segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Supernatural S01E08 Insetos

Oasis Plains, Oklahoma.

Em um terreno vazio, construtores trabalham em uma casa nova. Dois deles, mas da compania de gás, estão mais afastados cavando terra.

– Essas casas são demais. Eu adoraria viver aqui. – comenta Travis.

– É, pena que não pode pagar. – diz Dustin.

– É... Tem razão. Esse bairro vai ser muito caro quando acabarmos. – concorda Travis. Em seguida Dustin começa a andar na direção de uma árvore, nisso ele sente que o chão começa a tremer. Ele abaixa e o toca, curioso.

– Cara, esse lugar é perfeito. – comenta novamente Travis. Em seguida um mosquito vem em seu pescoço e o pica, ele o mata com a mão rapidamente. – Ai... A não ser pelos mosquitos.

De repente ele ouve o grito de Dustin junto com o som de terra caindo. Travis olha na direção em que o amigo estava e vê que uma parte do chão despencou.

– Dustin?! – grita ele e corre até o amigo.

– Me ajude, estou preso! – diz o rapaz no fim do buraco. – Quebrei meu tornozelo.

– Vou pegar uma corda. – diz o amigo corre para a caminhonete em que vieram.

No buraco.

– Droga... – reclama Dustin. Ele ouve um som, olha para os lados e se assusta. Há milhares de insetos à sua volta e em sua perna. Ele os tira rapidamente. – Deus.

Travis pega uma caixa de ferro e coloca no chão, a abre e pega a corda. Os insetos começam a subir em Dustin. Seu corpo é coberto por eles.

– Travis, socorro! – grita Dustin.

– Já estou indo! – grita o amigo assustado. Os insetos começam e entrar no ouvido de Dustin que se apavora mais.

– Rápido Travis, socorro! – grita Dustin.

– Está tudo bem Dustin, tudo bem! – Travis grita de volta correndo até o buraco com uma corda e uma lanterna. – Dustin, Dustin, estou aqui!

Este ilumina o buraco.

– Meu Deus! – diz Travis apavorado quando encontra o amigo lá em baixo. Dustin está morto com o rosto cheio de sangue. Os insetos entraram em sua boca, ouvidos, olhos e nariz.

...

À noite em um bar cheio de motoqueiros e caminhoneiros, Sam lê o jornal local com a notícia da morte de Dustin, enquanto Jane bebe uma cerveja ao seu lado. Em seguida Dean vem até eles com uma risada, ele mostra uma quantidade de dinheiro.

– Sabe, a gente podia arranjar empregos de vez em quando. – diz Sam.

– Caçar é o nosso emprego e a grana é uma porcaria. – comenta Dean.

– É, mas apostar no bilhar, pôquer? Não é a coisa mais honesta do mundo, Dean. – diz Jane.

– Vamos ver. Honestidade... – diz Dean e mostra a mão sem grana e em seguida a com grana. -... Diversão. Nem tem o que contestar... Além do que nós fomos criados para isso. – Diz Dean.

– Como fomos criados não tem nada a ver com isso. – diz Sam. Os três se levantam e vão até o Impala.

– Até parece. Temos um novo caso ou não? – pergunta Dean ao irmão.

– Talvez. – responde Sam. – Oasis Plains, Oklahoma.

– Empregado da compania de gás. – diz Jane. - Dustin Burwash. Supostamente morreu de Creutzfeldt-Jacob.

– O que? – pergunta Dean.

– Doença da Vaca Louca. – explica Sam.

– Vaca Louca? Isso não passou na Oprah? – pergunta Dean.

– Você assiste Oprah? – perguntam Sam e Jane com uma cara bizarra para ele. Dean não fala nada sem saber o que fazer.

– Esse cara deve ter comido carne estragada... O que tem isso a ver com a gente? – pergunta ele mudando de assunto.

– Vaca Louca causa degradação do cérebro. – explica Jane. – Demora meses ou anos para a doença aparecer, mas parece que o cérebro de Dustin, desintegrou em cerca de uma hora... Até menos.

– Ok, é válido. – diz Dean.

– Pode ser uma doença ou algo bem pior. – comenta Sam.

– Ok... Vamos para Oklahoma! Trabalho, trabalho e mais trabalho. – diz Dean. Os três entram no carro. – Sem tempo para gastar a minha grana.

Dean liga o Impala e eles vão para Oasis Plains. Chegam no dia seguinte de manhã. Os três vão até a compania de gás em que a vítima trabalhava.

– Travis Wheeler? – pergunta Sam a um rapaz no estacionamento.

– Sim, sou eu. – ele responde.

– Você trabalhou com nosso tio Dustin? – mente Dean.

– Ele nunca mencionou ter sobrinhos. – comenta Travis.

– Sério? – pergunta Jane. – Ele nos falou de você... Disse que era o melhor.

– Ele disse? – pergunta Travis feliz com o elogio.

– Queríamos perguntar o que aconteceu naquele lugar. – continua ela.

– Não sei. – responde Travis. – Ele caiu no buraco, eu fui pegar uma corda no caminhão... E quando voltei...

– O que você viu? – pergunta Sam.

– Nada... Só ele. – responde Travis.

– Nada estranho, ou qualquer outra coisa? – pergunta Dean.

– Ele estava sangrando pelos olhos, boca, orelhas e nariz. – responde Travis.

– Acha que pode ser Vaca Louca? – pergunta Jane.

– Não sei... É o que os médicos dizem. – responde Travis.

