segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Supernatural S01E06 Pele

St. Louis, MO...

Em uma casa, uma mulher está amarrada a uma cadeira dentro de um dos quartos, ela está toda ensangüentada, machucada, sua boca está tapada com um pano, ela quer gritar, mas não consegue. Um homem está a sua frente com uma faca na mão, não se vê seu rosto. No jardim há vários policiais que tentam entra na casa.

– Estamos nos aproximando da casa. Câmbio. – diz um policial em um walk-talk.

– Positivo. – responde alguém no walk-talk. Em seguida um dos policiais atira na tranca da porta da frente e ela se abre. O homem com a garota lá dentro se assusta. Os policiais entram na casa, eles vêem sangue nas paredes. Depois de alguns segundos eles entram no quarto em que a vítima está.

– Comando, achamos a vítima. – diz um policial. – Ela está viva.

A garota começa a chorar.

– Está tudo bem. – diz o policial à ela. Eles começam a desamarrá-la. Ela faz um aceno com a mão para fora do quarto, os policiais olham e saem silenciosamente com suas armas.

– Vamos. – diz um policial aos outros. Eles saem à procura do torturador, este está tentando pular pela janela até o andar de baixo, mas os policias o encontram.

– Parado aí! Não se mexa e largue a faca. – diz um dos policiais. – Coloque as mãos onde podemos ver. Largue a faca!

O torturador se vira lentamente para os policiais.

– Não se mexa! Fique perto da porta! – continua o policial. Mas o torturador continua se virando. Eles vêem seu rosto.

– Agora! Vamos! – grita o policial à ele. Dean Winchester olha para os policiais com um sorriso maligno.

...

Uma semana antes...

Dean, Sam e Jane param em um posto de gasolina no meio da estrada.

– Eu acho que não temos muito o que fazer a não ser almoçar e ir para o sul. – diz Dean à eles.

Jane e Sam nem prestam atenção. Este último olha algo em seu celular.

– O Sam está usando calçinha. – diz Dean para chamar a atenção.

– Não enche. – diz Sam. – Estou ocupado.

– Ocupado com o que? – pergunta Dean.

– Lendo e-mails. – responde Sam. Dean sai do carro.

– E-mails de quem? – pergunta Dean.

– De meus amigos em Stanford. – responde Sam.

– Está brincando? Voce ainda fala com os seus coleguinhas? – zomba Dean enquanto abastece o carro.

– Porque não? – pergunta Sam.

– Bom... O que diz a eles? – pergunta Dean. - Você diz onde está? O que está fazendo?

– Digo que estou viajando com o meu irmão, que preciso de um tempo depois da morte de Jessica. – responde Sam.

– Então... Basicamente você mente para eles. – diz Dean.

– Não! – diz Sam. – Eu só não conto a verdade.

– É, isso se chama mentir. – diz Dean. Sam olha estranho para o irmão. – Ei! Eu não estou mandando voce dizer a verdade.

– E o que devo fazer? Cortá-los da minha vida? – pergunta Sam. Dean meio que concorda com a cabeça.

– Está falando sério? – pergunta Sam chocado.

– Eu sei, é uma merda, mas com esse trabalho, voce não pode ser próximo das pessoas. – comenta ele.

– Voce é meio anti-social sabia? – diz Sam a ele e volta a ver seus e-mails.

– Tanto faz. – responde Dean.

– Eu tenho que ir ao banheiro, não vou demorar muito. – diz Jane saindo do carro. Dean e Sam a olham preocupados.

– Tudo bem. – diz Dean à ela.

Em seguida ela se afasta e vai até o banheiro que está vazio, olha para o espelho.

– O que eu estou fazendo? – pergunta para si mesma. – O que eu estou fazendo?

Jane bate com raiva na pia em que se apoia e ela se espatifa no chão.

– Deus. – sussurra ela. – Qual é o meu problema?

Dean e Sam a vêem saindo do banheiro. Jane vê que os dois estão com uma expressão preocupada.

– O que foi? – pergunta ela.

– O Sam recebeu um e-mail de uma amiga, mas não quis me contar até voce chegar. – responde Dean. Jane olha para Sam que olha para seu celular novamente.

– Essa minha amiga Claudia... – começa Sam.

– Ela é gostosa? – pergunta Dean ao irmão. Sam revira os olhos.

– Eu tinha aulas com ela e com o irmão Eduardo. Claudia está me dizendo no e-mail que seu irmão, está sendo acusado de assassinato. – continua Sam. – Ele foi preso por matar a namorada. Claudia diz que seu irmão nunca faria isso. Mas parece que os policiais têm certeza do caso.

– Cara, com que tipo de pessoa voce anda? – zomba Dean.

– Eu conheço o Eduardo. Ele não faria isso. – diz Sam.

– Talvez voce conheça o Eduardo tão bem quanto ele te conhece. – diz Dean.

– Cala a boca. – manda Sam nervoso. – Temos que ir para St. Louis.

– Olha, eu sinto pelo seu amigo. – diz Dean – Mas, isso não parece nosso tipo de problema.

– É sim um problema nosso. – diz Sam. – É um amigo meu.

– St. Louis está a quilômetros atrás de nós, Sam. – diz Dean à ele. O irmão o olha sem paciência. - Ta bom!

Em seguida eles partem. Chegando lá, eles vão direto para a casa de Claudia. Esta abre a porta e vê Sam que lhe da um sorriso.

– Meu Deus! Sam! – diz Claudia com um sorriso.

– Olha só a pequena Clau. – diz Sam a ela.

– Sabia que você ia vir com essa porcaria de Clau. – diz Claudia com um sorriso para Sam e em seguida o abraça.

– Recebi seu e-mail. – diz Sam à ela

– Não imaginei que viria. – diz Claudia à ele.

– Oi. Sou Dean, irmão mais velho dele. – se apresenta Dean se sentindo excluído.

