Vinte anos atrás...
A noite estava tranqüila, apenas algumas brisas chacoalhavam as cortinas das janelas abertas, a família Winchester é uma como outra qualquer, mas o que eles não esperavam é que tudo ia mudar naquela noite.
–Vamos dizer boa noite para o seu irmão. – diz Mary Winchester, uma linda mulher de cabelos loiros compridos com Dean de seis anos no colo.
Mary põe Dean no chão e ele vai até o berço dar um beijo na cabeça de Sam que tem apenas seis meses de idade.
– Boa noite Sam. – Diz Dean.
– Boa noite querido. – Diz Mary em seguida acariciando a cabecinha de Sam.
– Oi Dean. – diz um homem que acaba de adentrar o quarto, é o pai de Dean e Sam, John Winchester.
– Papai! – diz Dean feliz, pulando em seu colo.
– Acha que o Sam está pronto para jogar futebol? – ele pergunta a Dean.
– Não, Pai. – Dean responde com um sorriso, e logo em seguida o abraça.
– Bons sonhos, Sam. – John diz a Sam que o olha no berço.
Eles saem do quarto, John apaga a luz, Sam olha o relógio de bichinho na parede, as luzes começam a apagar e a acender, um tempo depois Mary ouve Sam chorando pelo radinho e acorda, ela acende o abajur ao seu lado.
– John? – Ela pergunta olhando para o outro lado, vê que ele não está e levanta com preguiça da cama, ela vai até o quarto de Sam, vê um homem lá dentro.
–John?Ele está com fome? – ela pergunta sonolenta para ele.
O homem vira um pouco a cabeça e acena positivamente.
– Ok. – Mary diz se virando e indo para o corredor, ela vê que uma luz está piscando no final do corredor, ela vai até a luz, bate nela duas vezes com o dedo e a luz se ajusta. Mary desce as escadas, vê que a televisão está ligada e que John está na verdade deitado ali no sofá. Ela se espanta e sai correndo escada a cima.
– Sammy?Sammy?! – ela berra.
Mary entra no quarto de Sam, olha assustada e grita. Lá em baixo John acorda assustado.
– Mary?! – ele grita. – Mary!
John sai correndo escada acima também, entra no quarto de Sam e não vê nada, vai até o berço.
– Oi Sammy. Você está bem? – Ele pergunta com um sorriso carinhoso no rosto, em seguida uma gota de sangue cai ao lado de Sam, John toca no sangue, duas gotas caem em sua mão, ele as olha, assustado e se vira para o teto, John abre a boca de espanto. Ele cai no chão muito assustado.
– Não!Mary! – ele grita.
No teto, Mary está morta com a barriga aberta, cheia de sangue, uma enorme quantidade de fogo sai do teto e a queima, John abre mais a boca de espanto, Sam começa a chorar, seu pai levanta, o pega no colo e sai do quarto às pressas.
– Papai! – grita Dean assustado no corredor.
– Leve seu irmão lá para fora e não olhe para trás. Corra, Dean! – ele diz entregando Sam ao garoto.
Dean sai correndo escada a baixo.
– Mary!Não! – grita John de volta ao quarto de Sam, em seguida o fogo cobre o quarto inteiro com John dentro.
Dean sai da casa e olha para a janela do quarto de Sam, no andar de cima.
– Tudo bem, Sammy. – ele diz ao irmão.
John sai correndo da casa e pega os dois filhos no colo.
– Peguei vocês! – ele diz e em seguida o quarto lá em cima explode.
Um tempo depois a polícia, o corpo de bombeiros e uma ambulância, já estão na frente da casa, na ambulância John está com Sam no colo, ele o beija na cabeça.
– Está pelo lado direito também! – grita um bombeiro para outro.
– Para trás, para trás. – diz um policial para pessoas que paravam para ver o que acontecia.
John olha com raiva para frente enquanto Dean tem um olhar assustado e Sam chora.
...
Longe dali, em uma casa aparentemente normal, um bebê chora em seu berço, em seguida a sombra de um homem entra no quarto e acaricia o rosto da criança.
– Não chore mais, Jane. – diz o homem com um sorriso no rosto. – Uma parte da minha vingança já foi concluída, a morte de sua mãe só ajudou no processo da morte de Mary Winchester... Winchesters, uma família interessante.
Em seguida a sombra se vira para um homem na porta do quarto.
– Você pode ir agora, seu trabalho está terminado por enquanto. – diz a sombra. O homem na porta lhe da um sorriso e seus olhos ficam inteiros amarelos. Em seguida ele desaparece.
...
Universidade de Stanford (Presente)
– Sam, vamos! Deveríamos estar lá a quinze minutos atrás. – diz uma linda jovem fantasiada de enfermeira na porta do quarto de Sam. – Sam!Você vem ou não?
– Eu tenho que ir mesmo? – Sam pergunta com uma cara de preguiça.