– Se fosse, ele agiria estranho como demência e falta de controle. Você notou alguma coisa do tipo? – pergunta Sam.

– Não, nada. Mesmo assim... Se não foi essa doença, o que poderia ter sido? – pergunta Travis.

– Boa pergunta. – diz Dean.

– Pode nos contar onde isso aconteceu? – pergunta Jane ao rapaz.

– Claro. – ele responde.

Um tempo depois os três vão ao lugar indicado.

Em uma das esquinas há um cartaz que diz ‘’ Casas de Luxo – Oasis Plains – À venda ‘’. Ao redor do buraco que Dustin caiu há uma fita para que ninguém ultrapasse e caia.

– O que vocês acham? – pergunta Dean enquanto os três se aproximam do buraco e ultrapassam a fita.

– Eu não sei, mas acho que Travis está certo. – comenta Sam. – Aconteceu muito depressa.

– E então? Alguma criatura mastigou o cérebro dele? – pergunta Dean olhando o fundo do buraco.

– Não pelo modo tradicional. – responde Jane olhando no fundo do buraco. – Parece que isso veio de dentro.

Dean pega uma lanterna e ilumina o interior do buraco.

– Parece que só tem lugar para um. – comenta Sam.

– Sam, quer tirar cara ou coroa? – pergunta Dean pegando uma moeda do bolso direito da calça e colocando uma corda no ombro.

– Ei! Eu também quero entrar nessa. – reclama Jane.

– Nós nem sabemos o que pode ter lá em baixo. – diz Sam aos dois. Dean concorda com ele.

–Tá bom, eu vou se vocês dois estiverem assustados. – diz Jane pegando a corda do ombro de Dean e ultrapassando novamente a fita amarela. – Assustados?

– Nem pensar. – respondem Sam e Dean a ela.

– Você fica e eu e Dean vamos tirar cara ou coroa. – diz Sam a ela. Jane da uma risada sarcástica para ele. Dean joga a moeda para o alto, mas Jane a pega no ar.

– Eu disse... Que eu vou. – diz ela.

– Tudo bem. – diz Dean.

– O que? Não... Dean pode ser perigoso. – reclama Sam. – Jane, o que você tem na cabeça? Está sempre se arriscando.

– Eu te respondo o que eu não tenho. – diz Jane a ele. – Medo.

Dean contém um riso e Sam o olha nervoso.

– Só não me deixem cair. – continua Jane com um sorriso para eles.

...

Um tempo depois dentro do Impala.

– Então você encontrou alguns besouros no buraco... Chocante! – diz Dean nervoso. Jane continua mexendo no inseto no banco de trás.

– Não havia túneis, nem rastros. Nenhum sinal de outra criatura ali. – comenta Jane. – Alguns besouros comem carne. Claro que carne morta, mas...

– Só encontrou esse besouro lá? – pergunta Dean.

– É. – ela responde..

– Acho que precisaria de muito mais para comer o cérebro de um cara. – comenta Dean.

– Talvez haja mais. – diz Sam.

– Não sei, parece muito esforço para mim. – diz o irmão.

– Precisamos de mais informação na vizinhança. – diz Sam. – Ver se algo como isso já aconteceu antes.

Dean olha fixamente para uma casa enquanto dirige o carro lentamente.

– O que foi? – pergunta Sam.

– Acho que sei um bom lugar para começarmos. – comenta Dean. Na frente de uma casa há balões vermelhos pendurados com uma placa ao lado dizendo ‘’ Churrasco comunitário. ’’. – Estou com vontade de um churrasco... E vocês?

Sam o olha, nervoso.

– O que? Não podemos falar com os moradores? – pergunta Dean a ele.

– E comida grátis não tem nada a ver com isso? – pergunta Sam desconfiado.

– Claro que não, sou um profissional. – reclama ele.

– Claro. – dizem Sam e Jane juntos. Dean para em frente à casa e eles descem do carro.

– Se eu morasse num lugar como esse, eu estaria louco. – diz Dean.

– Por quê? – pergunta Sam.

– Sua mulher chega da manicure e pergunta ‘’Como foi seu dia, querido?’’. – responde Dean. – Explodiria o meu cérebro.

– Não tem nada de errado em ser normal. – comenta Jane.

– É... Acho que nós três somos mais normais a cada dia. – diz Dean. Em seguida ele bate na porta da casa de onde vem um cheiro maravilhoso de espetinho.

– Bem vindos. – diz o homem que atende a porta.

– Aqui é o churrasco? – pergunta Dean.

– Sim. O tempo não está tão bom, mas... Eu sou Larry Picke, o desenvolvedor do projeto. – diz o homem e aperta a mão deles. – Vocês são...

– Dean e esses são Sam e Jane. – apresenta Dean.

– Prazer em conhecê-los. – diz Larry. – Então, estão interessados em Oasis Plains?

– Sim, senhor. – responde Dean pelos três.

– Deixem-me dizer... Aceitamos pessoas de qualquer raça, religião, orientação sexual...– diz Larry olhando para Jane com intensidade.

– Nós três somos irmãos. – responde ela.

– Nosso pai vai se mudar em alguns anos e estamos procurando um lugar para ele ficar. – continua Sam..

– Claro, claro. Ele será bem vindo. – diz Larry. – Entrem.

Eles vão para o quintal onde muitas pessoas colocam o papo em dia e sorriem umas para as outras..

– Você disse que é o desenvolvedor? – pergunta Jane a Larry.