– Oi. – diz Claudia apertando sua mão. Em seguida ela olha para Jane.

– Jane. – se apresenta ela também apertando a mão de Claudia.

– Estamos aqui para ajudar. – diz Sam. - O que podemos fazer?

– Entrem. – diz Claudia a eles.

– Bela casa. – diz Dean olhando ao redor.

– É dos meus pais. – comenta Clau. – Eu decidi ficar e cuidar da casa, pelo menos até o Edu sair da prisão.

– Onde estão seus parentes? – pergunta Jane.

– Eles vivem em Paris há quase um ano. – responde Clau. – Eles estão vindo para cá, por causa do julgamento. Voces querem cerveja?

– Claro! – responde Dean.

– Não, obrigado. – responde Sam ao mesmo tempo. Dean e Sam se olham nervosos. – Então... Nos diga o que houve.

– Bem... O Edu chegou em casa e encontrou Emily presa na cadeira. – começa Clau. – Ela estava com machucados, sangrava e não estava respirando, então... Ele ligou para a emergência e a polícia apareceu. E eles o prenderam. Mas o único jeito de ele ter feito isso, é estando em dois lugares ao mesmo tempo. A policia tem uma fita. É da câmera de segurança da rua. A fita mostra o Edu chegando em casa as 22h e 30min. Emily foi morta logo após isso. Mas eu juro que ele ficou aqui em casa comigo até mais de meia-noite.

– Talvez poçamos visitar a cena do crime. – diz Sam.

– Por quê? O que podem fazer? – pergunta Clau à ele.

– Eu, não muita coisa. – responde Sam. – Mas o Dean é um tira.

Dean é pego de surpresa. Claudia com esperança olha para ele que lhe da um sorriso rápido.

– Detetive, na verdade. – diz Dean.

– Sério? – pergunta Clau. Dean confirma com a cabeça. – Onde?

– No Arizona. – ele responde. – Estou meio que de férias agora.

– É legal vocês se oferecerem para ajudar, mas eu não sei... – diz Clau.

– Olha... Temos que achar um jeito de provar que não foi o Eduardo que a matou – diz Jane a ela. – Nos deixe pelo menos tentar.

Claudia olha para os três.

– Está bem. – ela responde. – Eu vou pegar as chaves.

Claudia se retira da cozinha e vai até seu quarto.

– É... Você não mente para os seus amigos. – diz Dean ironicamente à Sam.

– Olha... Eles precisam... – começa Sam.

– Eu só não acho que seja nosso tipo de problema. – interrompe Dean.

– Dois lugares ao mesmo tempo? – pergunta Sam. – Tem certeza que não é nosso tipo de problema?

Um tempo depois os quatro já estão em frente a casa de Eduardo. Eles saem do carro.

– Tem certeza que não tem problema? – pergunta Clau.

– Claro, eu sou um homem da lei. – mente Dean com um sorriso à ela.

Eles se aproximam da casa que está rodeada por fitas amarelas que avisam para não ultrapassarem. Eles passam por baixo delas e entram. A casa está cheia de sangue. Clau olha apavorada da porta.

– Clau, voce quer esperar lá fora? – pergunta Sam a ela. A moça diz que não com a cabeça e entra.

– Eu quero ajudar. – diz ela.

– Conte o que os policiais disseram. – pede Jane à ela.

– Bem... Não há sinal de arrombamento. Eles disseram que Emily deixou que ele a atacasse. E até os advogados pensam que não há como ajudá-lo.

Clau começa a chorar.

– Se o Edu não fez isso, quer dizer que outra pessoa fez. – diz Sam. – Faz alguma idéia de quem?

– Tinha alguma coisa... Uma semana antes, alguém arrombou a casa. – diz Clau à eles. – Roubou algumas roupas do Edu. A policia acha que não é nada. Moramos perto do centro da cidade. Algumas vezes as pessoas são roubadas.

Dean vai até a janela e a abre, na casa ao lado um cachorro está olhando para a direção dele e latindo forte.

– Ele costumava ser muito manso. – diz Clau se aproximando de Dean.

– O que aconteceu? – pergunta ele.

– Ele apenas mudou. – responde ela.

– Você sabe quando? – continua Dean.

– Acho que depois do assassinato. – responde Clau. Dean concorda com a cabeça e sai da janela para continuar a procurar algo pela casa.

Sam olha uma foto dele com Eduardo e Claudia pendurada na geladeira.

– Então... O cachorro do vizinho ficou assim logo após o assassinato. – comenta Dean se aprossimando do irmão.

– Animais têm uma sensibilidade maior à paranormalidade. – comenta Jane.

– Talvez sexto sentido ou algo assim. – concorda Dean.

– Talvez seja nosso tipo de problema. – diz Sam olhando Dean.

– Provavelmente não. – responde ele. – Mas devíamos dar uma olhada na fita de segurança, só para ter certeza.

Eles se reúnem com Clau novamente.

– Então, quanto à fita de segurança... – diz Dean à ela. – Seria bom se voce a pegasse com os advogados.

– Eu já peguei. – diz Clau. – Eu não sei se é bom dizer isso na frente de um tira, mas eu peguei a fita na mesa do advogado. Eu precisava ver por mim mesma.

– Certo... – diz Dean lhe dando um sorriso.

...

Não muito longe dali, Eduardo se encontra na frente de um prédio comercial de onde saem um casal pouco tempo depois.

– Porque é o melhor. – diz o homem para sua namorada.

– Eu sei, por isso quero que você diga não. – diz ela. O homem sorri e eles se beijam.

– Você só não consegue ficar longe de mim. – diz ele.

– Esteja em casa hoje, eu vou te recompensar. – ela diz. Em seguida o homem entra em um carro e parte, a mulher lhe manda um beijo. Eduardo analisa o carro partindo e olha para a mulher entrando no prédio. Ele da um sorriso maligno para ela e seus olhos mudam para um branco flamejante.

