histórias sobre a área?
– Sabe, tem uma tribo em Soppopa. – comenta o professor. – Fica a 96 km. Alguém de lá pode saber alguma coisa.
– Certo. – diz Dean.
Em seguida os três pegam a estrada. Em Soppopa eles vão até uma lanchonete para pedir informação, encontram um cara jogando cartas sozinho na mesa e se aproximam dele.
– Jerry Waitree? – pergunta Dean ao homem. Ele concorda com a cabeça.
– Gostaríamos de fazer algumas perguntas, se estiver tudo bem. – pergunta Jane.
– Somos estudantes da universidade. – mente Dean para ele.
– Não, não são... Está mentindo. – diz Jerry a Dean. Os três se olham sem o que fazer.
– A verdade é... – começa Dean.
– Você não deveria começar uma frase com ‘’ A verdade é... ‘’... Mentiroso. – diz Jerry a Dean. Sam e Jane seguram uma risada.
– Já ouviu falar de Oasis Plains? – pergunta Jane ao homem. – É uma vila de casas perto de Otoka Valley.
Jerry olha para Dean.
– Eu gosto dela. – diz Jerry a ele. – Ela não é uma mentirosa. Eu conheço o lugar.
Dean vira para Sam com uma cara irritada. O irmão da tapinhas em seu ombro.
– O que pode nos contar sobre a história de lá? – pergunta Jane.
– Porque quer saber? – pergunta Jerry delicadamente a ela.
– Alguma coisa... Alguma coisa ruim. – responde Jane. – Está acontecendo naquele lugar. Nós achamos que talvez tenha a ver com alguns ossos e caveiras que achamos lá. Ossos nativo-americanos.
– Vou lhe dizer o que meu avô me contou e o que o avô dele contou a ele. – começa Jerry. – Há 200 anos, a minha tribo morou naquele vale. Um dia, uma caravana veio e forçou-os a sair dali. Eles resistiram, a caravana ficou impaciente... Como meu avô me disse, uma noite em que o sol e a lua dividiam o céu, a caravana invadiu a vila e começou a matar e estrupar. No dia seguinte, a caravana voltou e no próximo e no próximo. No sexto dia que a caravana voltou pela última vez, conforme o sol se punha, todo o homem, mulher e criança da vila foram mortos.
Dean olha para Sam impaciente com a história que não os leva a lugar algum.
– Dizem que na sexta noite, pouco antes de morrer, o chefe da tribo sussurrou para o céu que nenhum homem branco voltaria para aquele lugar. – continua Jerry. – A natureza se viraria contra. Protegeria o vale... E isso traria muitos dias de miséria e morte aos homens brancos, como a caravana trouxe para as pessoas da tribo.
– Insetos. – diz Dean, olhando para o irmão.. – Parece natureza para mim. Seis dias?
– E na noite do sexto dia, ninguém sobreviveria. – diz Jerry.
– Obrigada Jerry. – agradece Jane. Ele lhe da um sorriso e os três saem da lanchonete.
– Quando o cara da compania de gás morreu? – pergunta Sam.
– Deixa eu ver, nós chegamos aqui na terça, então na sexta, dia 28. – responde Dean.
– 28 de março. – repete Sam. – É o começo da primavera.
– A noite em que o sol e a lua dividem o céu. – completa Jane.
– Então, todo ano, nessa época, qualquer um que fique naquele lugar está em perigo. – comenta Sam. – Larry construiu o bairro em uma terra amaldiçoada.
– E a sexta noite... É hoje. – diz Jane a eles. Sam e Dean se olham apreensivos. – Se não fizermos nada, a família de Larry estará morta até o amanhecer.
– Então, como acabamos com a maldição? – pergunta Sam.
– Não se acaba com uma maldição. – responde Dean. – Você se afasta dela. Temos que tirar aquele pessoal de lá agora.
Os três entram no carro e partem de volta para Oasis Plains.
À noite, na casa de Larry, Matt procura por insetos no jardim com uma lanterna, mas sente que o chão treme aos seus pés. Este ilumina o chão, se agacha e pega um pouco de terra, nisso, milhares de baratas saem de lá. Matt se assusta e volta para dentro de casa correndo.
...
– Sim, Sr. Picke (Larry). Há um grande vazamento de gás no bairro. – mente Dean.
– Mesmo? Quão grande? – pergunta Larry.
– É bem abrangente. Eu não quero assustá-lo, mas precisamos tirar sua família daí por pelo menos 12 horas. – responde Dean. – Apenas por segurança.