– 18 meses atrás eu estava andando por aqui com o meu sócio. – explica ele. – Não tinha nada a não ser pequenas árvores e esquilos. E construímos um lugar ótimo para se viver. Eu até construí um para mim. Essa é a nossa casa. Somos a primeira família em Oasis Plains. Esta é a minha esposa Joanie.

Larry apresenta uma moça loira, alta nos seus 40 anos. Ela lhes da um sorriso e eles devolvem outro.

– Muito prazer. – diz Joanie.

– Eu sou Jane e esses são Sam e Dean. – diz Jane apertando a mão da mulher.

– Querida, diga o quanto gosta desse lugar. – pede Larry à mulher. – E se tiver que mentir, minta. Eu preciso vender algumas casas.

– Certo. – diz Joanie com um sorriso.

– Se me dão licença. – diz Larry a eles, e se retira.

– Não deixem a tática dele de venda assustar vocês. – diz Joanie. – É mesmo um ótimo lugar para viver.

– Olá, eu sou Linda Bloom, corretora. – diz uma mulher se juntando a eles.

– Linda, foi a segunda a se mudar. – explica Joanie. – Aliás, ela é uma vizinha muito barulhenta.

Em seguida, Joanie se retira e Linda da uma risada com a brincadeira.

– Ela está brincando. – diz Linda envergonhada. – Eu espero que vocês três se tornem nossos vizinhos.

– Bem... – começa Dean.

–Sim... – começa Sam também ao mesmo tempo.

– Deixe-me dizer que aceitamos pessoas de qualquer raça, religião... – começa a mulher.

– Nós somos irmãos. – interrompe Jane nervosa.

– Não, não... Tudo bem Jane. – diz Dean a ela e depois se vira para Sam. – Eu vou falar com o Larry. Tudo bem, querido?

Dean se retira e vai para dentro da casa. Sam se vira para ele nervoso.

– Ele estava brincando. – explica ele a Linda que lhe da um sorriso simpático.

...

Dentro da casa.

– Temos três opções. Carpete, madeira ou piso frio. – diz Larry a Dean. Este vê um pote de vidro cheio de insetos se mexendo em cima de uma das mesas.

– Nossa, alguém gosta de insetos. – comenta.

– Meu filho. Ele estuda insetos. – explica Larry. – Ele é muito... Curioso.

...

No jardim Linda, Sam e Jane continuam conversando.

– Quem pode dizer não a um chuveiro a vapor? Eu uso o meu todo o dia. – Linda diz a eles.

– Parece ótimo. – diz Sam parecendo entediado.

– Vocês também podem escolher três tipos de metal. – continua Linda. De repente Jane olha para o lado da moça. Na mesa em que Linda está apoiada uma aranha caranguejeira vem na direção de sua mão, o que provocaria berros. Jane olha para a frente e vê um garoto rindo atrás de um casal de idosos conversando.

– Com licença. – diz Jane aos dois e pega a aranha na mão antes que ela alcance Linda. Jane olha para o garoto que estava rindo e vai até ele. Sam a olha.

– É sua? – pergunta Jane entregando a aranha ao garoto. Sam se aproxima deles, deixando Linda falando sozinha.

– Vai contar para o meu pai? – pergunta o garoto.

– Não sei. Quem é o seu pai? – pergunta Jane.

– Larry costuma me tirar das apresentações familiares. – responde ele.

– É, parece que a relação com ele não é muito boa. – comenta Jane.

– Não somos um exemplo a ser seguido. – diz ele.

– Vai melhorar, eu prometo. – diz Jane a ele com um sorriso.

– Quando? – pergunta o garoto com um sorriso discreto.

– Matthew! – diz Larry vindo na direção do filho. Ele se vira para Jane e Sam. – Eu sinto muito pelo meu filho e seu... Animal de estimação.

– Incômodo nenhum. – diz Jane.

– Com licença. – pede Larry e se retira com Matthew junto para um canto.

– Te lembra alguém? – pergunta Sam ao irmão que se aproxima deles. Dean olha para Larry que está brigando com Matthew por causa da aranha.

– Lembra o papai. – continua Sam.

– O papai nunca nos tratou assim. – diz Dean.

– Nunca tratou você assim... – corrige Sam. -... Você era perfeito. Foi no meu pé que ele sempre pegou. Você não se lembra?

– Talvez ele tenha alterado a voz, mas às vezes você precisa ser rígido. – explica Dean. Sam da uma risada sarcástica.

– Certo, como quando eu disse que preferia jogar futebol do que aprender a caçar animais. – diz Sam. Jane revira os olhos, eles vão discutir de novo.

– Caçar animais é uma habilidade importante! – diz Dean.

– Como foi o seu passeio? – pergunta Jane a Dean, os interrompendo.

– Foi uma maneira de se despedir. – responde Dean a olhando. – Talvez eu tenha descoberto algo. Parece que Dustin Burwash não foi a primeira morte daqui.

– O que houve? – pergunta ela.

– Um ano antes de começarem a construção, um pesquisador se perdeu durante o trabalho. – responde. – Escutem isso, ele teve uma reação alérgica a picadas de abelha.

– Mais insetos. – diz Sam.

– É... Mais insetos. – concorda Dean.

À noite, enquanto Sam dirige, Dean pesquisa no diário do pai.

– Já ouvi sobre abelhas assassinas, mas nada de besouros assassinos. – comenta Dean. – Porque diferentes formas de insetos atacam?