...

Na casa de Claudia, os quatro assitem a fita.

– Aí vem ele. – diz Clau vendo seu irmão. Este atravessa a rua em direção à sua casa.

– 22h04min, isso é logo após as 22h00min. – diz Dean olhando o tempo no canto da televisão. – Você disse que a morte foi lá para as 22h30min.

– O advogado contratou um especialista. Ele disse que o tempo não está certo, mas eu não acredito nisso. – comenta Clau. Em seguida uma câmera na rua pega bem o rosto de Eduardo. Jane muda de expressão.

– Claudia, se não for pedir muito, que tal aquelas cervejas agora? – pede Jane.

– Claro. – diz Clau com um sorriso pra ela, em seguida se levanta e vai até a cozinha.

– E uns sanduiches também. – diz Sam brincando.

– O que acham que é aqui? Uma lanchonete? – pergunta ela.

– Quem me dera. – sussurra Dean para si mesmo e se vira para Jane junto com Sam. – O que foi?

– Dêem uma olhada nisso. – diz eala pegando o controle remoto do sofá. Jane passa lentamente a parte que passa Eduardo na tela. Eles conseguem ver o olho branco flamejante.

– Talvez seja um reflexo da câmera. – diz Dean à ela.

– Não parece nenhum tipo de reflexo que eu já vi. – diz Jane. – Dizem que uma foto pode mostrar a alma de alguém. Talvez o cachorro tenha visto isso e ficou assustado. Talvez seja um tipo de lado negro do Eduardo. Parece com ele, mas não é.

– Como um Double Ganger. – diz Dean.

– É, explicaria ele estar em dois lugares ao mesmo tempo. – diz Sam.

...

À noite, na casa do mesmo casal que Eduardo estava analisando, o homem entra na casa.

– Querida, sou eu. – diz ele. Ela não responde. – O cliente cancelou na última hora. Eu liguei, porque não atendeu?

Continua sem resposta.

– Lindsy? – diz o homem começando a ficar preocupado. – Lindsy?

O homem se vira e vê uma marca de mão ensangüentada na parede.

– Lindsy! – ele grita pela casa. Ele entra em um dos quartos e a encontra amarrada na cadeira, toda ensangüentada e machucada. Ela chora.

– Tudo bem, amor. Sou eu. – diz o homem tirando o pano de sua boca.

– Não olhe mais para mim. – ela diz. – Me deixe em paz.

O homem sem entender sai do quarto silenciosamente à procura do ladrão. Ele olha pela casa toda até que na sala, o ladrão sai de trás de uma das paredes, o homem se vira para vê-lo e se assusta, os dois são iguais, um é a cópia do outro. A cópia dá uma paulada na cabeça do verdadeiro que desmaia.

...

No dia seguinte, Dean , Sam e Jane vão a casa de Eduardo novamente.

– Certo, o que estamos fazendo aqui às cinco e meia da manhã? – pergunta Dean à eles.

– Eu percebi uma coisa. – responde Sam. – A fita mostra Eduardo entrando na casa, mas não saindo.

– Então ele saiu pelos fundos. – diz Dean tomando um café mal humorado.

– Isso, então deve ter um rastro para seguirmos. – diz Sam andando até a casa, Jane o segue. – A policia nunca perceberia.

– Se a criatura nunca saiu, deve ter encontrado com Eduardo lá dentro. – diz Dean. Sam não responde, continua procurando um rastro. – Só não sei o que estamos fazendo aqui às cinco e meia da manhã.

De repente Jane vê marcas de sangue em um poste de luz.

– Sangue. – ela diz. Sam se aproxima e vê a marca, em seguida olha para Dean. – Alguém passou por aqui.

– Talvez o rastro tenha acabado, não vejo mais nada aqui. – diz Dean. De repente Jane olha na direção do final da rua ao lado deles.

– Jane? – chama Sam.

– Uma ambulância. Teve outra vítima. – diz ela. Sam e Dean seguem seu olhar. De repente uma ambulância vira a esquina apressadamente e passa por eles. Os irmãos a olham com as sobrancelhas arregaladas. – Temos trabalho a fazer.

Minutos depois os três se encontram na frente da em que a ambulância parou. Policiais estão rodeando- a com fitas amarelas.

– O que houve? – pergunta Jane à uma jovem de sua idade.

– Um rapaz tentou matar a namorada. – diz ela. – Amarrou e bateu nela.

– Sério? – pergunta Dean. A jovem confirma com a cabeça.

– Eu o encontrava de manhã indo trabalhar. Parecia ser um cara legal. – continua ela. Os três olham em direção à casa, o namorado de Lindsy é retirado de lá, preso com um olhar triste e apreensivo.

Atrás da casa, Sam começa a procurar por pistas, mas não acha nada.

– Ei... Sabe quando eu disse que esse não era nosso tipo de problema? – pergunta Dean. – Eu estava errado. Esse é o nosso tipo de problema.

– O que descobriu? – pergunta Jane.

– Eu estava falando com um jornalista... O rapaz estava voltando de uma viagem de negócios quando a mulher foi atacada.

– Estava em dois lugares ao mesmo tempo. – diz Sam.

– Exatamente. – confirma Dean. – Aí ele vê a si mesmo na casa e a policia pensa que enlouqueceu.

– Dois lados negros atacam as amantes da mesma maneira. – diz Jane.

– Pode ser a mesma pessoa. – diz Dean.

– Um metamorfo? Algo que pudesse se parecer com qualquer coisa? – pergunta Sam. Dean e Jane confirmam com a cabeça.

– Toda cultura do mundo tem sua história sobre metamorfos. – diz Dean. – Lendas de criaturas que podem se tranformar em outros homens e animais.

– É, como Trocadores de Pele e Lobisomens. – diz Jane.

– Temos dois ataques idênticos. – diz Dean. – Acho que temos um metamorfo na vizinhança.