– Vai ser divertido. – ela responde. – E cadê a sua fantasia?
– Você sabe como eu me sinto no Halloween. – ele diz após dar uma risada.
A festa está detonando no bar para onde eles estão indo.
– Pelo Sam e por seus ótimos resultados. – a jovem de antes brinda.
– Não é para tanto. – Sam responde brindando também.
– Ele é tão humilde, mas fez 174 pontos. – ela diz em seguida.
– Tão bom assim? – pergunta um amigo dos dois.
– Extremamente bom. – ela responde.
– Desta vez você está na primeira linha. – diz o amigo a Sam. – Vai poder entrar em qualquer faculdade de Direito que quiser.
– Eu tenho uma entrevista aqui na segunda. – diz Sam. – Se for bem, eu acho que tenho chance de entrar no próximo ano.
– Vai dar tudo certo. – diz a jovem.
– Eu espero. – diz Sam a ela.
– Como se sente sendo o gênio da família? – pergunta o amigo.
– Eles não sabem de nada. – responde Sam.
– Eu estaria feliz. Por que não? – diz o amigo em seguida com um sorriso.
– Não somos a família Brilhante. – diz Sam tacando um papel em seu amigo.
– E acha que os outros são? – o amigo pergunta. – Não.
– Não. – responde a garota em seguida.
–Não. – responde Sam também, o amigo vai dançar feliz da vida.
– Estou orgulhosa de você e você vai se dar muito bem na segunda. – diz a garota a Sam.
– O que eu faria sem você? – Sam pergunta a ela.
– Destruído e queimado! – ela responde com um sorriso no rosto. Em seguida ela o puxa pela camisa e o beija apaixonadamente na boca, Sam põe a mão no rosto da garota e a beija com mais intensidade.
Mais tarde os dois já estão deitados na mesma cama, de madrugada Sam escuta um ruído e acorda, levanta da cama, vai até a sala e vê um vulto passando pela porta do outro lado, ele se encosta na parede ao lado da porta, em seguida um homem entra na sala e Sam parte para cima dele.Os dois brigam destruindo tudo que encostam, até que Sam cai e o homem misterioso fica sobre ele, seu rosto é iluminado pela luz lá fora.
– Calma Tigre! – diz o rapaz.
– Dean? – pergunta Sam assustado, Dean da uma gargalhada. – Você me assustou!
– Porque você está fora de forma. – Dean diz ao irmão, Sam puxa a camisa de Dean e o derruba ficando agora ele em cima do irmão. – Ou não. Agora sai de cima de mim!
Sam o ajuda a se levantar.
– Dean, o que está fazendo aqui? – Sam pergunta.
– Procurando por uma cerveja. – responde Dean com um sorriso.
– É sério, o que você está fazendo aqui? – Sam pergunta novamente.
– Temos que conversar. – responde Dean.
– Tem o telefone. – diz Sam.
– Teria atendido se eu ligasse? – pergunta Dean.
A jovem que dormia no quarto acende a luz da sala.
– Sam? – ela pergunta.
– Jess. Hum... Dean, esta é minha namorada Jessica. – apresenta Sam. Dean a olha com um sorriso malicioso, mas nem tanto.
–Calma. É seu irmão Dean? – pergunta Jess.
– Eu gosto dos Smurfs. – diz Dean com um sorriso, se referindo ao que estava escrito na mini blusa de Jess. Ele se aproxima dela. – Você é muito bonita para o meu irmão.
– Deixe-me colocar uma roupa. – diz Jess com um sorriso irônico.
–Não, não. Eu não sonho com nada. – diz Dean. – Sério.
Jess olha Sam com um sorriso ainda.
– Agora tenho que falar com o meu irmão sobre alguns assuntos da família, mas foi legal te conhecer. – ele diz com um sorriso mais decente.
– O que tem para dizer, diga na frente dela. – diz Sam indo até Jess e pondo sua mão nas costas dela.
– Ok. Hum... Papai não esteve em casa nos últimos dias. – diz Dean nada feliz.
– Está trabalhando para os militares, vai voltar logo. – responde Sam.
Dean abaixa a cabeça e da um sorriso bem discreto.
– Papai está em uma caçada e não tem estado em casa nos últimos dias. – diz Dean piorando a frase.
Sam muda de expressão na hora, Jess o olha.
– Jess, nos dê licença, precisamos conversar lá fora. – pede Sam à namorada.
Descendo a escada e indo em direção a porta da frente eles começam a conversar.
– Dean, você não pode entrar assim na minha casa e esperar que eu vá com você. – explica Sam.
– Você não está me ouvindo Sammy. Papai sumiu, me ajude a encontrá-lo. – pede Dean. – Se lembra dos espíritos em Amhurst ou da Porta do Diabo em Clifton?
– Ele também desapareceu, ele sempre desaparece e sempre está bem. – Sam retruca.