– Bom, caçar pode incluir manifestação de insetos. – diz Sam.

– É, mas não vi nada sobre manifestação de fantasmas. – diz Dean.

– Nem eu. – concorda Sam. Jane olha pensativa para a janela.

– E se forem controlados por alguma coisa? Por alguém? – pergunta ela.

– Como o Willard? – pergunta Sam.

– Tipo insetos ao invés de ratos. – diz Jane. Sam e Dean se olham pensativos.

– Existem casos de ligação psíquica entre humanos e animais. – diz Sam a ela. – Elementais, telepatas.

– É, que nem a Lassie e o Timmy. – diz Dean.

– Quem? – pergunta Jane confusa.

– Nada... Eu não disse nada. – diz Dean.

– O filho do Larry... É fanático por insetos. – comenta Jane.

– Matt? – perguntam Dean e Sam.

– É. – responde ela. – Ele tentou assustar a corretora com a aranha.

– Acha que ele é o culpado? – pergunta Dean.

– Não sei. – diz Jane. – Tudo é possível... Eu acho.

– Ei, entra aqui. – diz Dean ao irmão, apontando para a garagem de uma casa. Sam encosta na frente do portão.

– O que fazemos aqui? – pergunta Sam. Dean sai do carro e vai até o portão da garagem.

– É muito tarde para falar com outra pessoa. – diz Dean levantando o portão.

– Nós vamos invadir uma casa? – pergunta Jane incrédula.

– Quero testar o chuveiro a vapor. – diz Dean. – Vamos.

Sam e Jane continuam olhando Dean com olhar de reprovação.

– Vamos. – diz Dean novamente. Sam revira os olhos, mas coloca o carro dentro da garagem e da um tapa na barriga do irmão enquanto passa com o carro ao seu lado.

...

Casa de Linda.

Ela chega do trabalho e liga a televisão do quarto. ‘’ Otoka Valley está sobre um período de quarentena devido a uma grande investigação científica que começou no estado inteiro hoje. As autoridades dizem que a causa da investigação é o possível crescimento absurdo do vírus West Nile entre a população de mosquitos, de alguma áreas. ’’. Diz a repórter do jornal local. Enquanto ouve a notícia Linda senta na cama e começa a tirar a sandália, mas de repente uma aranha sai de sua cabeça, ela se assusta e bate na testa para o bicho sair de seu rosto. ‘’ Cientistas estão preocupados com o uso de pesticidas... ‘’, continua a repórter, mas Linda desliga a TV. Em seguida ela vai tomar um banho, começa a esfregar a cabeça com shampoo. Em seguida milhares de aranhas começam a sair pelo ralo do chuveiro. Linda ouve o barulho e se vira, vê as aranhas e começa a berrar, sai correndo para sair dali, mas escorrega e atravessa o vidro do box, sangue é espirrado pelo chão. As aranhas começam a subir no corpo morto da corretora.

...

No dia seguinte de manhã. Sam e Jane vão até o banheiro onde Dean toma um longo banho.

– Não vai sair daí? – pergunta Sam batendo forte na porta.

– O que? – pergunta Dean sem entender.

– Dean, um policial veio aqui. Precisamos ir. – diz Jane a ele.

– Esperem. – pede.

– Alguém foi encontrado morto a três quarteirões daqui. – continua Sam. – Vamos logo.

Em seguida Dean abre a porta e põem só a cara para fora, uma grande quantidade de fumaça sai do banheiro.

– O chuveiro é o máximo. – diz ele com uma toalha enrolada na cabeça.

– Vamos! – diz Jane se retirando com um sorriso. Sam vai atrás dela.

Na frente da casa de Linda, uma ambulância retira o corpo da corretora. Sam, Dean e Jane estacionam o Impala e saem. Está chovendo, Jane pega no porta-malas apenas dois guarda-chuvas.

– Divide comigo. – diz Sam a ela. Jane o olha por um minuto, mas lhe da um sorriso aceitando.

Os três vão até a frente da casa.

– Eu não sei mais nada agora. Eu terei que ligar depois... Certo. – diz Larry no celular. Em seguida vê os três e se aproxima. – Olá, voltaram cedo.

– É, nós queríamos dar uma outra olhada na vizinhança. – mente Dean.

– O que está acontecendo? – pergunta Jane. Larry respira fundo.

– Vocês conheceram Linda Bloom no churrasco, certo? – pergunta ele.

– A corretora? – pergunta Sam.

– Sim. – diz Larry. – Bom... Ela morreu ontem a noite.

Os três olham para o homem, incrédulos.

– Como? – pergunta Dean surpreso.

– Ainda estou tentando descobrir. – responde Larry. – Identifiquei o corpo para a polícia. Desculpem, mas não é uma boa hora para conversarmos.

– Tudo bem. – diz Sam a ele.

– Com licença. – pede Larry se juntando a um policial ao lado da ambulância.

– Sabem o que temos que fazer, certo? – pergunta Jane a eles.

– É... Entrar na casa. – responde Sam. - Ver se temos problemas com insetos.

Um tempo depois a policia deixa o local e os três invadem a casa de Linda. Jane vê o contorno de fita branca do corpo da corretora no chão.

– Parece que esse é o lugar. – Sam diz. Dean entra no banheiro e pega uma toalha com sangue do chão, dela caem aranhas mortas.

– Aranhas. – diz Dean a eles. – Do menino aranha?