– E quem é que está falando mesmo? – pergunta Larry.
– Travis Wheeler, trabalho para a compania de gás de Oklahoma. – mente Dean.
– O problema é que eu conheço Travis, trabalho com ele há anos. – diz Larry. – Então, quem está falando?
Dean desliga o telefone rapidamente.
– Droga. – ele diz.
– Me dá o telefone. – diz Jane. Dean a entrega o celular.
Matt atende seu celular em cima da cama em seu quarto.
– Alô? – atende ele.
– Matt, é a Jane. – diz ela.
– Jane! Meu quintal está cheio de baratas. – diz Matt desesperado.
– Matt, me escute. – pede Jane. – Você precisa tirar a sua família daí agora, ok?
– O que?Por quê? – pergunta Matt assustado.
– Porque algo está vindo. – diz Jane olhando pela janela.
– Mais insetos? – pergunta Matt a ela.
– É... Muito mais. – responde Jane.
– Meu pai, não me escuta de jeito nenhum, como vou contar para ele? – pergunta Matt.
– Faça-o escutar. – pede Jane. – Quer dizer... Na pior das circunstâncias, diga a verdade, ele só vai pensar que está louco.
– Mas ele... – começa Matt.
– Diga que está doente, que precisa ir para o hospital. – continua Jane.
– Ta, tudo bem. – responde Matt. Em seguida desligam.
– Pronto. – diz Jane. Dean lhe da um sorriso.
Um tempo depois os três chegam à casa.
– Droga, eles ainda estão aqui. – diz Dean. – Vamos.
Os três saem do carro e vão em direção a porta de entrada. Lá de dentro Larry os vê chegando pela janela e abre a porta antes que batam.
– Saiam da minha propriedade antes que eu chame a polícia. – diz Larry aos três.
– Sr. Picke, escute. – pede Sam.
– Pai, eles só querem ajudar. – diz Matt ao pai.
– Entre na casa! – grita Larry para ele.
– Me desculpa, eu contei a verdade. – diz Matt olhando para Jane.
– Está tudo bem, Matt. – diz ela com um sorriso para ele. – Mas escutem, é meia-noite. Estão vindo a qualquer minuto. Precisamos pegar sua família e sair daqui, antes que seja tarde demais.
– Você quer dizer antes de uma das pragas do Egito? – pergunta Larry nervoso sem acreditar
– O que você acha que aconteceu com a corretora? – pergunta Dean ao homem. – E o empregado da compania de gás? Não acha que algo estranho está acontecendo aqui?
– Eu não sei quem vocês são, mas são loucos. – diz Larry. Jane revira os olhos e Dean o olha com uma expressão impaciente. – Se chegarem perto do meu filho ou da minha família de novo, teremos problemas.
– Odeio ser negativo, mas já temos um problema agora. – diz Dean a ele.
– Pai, eles estão certos. – diz Matt. – Estamos em perigo.
– Matt, entre. Agora! – Larry grita de novo.
– Não! – grita Matt sem se mover. – Porque você não me ouve?!
– Porque é loucura, não faz sentido! – grita Larry.
– Olha, essa terra é amaldiçoada! – diz Sam a ele. – Pessoas morreram aqui. Agora vai querer correr esse risco com a sua família?
– Esperem. – diz Jane. Todos a olham. – Estão ouvindo?
Vários zumbidos começam ser escutados.
– Que diabos é isso? – pergunta Larry ouvindo. De repente uma das lamparinas da casa começa a apagar.
– Hora de ir... Pegue a sua esposa. – diz Dean ao homem.
– Gente... – diz Matt olhando para o céu. Todos olham. Trilhares de abelhas, mosquitos e pernilongos vem na direção deles.
– Oh Meu Deus! – grita Larry.
– Não vamos conseguir. – diz Sam.
– Entrem na casa! Entrem na casa. Vão! – grita Jane. Todos saem correndo e entram.
– Tem mais alguém no bairro? – pergunta Sam.
– Não. – responde Larry. – Só a gente.
– Querido, o que está acontecendo? – pergunta Joanie assustada. – Que barulho é esse?
– Ligue para o 911. – pede Larry a ela. Joanie não se mexe. – Joanie!
– Está bem. – diz ela e pega o telefone
– Eu preciso de toalhas. – pede Dean.
– No armário. – diz Larry indo buscar com ele.
– Precisamos cobrir o lugar. – diz Jane a Matt segurando em seus ombros. – Portas, janelas, lareira... Tudo!
– Vem. – diz ele e os dois sobem a escada ao andar de cima.