– Nessas lendas de metamorfos. – diz Sam. – Alguma delas diz que eles podem voar?

– Não que eu saiba. – diz Dean.

– No que está pensando? – pergunta Jane à ele.

– Eu vi um rastro aqui. – responde Sam. – Alguém saiu da casa e veio por aqui.

– Como na casa do seu amigo. – diz Dean.

– É, e como lá, o rastro simplesmente acaba. – diz Sam. – O que quer que seja, simplesmente desaparece.

Jane olha por tudo.

–Existe outro caminho. – diz ela olhando para o chão. Sam e dean seguem seu olhar. – Descendo.

Jane se aproxima da tampa de esgoto no chão e a abre. Segundos depois, os três já se encontram lá em baixo.

– Aposto que passa pela casa do Eduardo também. – diz Sam.

– O metamorfo pode ter usado o esgoto para fugir. – diz Jane.

– Com certeza. – diz Dean. – Olhem isso.

Dean mostra uma gosma no chão, pega uma faca e colhe uma amostra. Sam faz cara de nojo.

– Isso é das vítimas dele? – pergunta Sam.

– É nojento só de pensar. – diz Dean. – Quando o transformador muda de forma, ele troca de pele também.

– É nojento. – diz Sam. Em seguida, eles saem do esgoto e vão até o carro.

– Uma coisa que eu aprendi com o papai, sobre como lidar com metamorfos. – diz Dean pegando uma arma no porta-malas. – Só há um jeito de matá-lo.

– Bala de prata no coração. – completa Jane. Dean concorda com ela.

– Isso mesmo. – ele diz. Em seguida o celular de Sam toca.

– Alô? – ele atende.

– Onde você está? – pergunta Clau do outro lado da linha.

– Perto da casa do Edu procurando por pistas. – responde Sam.

– Olha Sam, pode parar porque eu não preciso mais da sua ajuda. – diz Clau á ele.

– Do que está falando? – pergunta Sam.

– Eu disse aos advogados que fomos à cena do crime. – diz ela.

– Porque fez isso? – pergunta Sam.

– Eu disse que estávamos com um policial. – responde Clau. – Eles pesquisaram e verificaram que não há nenhum detetive Dean Winchester.

– Clau... – tenta explicar Sam.

– Não entendo porque você mentiria para mim. – interrompe ela.

– Estamos tentando ajudar. – diz Sam.

– Ajudar?! – diz Clau. – Sabia que aquilo era uma cena do crime? Que poderia arruinar as chances do Edu?

– Clau, me desculpa. – pede Sam.

– Adeus Sam! – ela responde e desliga o telefone em seguida.

– Eu não queria dizer, mas é exatamente disso que eu estava falando. – diz Dean à Sam. – Você mente para seus amigos porque se descobrissem a verdade, iam enlouquecer. Só estou falando que seria mais fácil se...

– Se eu fosse como você. – completa Sam.

– Cara, você tem que saber que a gente não é como as outras pessoas. – diz Dean. – Mas vou dizer uma coisa, pegue isso...

Dean entrega uma arma para o irmão.

– E use sem pensar. – Dean continua. Sam pega a arma da mão dele e a põe atrás, dentro de sua calça, com isso um pouco de sua cueca aparece. Jane olha, mas tira o olho rapidamente. Os três entram no esgoto novamente. Com lanternas começam a procurar por mais vestígios. Procuram por vários corredores.

– Acho que estamos próximo dele. – diz Jane. - Tem mais gosma aqui.

– E mais um pouco ali. – diz Sam iluminando com sua lanterna um espaço mais a frente.

– Quem sabe quantos mais têm por aí? – pergunta Dean. Em seguida, Sam se vira, iluminando o corredor atrás do irmão e vê o metamorfo.

– Dean! – grita Sam. Imediatamente o metamorfo dá um soco no mais velho e ele cai batendo nos canos ao lado. Sam atira duas vezes, mas não acerta e o metamorfo foge. Sam e Jane ajudam Dean a se levantar.

– Peguem esse filho da puta! – grita ele aos dois com a mão no ombro machucado. Jane e Sam saem à procura do metamorfo. Dean faz cara de dor, mas os segue logo em seguida. Os três saem do esgoto o olham ao redor, pelas ruas.

– É melhor nos separarmos. – diz Sam.

– Certo, eu vou para aquele lado. – diz Dean apontando para a esquerda. – Voce e Jane vão para a direita.

– Porque não nos separamos os três? É mais rápido. – diz Jane.

– Nem pensar. – diz Sam à ela. – Você vem comigo e não desgruda um dedo sequer de mim.

– Mas... – começa ela.

– Vamos. – interrompe Sam, pegando-a pela mão e a puxando.

Em seguida eles se separam. Todos se assustam quando Dean passa com uma arma na mão.

– Sam. – diz Jane parando na frente dele na rua. – Sei que está preocupado que eu faça alguma besteira, mas tem que confiar em mim. É mais fácil e mais rápido se nos separarmos também.

– Eu não sei. – diz Sam a olhando.

– Sam... – começa Jane.

– Está bem. – diz ele finalmente. – Vai.

Jane lhe da um sorriso rápido e começa a correr na outra direção.

...

Um tempo depois, os três se encontram novamente perto do esgoto em que saíram.

– Alguma coisa? – pergunta Dean.

– Não, ele sumiu. – responde Sam. Jane concorda com a cabeça.

– Bom... Vamos pro carro. – diz Dean, eles atravessam a rua, a luz de uma caminhonete que passa o ilumina e seus olhos mudam para um branco flamejante.

– Será que ele achou outro caminho subterrâneo? – pergunta Sam enquanto eles se aproximam do Impala.

– É provável. – diz Jane parando e se recostando no carro.

– Está com a chave? – pergunta Dean olhando o irmão.