– Matt. – corrige Jane. – Talvez... Em seguida os três vão até a casa de Larry e encontram o garoto saindo do ônibus da escola, mas Matt segue em outra direção.

– Essa não é a casa dele? – pergunta Sam, olhando pela janela para uma casa ao seu lado.

– Sim. – responde Dean.

– Então para onde ele vai? – pergunta Jane. Os três saem do carro e seguem o menino sem que o vejam. Matt vai até o meio da floresta e pega um inseto de uma das árvores na mão.

– Ei, Matt. Lembra de mim? – pergunta Jane a ele. Matt se vira assustado para os três.

– O que estão fazendo aqui? – ele pergunta.

– Queremos falar com você. – responde Dean.

– Não estão procurando uma casa, certo? – pergunta Matt. – Espere, vocês não são serial killers não é?

– Não, não. – responde Jane com uma risada. – Acho que está a salvo.

– Então Matt, você sabe muito sobre insetos. – diz Sam a ele.

– E daí? – pergunta o garoto sem entender.

– Soube do que houve com Linda? A corretora? – pergunta Dean a ele.

– Sei que ela morreu essa manhã. – responde Matt.

– Matt, você tentou assustá-la com a aranha. – diz Jane a ele.

– Espera, acham que eu tenho alguma coisa a ver com aquilo? – pergunta ele perplexo.

– Diga você. – diz Dean.

– Aquilo com a aranha no churrasco foi só uma piada. – explica Matt. – Mesmo assim não explica o ataque de abelhas e o cara da compania de gás.

– Sabe sobre eles? – pergunta Sam.

– Tem alguma coisa acontecendo aqui. – diz Matt. – Não sei o que, mas algo está acontecendo com os insetos. Deixe-me mostrar uma coisa a vocês.

– Se sabia sobre essa coisa dos insetos, porque não disse para o seu pai? – pergunta Jane enquanto Matt os guia por entre a mata.

– Acredite, eu tentei, mas Larry não me escuta. – responde o garoto.

– Porque não? – pergunta Sam.

– Honestamente? – responde Matt. – Ele me vê apenas como seu filho estranho.

– Eu entendo você. – diz Sam depois de dar um sorriso sarcástico.

– Entende? – pergunta Dean ao irmão. Sam olha com uma expressão de ‘’ Óbvio. ‘’ para ele.

– Matt, quantos anos você tem? – pergunta Jane.

– 16. – ele responde. Jane lhe da um sorriso.

– Não se preocupe porque daqui a dois anos, algo ótimo vai acontecer. – diz ela a ele.

– O que? – pergunta Matt.

– Faculdade. – completa Sam. – Você vai poder sair daquela casa e se afastar de seu pai.

– Que tipo de conselho é esse? – pergunta Dean. – Ele deveria ficar com a família.

Sam, Jane e Matt param de andar e olham com uma cara de reprovação para Dean.

– Quanto falta, Matt? – pergunta Jane.

– Estamos perto. – responde o garoto. Os quatro recomeçam a andar. Quando chegam, escutam um barulho estranho.

– Eu estudei comunidade de insetos como projeto de ciências. – explica Matt.

– Como fazer uma lâmpada acender com uma batata. – comenta Dean. Eles nem ligam para o comentário.

– O que está acontecendo? – pergunta Sam.

– Muita coisa. – responde Matt. – Quer dizer, de abelhas até baratas. Besouros... É unânime. Estão se reunindo aqui onde estamos agora.

– Por quê? – pergunta Dean.

– Eu não sei. – responde Matt.

– O que é aquilo? – pergunta Jane olhando para uma parte elevada de mato no chão.

Todos olham curiosos. Dean vai até lá e os outros o seguem. Em um buraco da parte elevada há milhares de minhocas, grudadas umas nas outras. Dean põe o pé e o mato cai para baixo, como um buraco. Dean agacha perto do buraco, pega um graveto e começa a procurar por algo lá dentro, encosta em algo duro.

– Tem algo ali em baixo. – comenta ele. Dean arregaça a manga de seu casaco de couro marrom e bota a mão dentro do buraco que com esforço, tira de lá, por mais incrível que pareça, uma caveira.

Dean olha para Sam e Jane com os olhos arregalados.

...

Os três vão até a universidade local.

Sam pega seu casaco no banco de trás ao lado de Jane, tampa a caixa que segura com as várias caveiras que acharam no buraco e vão em direção a universidade.

– Então, um monte de caveiras enterradas no chão. – diz Jane aos dois.

– É, talvez seja isso que procuramos. Espíritos nervosos, assuntos inacabados. – diz Dean.

– A pergunta é ‘’ Porque insetos? ‘’ e ‘’ Porque agora?’’ – diz Sam.

– Isso, são duas perguntas. – diz Dean. – E o Matt? Porque disse para ele largar a família?

– É só que eu entendo pelo que ele está passando. – responde Sam.

– Respeitar o pai, isso é um bom conselho. – diz Dean. Sam para na frente dele.

– Dean qual é? Isso não é sobre o pai dele. – diz Sam. Jane encosta em uma das árvores do jardim da universidade e fica olhando as pessoas e os carros passarem. – Você acha que eu não respeito o papai... É isso o que você está falando.

– Esqueça, ele não é nosso irmão afinal. – diz Dean recomeçando a andar, mas Sam não o deixa passar.

– Eu respeito ele. – continua ele. – Mas não importa o que eu faça, nunca é bom o bastante.

– O que está dizendo? – pergunta Dean. – Que papai ficava desapontado com você?