– O telefone está mudo. – diz Joanie.
– Devem ter mastigado os fios do telefone. – diz Sam ajudando o irmão a botar as toalhas nos buracos das portas e janelas. De repente todas as luzes se apagam. – E os fios de eletricidade.
– Vou tentar o celular. – diz Larry que se decepciona. – Sem sinal.
– Não adianta, estão cobrindo a casa. – diz Dean. Os insetos começam a tentar ultrapassar as toalhas. Todos olham assustados para os lados.
– E o que fazemos agora? – pergunta Larry.
– Esperamos passar. – diz Sam. – Normalmente a maldição termina quando o sol nascer.
– Normalmente? – pergunta Larry. Dean vai até a lavanderia e pega vários inseticidas.
– Spray para insetos? – pergunta Joanie quando ele volta.
– Acreditem em mim. – diz Dean. De repente o barulho fica mais forte.
– O que é isso? – pergunta Joanie. Jane chega mais perto da lareira.
– A lareira. – diz ela. – Acho melhor todos subirem.
Mas em seguida os insetos entram por ela, atacando a todos. Dean taca o spray para todos os lados.
– Todo mundo para cima, agora. Vamos!Vamos! – grita Dean.
– Vamos! – grita Larry puxando Matt e Joanie.
Sam pega na mão de Jane e a puxa também. Todos sobem para o sótão. Terra começa cair do teto
– Oh Meu Deus, o que é aquilo? – pergunta Joanie apontando.
– Estão mastigando a madeira. – responde Jane.
– Cupins. – diz Matt.
– Todo mundo se afaste... Se afastem! Se afastem! – pede Dean. De repente os cupins entram e começam a atacar. Dean joga o spray, mas não os detém.
– Droga! – grita ele. Cada vez mais entram cupins e mosquitos. Jane protege Matt e sua família em um canto do sótão sem saber o que fazer.
– Vejam. – diz Jane olhando para o buraco do teto, por onde os insetos entram. A luz do dia nasce lá fora, com isso todos insetos saem pelo mesmo buraco que entraram. Todos se levantam. Jane, Sam e Dean chegam mais perto do buraco, para olhá-lo melhor e se olham ofegantes.
...
Mais tarde Larry e sua família com as coisas já empacotadas, colocam todas as caixas em um caminhão de mudança.
– Chegamos a tempo de se despedir? – pergunta Dean a Larry com um sorriso.
–Chegaram. Mais um pouco e iríamos embora. – diz Larry apertando a mão dos três.
– Sério? – pergunta Dean.
– É, não podemos seguir com o desenvolvimento. – diz Larry. – O governo está investigando aqueles ossos que encontraram. E eu posso garantir que ninguém mais vai viver aqui.
– Você não parece muito preocupado com isso. – comenta Sam.
– Bom, foi o maior desastre financeiro da minha carreira, mas... – começa Larry e olha o filho. -... Eu realmente não me importo.
Os três olham para Matt também e dão um sorriso para Larry. Jane se aproxima do garoto.
– O que é isso? – pergunta Jane vendo ele jogar fora os insetos que guardava.
– Eu não sei... – diz Matt lhe dando um sorriso. – Isso meio que me assusta agora.
Jane lhe da um sorriso encantador.
– É, eu acho que sim. – ela diz. Matt também sorri. Os dois se olham por um tempo. Jane lhe da mais um sorriso. Sam e Dean ficam olhando eles do carro. Sam se sente incomodado. Dean o olha surpreso. Jane da um abraço em Matt.
– Se cuida. – diz ela.
– Você também. – diz ele. Eles trocam um último sorriso e Jane se afasta na direção do Impala. Ela se encosta no carro com eles e olha para Matt que conversa com o pai.
– Eu quero encontrar o papai. – diz Sam.
– É, eu também. – diz Dean.
– É, mas eu só... – começa Sam. –... Quero me desculpar com ele.
Dean olha para o irmão.
– Pelo que? – ele pergunta.
– Tudo o que disse para ele. – responde Sam. – Ele fez o melhor que pôde.
Dean concorda com a cabeça.
– Não se preocupe, vamos encontrá-lo. – diz Jane. – E você vai se desculpar, e em cinco minutos vão estar um no pescoço do outro.
Sam lhe da um grande sorriso.
– É, provavelmente. – diz ele.
– Então, à estrada. – diz Dean animado.
– É, vamos nessa. – diz Jane.
Os três dão um último adeus para Matt, Larry e Joanie e entram no carro. Em seguida eles pegam a estrada.
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