– Estou. – responde Sam a pegando em seu bolso do casaco. - Pega

Dean pega a chave no ar e abre o porta-malas. Ali ele vê todos os tipos de instrumentos para se matar diferentes criaturas. Ele da um sorriso. Jane o olha seriamente e em seguida pega a arma de Sam em sua calça a apontando para Dean.

– Onde ele está? – pergunta Jane nervosa.

– Que isso? – diz Dean. – Sou eu.

– Não, não é não. – diz Jane.

– Jane! O que está fazendo? – pergunta Sam, surpreso.

– Cadê o Dean?! – repete Jane.

– Você está querendo atirar nele. – responde Dean a ela. – Relaxa.

– Jane, calma... É o Dean. – diz Sam.

– Ele pegou a chave com a esquerda. – comenta Jane. – Ele machucou esse braço lá em baixo, lembra?

Sam olha para o irmão.

– Já melhorou. – diz Dean. – O que eu deveria fazer? Chorar? Não me diga que vai acreditar nela. Vocês são loucos.

– Você não é ele. – diz Jane. Dean começa a se aproximar dela. Jane da uns passos para trás.

– Então atira. – diz Dean a ela. Jane não se move. – Porque você não atira?... Porque não tem certeza.

– Não. – diz Jane. De repente Dean pega um cano dentro do porta-malas e se vira para golpear Jane. Esta consegue deter o cano com as mãos, mas acaba levando um soco e cai desacordada. Sam parte para cima do irmão, mas este lhe golpeia com o cano na cara. O metamorfo os olha no chão com um sorriso.

...

Um tempo depois, Sam acorda amarrado em uma coluna de ferro dentro de uma sala escura, iluminada apenas por algumas velas. O metamorfo ainda com a forma de Dean vem até ele com algumas cordas no braço, o olha e lhe dá um soco. Sam geme de dor.

– Onde eles estão? – pergunta Sam. O metamorfo põem as cordas em uma mochila e o olha.

– Não se preoucupe com eles. – diz ele. – Se preocupe com você.

– Onde eles estão? – pergunta Sam nervoso.

– Não vai gostar de saber. – responde o metamorfo com um sorriso. – Eu juro, quanto mais eu conheço você e sua família... E eu achava que tinha sangue ruim.

– O que quer dizer? – pergunta Sam. O metamorfo o olha e em seguida começa a ter uma forte dor de cabeça.

– Ele tem mágua de você. – diz ele se aproximando. – Você foi para a faculdade e ele teve que ficar... Quero dizer, eu tive que ficar... Em casa com o pai. Você acha que eu não tinha sonhos? Nosso pai precisava de mim. E onde estava você?

– Onde eles estão? – repete Sam.

– Já disse... Não vai querer saber. – repete o metamorfo também. – E lá no fundo... Eu tenho inveja... Você tem amigos, tem uma vida... E eu? Eu sou um pirado. Cedo ou tarde as pessoas se mandam.

– Está falando do que? – pergunta Sam.

– Você se mandou. – responde ele. – Eu fiz tudo o que o papai pediu e ele também se mandou, sem explicação, só... Foi. Me largou sozinho.

Em seguida o metamorfo se levanta com um grande saco marrom nas mãos.

– Mas essa vida. – continua ele. – Tem momentos legais... Eu conheço gente legal, maninho. A Clau por exemplo... O Dean vai transar com ela se tiver chance.

Sam lhe da um olhar cortante.

– Aí a gente vê o que rola. – diz o metamorfo e o cobre com o saco.

...

Batidas são dadas na porta de Clau. Esta a abre vendo Dean.

– Oi. – diz ela com uma expressão indiferente.

– Já sei o que vai dizer. – diz ele.

– Sabe mesmo? – pergunta Clau.

– Não exatamente. – ele brinca. – Mas imagino... Sai da minha frente?

– É por aí. – diz Clau com um sorriso.

– Confesso que mentimos. – diz Dean. – Mas eu vim me explicar. Sam disse para eu não vir, mas... Eu pensei que precisava tentar.

Ele lhe dá um sorriso.

...

No esgoto, Sam faz esforço para tentar se soltar.

– Droga. – diz Sam. Em seguida ele ouve uma tosse. Jane chacoalha a cabeça tirando o saco que cai a sua frente.

– Mas que merda. – diz ela mal humorada.

– Jane? Você está bem? – pergunta Sam.

– Estou. – diz ela tentando se soltar.

– É bom que sejam vocês mesmo. – diz Dean também com a cabeça descoberta. – Não aguento mais aquele maluco.

Sam da uma risada, aliviado.

– Ele foi atrás da Clau com a sua cara. – diz Sam ao irmão.

– Bom... Ele não é estúpido. – diz Dean. – Ele só escolheu o mais bonito.

Sam vira o rosto e o olha nervoso.

...

Na casa de Clau, ela se senta junto com Dean em um sofá de frente com a lareira acesa.

– Está me dizendo que tem uma coisa lá fora que tomou a forma do meu irmão? – pergunta ela. O metamorfo concorda com a cabeça. Clau sorri não acreditando. – E como se chama essa coisa?

– Metamorfo. – responde ele. Clau da um pequeno riso. – É... Eu sei, parece que a gente pirou, mas... E se não? Você mesma disse que o Edu estava em dois lugares ao mesmo tempo. Como isso é possível?

– Está bem, então... Essa coisa, pode parecer com qualquer um? – pergunta Clau.

– É isso aí. – concorda o metamorfo.

– O que que é isso? – pergunta Clau com outro sorriso ainda não acreditando. – Uma aberração genética?

O metamorfo lhe da um sorriso irônico.

– Talvez. – ele responde. – Evolução é mutação... Sabia? Vai ver essa coisa nasceu humana, mas era diferente, horrível e odiado. Então aprendeu a ser como outras pessoas.

Clau lhe da um sorriso e vira para a lareira. Os olhos de Dean mudam para o branco como antes.