– Ficava. Fica... Sempre ficou. – responde Sam.

– Porque pensa isso? – pergunta Dean.

– Porque eu nunca quis caçar animais, ou brigar. – responde Sam. – Porque eu queria ir para a escola e ter a minha vida... O que sempre me tornou a aberração da família.

‘’Não aguento mais essas discussões’’ pensa Jane os olhando.

– E acabou ficando com a loira e os monstros. – continua Dean.

– Dean, sabe o que alguns pais sentem quando os filhos vão para a faculdade? – pergunta Sam. O irmão não responde. – Orgulho... Outros pais não deixam os filhos saírem de casa.

– Eu me lembro dessa briga. – diz Dean. – Também me lembro de algumas palavras arrogantes saírem da sua boca.

– Quer saber, a verdade é que se encontrarmos ou não o papai... – diz Sam. -... Eu não sei se ele realmente quer me ver.

– Sam, papai nunca ficou desapontado com você... Nunca. – diz Dean. Sam olha para os lados e da um sorriso sarcástico. – Ele tinha medo.

– Do que está falando? – pergunta Sam.

– Ele tinha medo do que podia acontecer se não estivesse por perto. – responde Dean. – Mas sabe o que ele falava? Que ia para Stanford quando pudesse. Manter os olhos em você. Garantir que estava a salvo.

– O que? – pergunta Sam.

– É... – diz Dean.

– Porque não me contou isso? – pergunta Sam sem entender.

– Eu tentei. – responde Dean. – Você podia ter atendido ao telefone, teria sido mais fácil.

Os dois ficam se olhando por um tempo.

– Acabaram? – pergunta Jane nervosa vindo em suas direções. – Podemos ir agora? Se bem que nós já estamos atrasados.

Em seguida ela recomeça a andar na direção do departamento de antropologia da universidade.

– Acho que ela odeia quando a gente tem essas discussões. – diz Sam a olhando.

– Você acha? – pergunta Dean sarcasticamente.

...

– Então, vocês três são estudantes? – pergunta o professor se levantando de uma mesa em sua sala.

– Sim, estamos na sua classe. – responde Sam ao homem. – Antro 101.

– Estão? – pergunta o homem.

– E os ossos, professor. – pergunta Jane. – As caveiras.

– É uma descoberta interessante essa que fizeram. – diz o homem a ela. – Eu diria que tem uns 170 anos. A mandíbula e o formato devem indicar nativo-americano.

– Existem tribos, reservas naquele lugar? – pergunta Sam.

– Não de acordo com o histórico. – responde o professor. – Mas... A recolocação de pessoas era muito comum naquela época.

– Certo. – diz Dean.

– Existe alguma lenda local? – pergunta Jane. – Histórias sobre a área?

– Sabe, tem uma tribo em Soppopa. – comenta o professor. – Fica a 96 km. Alguém de lá pode saber alguma coisa.

– Certo. – diz Dean.

Em seguida os três pegam a estrada. Em Soppopa eles vão até uma lanchonete para pedir informação, encontram um cara jogando cartas sozinho na mesa e se aproximam dele.

– Jerry Waitree? – pergunta Dean ao homem. Ele concorda com a cabeça.

– Gostaríamos de fazer algumas perguntas, se estiver tudo bem. – pergunta Jane.

– Somos estudantes da universidade. – mente Dean para ele.

– Não, não são... Está mentindo. – diz Jerry a Dean. Os três se olham sem o que fazer.

– A verdade é... – começa Dean.

– Você não deveria começar uma frase com ‘’ A verdade é... ‘’... Mentiroso. – diz Jerry a Dean. Sam e Jane seguram uma risada.

– Já ouviu falar de Oasis Plains? – pergunta Jane ao homem. – É uma vila de casas perto de Otoka Valley.

Jerry olha para Dean.

– Eu gosto dela. – diz Jerry a ele. – Ela não é uma mentirosa. Eu conheço o lugar.

Dean vira para Sam com uma cara irritada. O irmão da tapinhas em seu ombro.

– O que pode nos contar sobre a história de lá? – pergunta Jane.

– Porque quer saber? – pergunta Jerry delicadamente a ela.

– Alguma coisa... Alguma coisa ruim. – responde Jane. – Está acontecendo naquele lugar. Nós achamos que talvez tenha a ver com alguns ossos e caveiras que achamos lá. Ossos nativo-americanos.

– Vou lhe dizer o que meu avô me contou e o que o avô dele contou a ele. – começa Jerry. – Há 200 anos, a minha tribo morou naquele vale. Um dia, uma caravana veio e forçou-os a sair dali. Eles resistiram, a caravana ficou impaciente... Como meu avô me disse, uma noite em que o sol e a lua dividiam o céu, a caravana invadiu a vila e começou a matar e estrupar. No dia seguinte, a caravana voltou e no próximo e no próximo. No sexto dia que a caravana voltou pela última vez, conforme o sol se punha, todo o homem, mulher e criança da vila foram mortos.

Dean olha para Sam impaciente com a história que não os leva a lugar algum.

– Dizem que na sexta noite, pouco antes de morrer, o chefe da tribo sussurrou para o céu que nenhum homem branco voltaria para aquele lugar. – continua Jerry. – A natureza se viraria contra. Protegeria o vale... E isso traria muitos dias de miséria e morte aos homens brancos, como a caravana trouxe para as pessoas da tribo.

– Insetos. – diz Dean, olhando para o irmão.. – Parece natureza para mim. Seis dias?

– E na noite do sexto dia, ninguém sobreviveria. – diz Jerry.

– Obrigada Jerry. – agradece Jane. Ele lhe da um sorriso e os três saem da lanchonete.

– Quando o cara da compania de gás morreu? – pergunta Sam.

– Deixa eu ver, nós chegamos aqui na terça, então na sexta, dia 28. – responde Dean.

– 28 de março. – repete Sam. – É o começo da primavera.

– A noite em que o sol e a lua dividem o céu. – completa Jane.

– Então, todo ano, nessa época, qualquer um que fique naquele lugar está em perigo. – comenta Sam. – Larry construiu o bairro em uma terra amaldiçoada.

– E a sexta noite... É hoje. – diz Jane a eles. Sam e Dean se olham apreensivos. – Se não fizermos nada, a família de Larry estará morta até o amanhecer.

– Então, como acabamos com a maldição? – pergunta Sam.

– Não se acaba com uma maldição. – responde Dean. – Você se afasta dela. Temos que tirar aquele pessoal de lá agora.

Os três entram no carro e partem de volta para Oasis Plains.

À noite, na casa de Larry, Matt procura por insetos no jardim com uma lanterna, mas sente que o chão treme aos seus pés. Este ilumina o chão, se agacha e pega um pouco de terra, nisso, milhares de baratas saem de lá. Matt se assusta e volta para dentro de casa correndo.

...

– Sim, Sr. Picke (Larry). Há um grande vazamento de gás no bairro. – mente Dean.

– Mesmo? Quão grande? – pergunta Larry.

– É bem abrangente. Eu não quero assustá-lo, mas precisamos tirar sua família daí por pelo menos 12 horas. – responde Dean. – Apenas por segurança.

– E quem é que está falando mesmo? – pergunta Larry.

– Travis Wheeler, trabalho para a compania de gás de Oklahoma. – mente Dean.

– O problema é que eu conheço Travis, trabalho com ele há anos. – diz Larry. – Então, quem está falando?

Dean desliga o telefone rapidamente.

– Droga. – ele diz.

– Me dá o telefone. – diz Jane. Dean a entrega o celular.

Matt atende seu celular em cima da cama em seu quarto.

– Alô? – atende ele.

– Matt, é a Jane. – diz ela.

– Jane! Meu quintal está cheio de baratas. – diz Matt desesperado.

– Matt, me escute. – pede Jane. – Você precisa tirar a sua família daí agora, ok?

– O que?Por quê? – pergunta Matt assustado.

– Porque algo está vindo. – diz Jane olhando pela janela.

– Mais insetos? – pergunta Matt a ela.

– É... Muito mais. – responde Jane.

– Meu pai, não me escuta de jeito nenhum, como vou contar para ele? – pergunta Matt.

– Faça-o escutar. – pede Jane. – Quer dizer... Na pior das circunstâncias, diga a verdade, ele só vai pensar que está louco.

– Mas ele... – começa Matt.

– Diga que está doente, que precisa ir para o hospital. – continua Jane.

– Ta, tudo bem. – responde Matt. Em seguida desligam.

– Pronto. – diz Jane. Dean lhe da um sorriso.

Um tempo depois os três chegam à casa.

– Droga, eles ainda estão aqui. – diz Dean. – Vamos.

Os três saem do carro e vão em direção a porta de entrada. Lá de dentro Larry os vê chegando pela janela e abre a porta antes que batam.

– Saiam da minha propriedade antes que eu chame a polícia. – diz Larry aos três.

– Sr. Picke, escute. – pede Sam.

– Pai, eles só querem ajudar. – diz Matt ao pai.

– Entre na casa! – grita Larry para ele.

– Me desculpa, eu contei a verdade. – diz Matt olhando para Jane.

– Está tudo bem, Matt. – diz ela com um sorriso para ele. – Mas escutem, é meia-noite. Estão vindo a qualquer minuto. Precisamos pegar sua família e sair daqui, antes que seja tarde demais.

– Você quer dizer antes de uma das pragas do Egito? – pergunta Larry nervoso sem acreditar

– O que você acha que aconteceu com a corretora? – pergunta Dean ao homem. – E o empregado da compania de gás? Não acha que algo estranho está acontecendo aqui?

– Eu não sei quem vocês são, mas são loucos. – diz Larry. Jane revira os olhos e Dean o olha com uma expressão impaciente. – Se chegarem perto do meu filho ou da minha família de novo, teremos problemas.

– Odeio ser negativo, mas já temos um problema agora. – diz Dean a ele.

– Pai, eles estão certos. – diz Matt. – Estamos em perigo.

– Matt, entre. Agora! – Larry grita de novo.

– Não! – grita Matt sem se mover. – Porque você não me ouve?!

– Porque é loucura, não faz sentido! – grita Larry.

– Olha, essa terra é amaldiçoada! – diz Sam a ele. – Pessoas morreram aqui. Agora vai querer correr esse risco com a sua família?

– Esperem. – diz Jane. Todos a olham. – Estão ouvindo?

Vários zumbidos começam ser escutados.

– Que diabos é isso? – pergunta Larry ouvindo. De repente uma das lamparinas da casa começa a apagar.

– Hora de ir... Pegue a sua esposa. – diz Dean ao homem.

– Gente... – diz Matt olhando para o céu. Todos olham. Trilhares de abelhas, mosquitos e pernilongos vem na direção deles.