...

– Como vamos sair daqui? - pergunta Sam ainda tentando se soltar.

– Eu não sei, essa corda é muita grossa. – diz Dean nervoso.

– Vamos... Vamos. – diz Jane com os olhos fechados.

– O que está tentando fazer? – pergunta Dean a olhando

– Eu não consigo me concentrar. – diz Jane. – Tem que dar certo... Vamos!

De repente as cordas que amarram seus pulsos começam a se soltar lentamente.

– Isso. – diz Jane. – Só mais um pouco.

– O que está acontecendo? – pergunta Sam não conseguindo olhar.

A corda se solta por completo e Jane se levanta indo até eles para ajudar.

– Graças a Deus nós temos você. – diz Dean com um sorriso para ela. Jane o olha por um instante, mas continua desamarrando as cordas.

– Temos que ir. – ela diz em seguida.

– Aquele metamorfo, ele não parecia com você Dean. – diz Sam enquanto eles correm pelos corredores do esgoto. – Ele era você... Ou pelo menos estava se tornando.

– Como assim? – pergunta o irmão.

– Não sei... É como se ele soubesse seus pensamentos e lembranças. – responde Sam.

– Tipo um modelador de mentes? – pergunta Dean.

– É alguma coisa assim. – diz Sam.

– É por isso que ele não mata em quem ele se transforma. – diz Jane. – Para saber seus pensamentos.

– Temos que ir rápido, ele está com a Clau. – diz Sam. Em seguida eles saem do esgoto dando em beco. – Temos que chamar a polícia.

– Não. – diz Jane. – Aí eles virão atrás do Dean e não do metamorfo.

– É verdade. – diz Sam.

– Venham por aqui. – diz ela e eles correm por uma rua deserta.

...

– Engraçado. – diz o metamorfo dando em seguida um gole em sua cerveja. – Até que eu entendo o cara. Ele é muito só. Não tem ninguém. Tudo que ele quer é ser amado... Ele é como eu.

Dean olha para Clau e ela vira o rosto para a lareira.

– Todo mundo precisa de calor humando de vez em quando. – diz ele e acaricia o rosto de Clau. – É difícil ser diferente.

– Tchau, Dean. – diz ela o olhando nervosa. O metamorfo sem desistir começa a sussurra em seu ouvido. – Você é nojento!

Clau se levanta rapidamente do sofá.

– Vai embora daqui agora! – grita ela.

– Cláudia tenha calma. – pede o metamorfo.

– Ficar calma? – pergunta ela nervosa. – Qual é o seu problema?

– Qual é o meu problema? – pergunta o metamorfo ficando nervoso. – Qual é o SEU problema?!

– Eu vou chamar a polícia. – diz Clau correndo até o telefone, metamorfo o taca no chão. Clau berra e se vira para correr, mas o metamorfo lhe passa a perna e ela cai. Ele a vira e ela começa a espernear.

– Me dê sua mão. – manda ele e começa a amarrá-la com o fio do telefone. Clau grita. – Cala a boca.

Ela não se cala e o metamorfo lhe da um tapa na cara. Um tempo depois a leva para o quarto e a amarra em uma cadeira enquanto põe um pano em sua boca. Clau toda ensanguentada, chora.

– Você era uma boa garota, Cláudia. – diz o metamorfo. – Eu gostava de você. Acredite, não é fácil.

Ele pega uma faca bem afiada.

– Mas eu preciso fazer isso. – continua o metamorfo. Ele se aproxima de Clau. De repente uma janela é quebrada. Clau começa a gritar, mas o pano abafa. O metamorfo tampa sua boca. – Fique quieta.

Em seguida ele sai do quarto. Vários policiais invadem a casa. O metamorfo vai para outro quarto e fecha a porta, olha para os lados nervoso. Olha a fresta de baixo da porta, os policiais se aproximam. Ele vai até a janela e a abre.

– Parado! – gritam três policiais entrando no quarto. O metamorfo se vira para eles com as mãos para o alto.

– Largue a faca! – manda um deles. – Largue agora!

Em seguida, o metamorfo atira a faca no policial que é atingido e acaba atirando várias vezes para o alto. Os outros dois policiais são golpeados e acabam desacordados. O metamorfo pula pela janela, caindo no jardim ao lado da casa. Mais policiais tentam acertá-lo com suas armas, mas em vão. Ele foge.

O metamorfo vai até o beco mais próximo e começa a tirar as roupas, se contorce de dor, suas unhas caem junto com seus dentes. Em seguida ele retira a própria pele, deixando de ser Dean.

...

Em uma loja de aparelhos eletrônicos, televisões na vitrine informam a notícia de outra vítima torturada. Um desenho do rosto de Dean é mostrado.

– Olha só. – diz Dean olhando as televisões. – Esse desenho não ficou nada bom.

Jane e Sam olham ao redor com medo que alguém o reconheça.

– Bom o bastante – diz Sam.

– Vamos. Temos que sair daqui. – diz Jane.

– Que saco. – diz Dean e eles vão.

– Disseram tentativa de homicídio, então... – começa Sam.

– Eu não a matei. – interrompe Dean nervoso.

– Eu vou visitar a Clau amanhã, para ver se ela está bem. – diz Sam.

– Ta, mas antes nós vamos achar aquele metamorfo bonitão e acabar com a raça dele. – diz Dean.

– Nós não temos armas. – diz Jane. – Nem balas de prata.

– O cara está andando por aí com o meu rosto, isso é pessoal e eu tenho que encontrá-lo. – diz Dean parando e olhando para eles.

– Ok. – dizem Sam e Jane.

– Onde olhamos? – pergunta Sam.

– Podemos começar pelos esgotos. – diz Jane.

– Como você disse não temos armas. – diz Sam à ela. – Ele roubou todas. Precisamos de mais.