– Oh Meu Deus! – grita Larry.

– Não vamos conseguir. – diz Sam.

– Entrem na casa! Entrem na casa. Vão! – grita Jane. Todos saem correndo e entram.

– Tem mais alguém no bairro? – pergunta Sam.

– Não. – responde Larry. – Só a gente.

– Querido, o que está acontecendo? – pergunta Joanie assustada. – Que barulho é esse?

– Ligue para o 911. – pede Larry a ela. Joanie não se mexe. – Joanie!

– Está bem. – diz ela e pega o telefone

– Eu preciso de toalhas. – pede Dean.

– No armário. – diz Larry indo buscar com ele.

– Precisamos cobrir o lugar. – diz Jane a Matt segurando em seus ombros. – Portas, janelas, lareira... Tudo!

– Vem. – diz ele e os dois sobem a escada ao andar de cima.

– O telefone está mudo. – diz Joanie.

– Devem ter mastigado os fios do telefone. – diz Sam ajudando o irmão a botar as toalhas nos buracos das portas e janelas. De repente todas as luzes se apagam. – E os fios de eletricidade.

– Vou tentar o celular. – diz Larry que se decepciona. – Sem sinal.

– Não adianta, estão cobrindo a casa. – diz Dean. Os insetos começam a tentar ultrapassar as toalhas. Todos olham assustados para os lados.

– E o que fazemos agora? – pergunta Larry.

– Esperamos passar. – diz Sam. – Normalmente a maldição termina quando o sol nascer.

– Normalmente? – pergunta Larry. Dean vai até a lavanderia e pega vários inseticidas.

– Spray para insetos? – pergunta Joanie quando ele volta.

– Acreditem em mim. – diz Dean. De repente o barulho fica mais forte.

– O que é isso? – pergunta Joanie. Jane chega mais perto da lareira.

– A lareira. – diz ela. – Acho melhor todos subirem.

Mas em seguida os insetos entram por ela, atacando a todos. Dean taca o spray para todos os lados.

– Todo mundo para cima, agora. Vamos!Vamos! – grita Dean.

– Vamos! – grita Larry puxando Matt e Joanie.

Sam pega na mão de Jane e a puxa também. Todos sobem para o sótão. Terra começa cair do teto

– Oh Meu Deus, o que é aquilo? – pergunta Joanie apontando.

– Estão mastigando a madeira. – responde Jane.

– Cupins. – diz Matt.

– Todo mundo se afaste... Se afastem! Se afastem! – pede Dean. De repente os cupins entram e começam a atacar. Dean joga o spray, mas não os detém.

– Droga! – grita ele. Cada vez mais entram cupins e mosquitos. Jane protege Matt e sua família em um canto do sótão sem saber o que fazer.

– Vejam. – diz Jane olhando para o buraco do teto, por onde os insetos entram. A luz do dia nasce lá fora, com isso todos insetos saem pelo mesmo buraco que entraram. Todos se levantam. Jane, Sam e Dean chegam mais perto do buraco, para olhá-lo melhor e se olham ofegantes.

...

Mais tarde Larry e sua família com as coisas já empacotadas, colocam todas as caixas em um caminhão de mudança.

– Chegamos a tempo de se despedir? – pergunta Dean a Larry com um sorriso.

–Chegaram. Mais um pouco e iríamos embora. – diz Larry apertando a mão dos três.

– Sério? – pergunta Dean.

– É, não podemos seguir com o desenvolvimento. – diz Larry. – O governo está investigando aqueles ossos que encontraram. E eu posso garantir que ninguém mais vai viver aqui.

– Você não parece muito preocupado com isso. – comenta Sam.

– Bom, foi o maior desastre financeiro da minha carreira, mas... – começa Larry e olha o filho. -... Eu realmente não me importo.

Os três olham para Matt também e dão um sorriso para Larry. Jane se aproxima do garoto.

– O que é isso? – pergunta Jane vendo ele jogar fora os insetos que guardava.

– Eu não sei... – diz Matt lhe dando um sorriso. – Isso meio que me assusta agora.

Jane lhe da um sorriso encantador.

– É, eu acho que sim. – ela diz. Matt também sorri. Os dois se olham por um tempo. Jane lhe da mais um sorriso. Sam e Dean ficam olhando eles do carro. Sam se sente incomodado. Dean o olha surpreso. Jane da um abraço em Matt.

– Se cuida. – diz ela.

– Você também. – diz ele. Eles trocam um último sorriso e Jane se afasta na direção do Impala. Ela se encosta no carro com eles e olha para Matt que conversa com o pai.

– Eu quero encontrar o papai. – diz Sam.

– É, eu também. – diz Dean.

– É, mas eu só... – começa Sam. –... Quero me desculpar com ele.

Dean olha para o irmão.

– Pelo que? – ele pergunta.

– Tudo o que disse para ele. – responde Sam. – Ele fez o melhor que pôde.

Dean concorda com a cabeça.

– Não se preocupe, vamos encontrá-lo. – diz Jane. – E você vai se desculpar, e em cinco minutos vão estar um no pescoço do outro.

Sam lhe da um grande sorriso.

– É, provavelmente. – diz ele.

– Então, à estrada. – diz Dean animado.

– É, vamos nessa. – diz Jane.

Os três dão um último adeus para Matt, Larry e Joanie e entram no carro. Em seguida eles pegam a estrada.

Fim do episódio Supernatural S01E08 Insetos

Nenhum comentário:

Postar um comentário