– O carro. – diz Jane de repente. – O metamorfo foi com ele à casa de Cláudia, mas fugiu a pé... Então o carro ainda deve estar lá. Vamos.

Jane recomeça a andar.

– Além de usar o meu rosto ele dirige o meu carro. – diz Dean.

– Esquece isso. – diz Sam.

– É brincadeira. – diz Dean nervoso.

– Esquece, Dean. – diz Sam. – Vamos logo.

Eles correm e chegam à casa.

– Ta alí. – diz Dean com um sorriso avistando o Impala. – Finalmente uma coisa boa.

– Esperem. – diz Jane parando e pondo um braço na frente deles. – Merda... Polícia.

Ela se vira para eles.

– Dean, você tem que ir agora. – diz ela.

– O que? Pra onde? – pergunta Dean.

– Só vai. – diz Jane e o empurra. Dean pula um muro de madeira que dá na rua de trás.

– Dean! – grita Sam.

– O que?! – pergunta Dean nervoso.

– Fica longe dos esgotos! – manda ele.

– Ta. – diz Dean.

– É sério. – diz Sam.

– Já entendi! – grita Dean e se vai.

Em seguida duas viaturas policiais chegam e rodeiam os dois. Sam e Jane põem suas mãos para cima.

...

No dia seguinte de manhã, Dean sai do carro e vai até o porta-malas, pega uma arma com balas de prata e a destrava,

– Sinto muito, Sam... Mas você me conhece... Eu não sei esperar. – diz Dean e em seguida entra no esgoto. Vê peles pelos corredores. Um tempo depois entra na mesma sala em que ele, Sam e Jane foram presos. Olha para todos os lados. De repente vê que há alguém por baixo de um saco, o retira e olha surpreso para a garota amarrada. – Cláudia?

...

– Então o metamorfo existe? – pergunta Cláudia enquanto entrega outra cerveja para Sam sentado ao lado de Jane na sala. Estes concordam com a cabeça. – Vocês são loucos... Mas eu acredito.

Imagens vêem na cabeça de Jane (Cláudia, Olhos brancos flamejantes, Sam e ela amarrados).

– Você está bem? – pergunta Sam vendo a expressão de Jane.

– Estou. – sussurra ela. – Mas...

– Então... – interrompe Clau voltando da cozinha com sua garrafa de cerveja vazia. – Como matamos o metamorfo?

– Bala de prata no coração – responde Sam

– Não sabemos. – responde Jane junto com ele. Os dois se olham.

– Obrigada. – agradece Clau com um sorriso e em seguida bate na cabeça de Sam com sua garrafa, a quebrando. Ele cai desacordado do sofá. Jane levanta rapidamente do sofá que é o único móvel que as separa. Os olhos de Clau mudam. – Sua vez.

– Pode vir. – diz Jane a ela e corre para a cozinha, pegando uma faca em cima da pia e apontando para o metamorfo.

– Você não pode me impedir. – diz Clau à ela. – Ninguém nunca impediu, porque uma garotinha como você mudaria alguma coisa?

– Cala a boca. – manda Jane. – Não sou eu que vou sair daqui morta. Tenho coisas para fazer ainda. Você não vai destruir meus planos.

– Que meiga. – diz Clau se aproximando cada vez mais. – O que vai fazer? Me atacar com essa faca? Me poupe.

– Eu mandei calar a boca. – diz Jane e a ataca, mas o metamorfo agarra seu braço e lhe da um soco na barriga. A faca cai de sua mão. Jane põe a mão na região do estômago e tosse forte, sem ar. Em seguida Clau some.

...

No esgoto.

– O que aconteceu? – pergunta Dean desamarrando Clau.

– Eu... Eu ia para casa e tudo ficou branco, alguém me atingiu na cabeça e eu acabei aqui. – diz Clau apavorada. – Quando eu vi ele se transformou em mim... Eu não entendo. Como isso é possível?

– Calma. – diz Dean a ela. – Está tudo bem. Pode andar?

– Sim. – ela responde.

– Beleza, temos que correr... O Sam e a Jane foram te ver.

Em seguida eles saem.

...

Casa da Clau.

Um amontoado de pele se encontra pela sala. O metamorfo agora com a aparência de Dean novamente, prende Sam e Jane pelos pulsos e os deixa no chão.

– O que vai fazer com a gente? – pergunta Sam acordado.

– Eu não vou fazer nada. – responde o metamorfo. – Mas o Dean vai.

– Não vão conseguir pegá-lo. – diz Jane nervosa.

– Tanto faz garota. – diz o metamorfo procurando uma faca bem afiada pelas gavetas da cozinha. – Homicídio de primeiro grau... O próprio irmão e a amiguinha. Vai ser caçado pelo resto da vida.

Em seguida o metamorfo pega uma faca e a olha com um sorriso.

– Eu confesso. – diz ele pegando um drinque. – Vou sentir falta dessa pele. O Dean tem muitas qualidades. Vocês deviam dar mais atenção à ele.

O metamorfo levanta o copo com a bebida.

– Sáude. – diz ele e da um longo gole. Em seguida ele pega a faca e crava na mesa de bilhar ao lado do bar. Jane olha para todos os lados, pensando no que fazer. Em seguida esta dá um chute com as duas pernas no metamorfo, o fazendo cair desprevenido. Sam se ajoelha, corta a corda em seus pulsos com a faca cravada, a pega e ataca o metamorfo que segura seu braço, lhe da um chute e retira a faca de sua mão, o derrubando de volta no chão. – Seu filho da mãe!

Jane se solta da corda e atca o metamorfo por trás, este a derruba de costas no chão, ficando em cima dela.

– Me larga. – manda Jane esperneando.

– Eu vou te matar! – diz o metamorfo nervoso à ela.

Sam pega o metamorfo e lhe da um soco, que se segura na mesa de bilhar. Este se vira e ataca Sam que desvia acertando a criatura no rosto novamente. O metamorfo pega o braço de Sam e o torce para trás, nas costas. Sam se solta e o prende na parede com os braços também.

– Nada mal irmãozinho. – diz o metamorfo.

– Você não é ele. – diz Sam nervoso. Em seguida o metamorfo lhe da um soco, o fazendo se desequilibrar no sofá. Jane se levanta, pega uma faca na gaveta da cozinha e aponta para o metamorfo .

– Pelo que eu sei... Isso aí não pode me matar. – diz ele com um sorriso.

– É, não pode. – concorda Jane e vê Sam que se levanta aos poucos e olha para eles. Este se aproxima devagar, sem barulho. O metamorfo da uma risada.

– Desiste, Sam. – diz ele pegando um cabo de vassoura e se virando enquanto o ataca. Sam se desvia do cabo. – Desde que éramos pequenos... Eu sempre ganhei de você.

– Cala a boca. – manda Sam lhe dando uma cotovelada no rosto. Em seguida o metamorfo pega Sam pelas pernas e o derruba na mesinha de centro na frente do sofá. Sam geme de dor. O metamorfo começa a socá-lo.

– O que eu faço? – pergunta Jane a si mesma. – O que eu faço?!

De repente ela olha para a porta da casa.

– Dean. – diz ela e sai correndo pela rua. Na esquina do quarteirão o vê correndo junto com Cláudia. – Dean!

– Jane! – grita ele e vêm até ela.

– Me dá a arma, agora! – grita Jane. Dean a taca e ela pega no ar, correndo de volta para casa, onde Sam é agora esganado.

– Adeus... Irmãozinho. – diz o metamorfo.

– Ei! – grita Jane apontando a arma para ele. O metamorfo se levanta rapidamente e se afasta. – Idiota.

Em seguida ela atira três vezes em seu peito o fazendo cair em cima de um armário de canto, morto. Dean e Clau entram na casa ás pressas. Sam se apoia nos cotovelos sem ar e vê o metamorfo morto.

– Sam! – grita Clau e vai até ele, o segurando. Dean se aproxima de sua cópia, olha para Sam e retira do pescoço do metamorfo sua corrente.

...

Um tempo depois com Dean põe um mapa em cima do capô do carro e começa a analisá-lo. Sam e Jane com os ferimentos já limpados e cuidados, saem da casa com Clau atrás. Dean os olha.

– Então é isso que vocês fazem. – diz Clau à eles. – Caçam essas coisas.

– É, mais ou menos isso. – diz Sam com um sorriso. Jane vai até Dean no carro

– Não dá para acreditar. – diz Clau. – Quero dizer... Eu vi com os meus olhos, mas... O pessoal da faculdade... Ninguém sabe que faz isto?

– Não. – responde Sam.

– Jessica sabia? – pergunta Clau.

– Não, não sabia. – responde Sam com um olhar triste.

– Deve ser solitário. – diz ela lhe dando um sorriso carinhoso.

– Não... Não. – diz Sam olhando para o irmão e Jane. – Não é tão tuim. E depois que que eu posso fazer?... É de família.

– Sabe... Edu e eu... Todo mundo sente falta de você. – diz Clau lhe dando um abraço apertado.

– É, eu também. – diz Sam também a abraçando.

Clau se afasta e o olha.

– Liga de vez em quando. – pede ela.

–Hum... Ta, mas pode demorar um pouco. – diz Sam.

Clau lhe da um último sorriso, olha para Dean e Jane e lhes da adeus com um aceno de mão. Os dois retribuem com outro aceno. Em seguida Clau entra em casa.

– E o seu amigo Edu? – pergunta Dean vendo Sam se aproximar.

– A polícia pôs a culpa em um tal de Dean Winchester pela morte da Emily. – responde Sam. – Acharam a arma no esconderijo, as roupas do Edu manchadas de sangue... E também estão achando que a fita pode ter sido adulterada.

Dean o olha sério.

– É... A Clau disse que ele vai ser solto logo. – termina Sam e dá um sorriso ao irmão.

– Mas que droga. – diz Dean e entra no carro. Sam olha para Jane do outro lado do carro que dá um sorriso na direção de Dean também. Ele vai até ela.

– Você está bem? – pergunta Sam olhando seus ferimentos.

– Do que está falando? – pergunta Jane com um sorriso à ele. – Isso não é nada. Eu spu dura na queda.

– É, mas foram ferimentos bem feios. – diz Sam se aproximando de seu rosto e passando a mão nos machucados.

Jane o olha, surpresa. Ela abre a porta de trás do Impala.

– Jane. – chama Sam. Ela o olha. – Obrigado.

Jane lhe abre um pequeno sorriso e entra no carro. Sam faz o mesmo e se senta ao lado do irmão. Em seguida, os três pegam a estrada.

– É uma pena. – diz Dean.

– Pena de que? – pergunta Sam.

– Eu queria que as coisas fossem diferentes. – responde Dean. – Que você fosse o... O cara da faculdade.

– Ah... Tá tudo bem. – diz Sam com um sorriso. – A verdade é que... Mesmo em Stanford eu não me adaptava legal.

– É porque você é pirado. – diz Dean.

– A é? – pergunta Sam rindo. – Valeu.

– Eu também sou. – diz Dean. – Quer saber... A verdade é que nós três somos pirados.

Jane tira os olhos da janela e o olha.

– Valeu. – diz ela. Dean lhe dá um sorriso pelo retrovisor. – É por isso que eu estou aqui com vocês... Eu sou uma pirada também.

– Tenho que admitir. – diz Dean. – Vai ser uma pena perder.

– Perder o que? – pergunta Sam.

– Quantas chances você acha que eu vou ter de ir ao meu próprio enterro. – diz o irmão à ele. Sam lhe da um sorriso. Dean acelera o carro e eles partem.

Fim do episódio Supernatural S01E06 Pele.

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