– Não por tanto tempo!Você vem comigo ou não? – Dean pergunta a Sam, parando de andar e se virando para ele.
– Não. – Sam responde.
– Por que não? – Dean pergunta.
– Eu cansei de caçar, pra sempre. – responde Sam.
– Fala sério, não era fácil, mas também não era difícil. – comenta Dean se virando novamente e andando para fora da casa.
– Sério? Quando eu contei ao papai que eu temia a coisa do meu armário, ele me deu uma 45(arma). – diz Sam a Dean.
– O que ele deveria fazer? – pergunta Dean parando novamente para encarar o irmão.
– Eu tinha nove anos. – retruca Sam. – Ele deveria ter dito para eu não ter medo do escuro.
– Não ter medo do escuro? Está brincando comigo? – debocha Dean. – É claro que você deve ter medo do escuro. Você sabe o que tem lá.
– Sim, eu sei, mas, mesmo assim... O jeito que crescemos depois da mamãe ter morrido e a obsessão do papai para achar o que a tinha matado. E nós ainda não achamos a coisa. – desabafa Sam. – Então, nós matamos tudo o que achamos.
– E salvamos a vida de várias pessoas. – retruca Dean, Sam o olha perplexo.
– Você acha que mamãe queria isso para nós? – pergunta Sam olhando nos olhos de Dean.
Dean muda a expressão e sai da casa com raiva, Sam o segue.
– O treinamento de armas e a prata derretida transformada em balas? – pergunta Sam. – Dean, nós fomos criados como guerreiros.
– Então o que você vai fazer?Vai viver uma vida normal? – pergunta Dean. – É isso?
– Não, não normal. Segura. – responde Sam.
– E é por isso que você vai embora. – diz Dean e da uma risada sarcástica. Sam da uma também logo em seguida.
– Eu só estou indo para a faculdade. – responde Sam. – E foi papai que falou que se eu fosse era para eu ir de vez. E é isso o que eu estou fazendo.
– Papai está em uma encrenca agora, se já não estiver morto. Eu posso sentir... Eu não posso fazer isso sozinho. – Dean diz a Sam para fragilizá-lo.
– Sim, você pode. – afirma Sam.
–É. Bom, eu não quero fazer. – continua Dean.
Eles se olham por um bom tempo, Sam olha para o chão e fecha os olhos.
– O que ele estava caçando? – pergunta Sam depois de um tempo.
Dean o olha, vai até seu carro e abre o porta-malas.
–Tudo bem. Vamos ver. Onde será que eu coloquei aquilo? – diz Dean pensando alto.
– Quando papai foi embora, porque você não foi com ele? – pergunta Sam ajudando Dean com a porta do porta-malas.
– Eu estava em uma missão própria. Aquele voodoo em New Orleans. – explica Dean.
– Papai deixou você ir a uma missão sozinho? – pergunta Sam com uma risada. Dean o olha.
– Eu tenho 26 anos, cara. – responde Dean. – Tudo bem, aí vamos nós. Papai estava trabalhando no caso desse homem, em Jericho, California.
Dean entrega algumas reportagens sobre o caso para Sam analisar.
– A um mês atrás, esse cara... Eles acharam o carro dele, mas, ele tinha desaparecido. Totalmente perdido. – explica Dean.
– Então, talvez ele tenha sido seqüestrado. – comenta Sam.
– É, bom, tem outro em Abril, outro em Dezembro de 2008, 2007, 2002, 1996, 10 deles nos últimos 20 anos. – diz Dean e em seguida arranca as reportagens da mão de Sam. – Todos homens, no mesmo quilômetro da estrada. Começou a ficar freqüente, então papai foi dar uma olhadinha. Isso foi três semanas atrás. Eu não ouvi isso dele, o que já foi ruim. Aí, eu recebi essa mensagem ontem.
Dean aperta o botão e a mensagem começa ‘’Dean, alguma coisa está acontecendo. Eu acho que é sério. Eu preciso entender o que está acontecendo... Tenha muito cuidado, Dean. Estamos todos em perigo. ’’, era o que dizia a mensagem.
– Você sabe se tem algum Fenômeno Eletrônico de Voz aí? – pergunta Sam.
– Nada mal, Sammy. É como se estivesse numa bicicleta, não é? – pergunta Dean com um sorriso, Sam da outro.
– Tudo bem, eu rodei a mensagem lenta, coloquei ao contrário, tirei o chiado e isso foi o que eu consegui.
Dean põe a mensagem para rodar de novo. ‘’Eu nunca posso ir para casa. ’’, é o que diz.
– Nunca ir para a casa. – repete Sam. Dean fecha o porta-malas e se encosta nele.
– Sabe, em quase dois anos, eu nunca incomodei você, ou te pedi algo. – comenta Dean. Sam respira fundo.
– Está bem, eu vou. – aceita Sam. – Eu te ajudo a encontrá-lo. Mas eu tenho que voltar na segunda. Só espere aqui.
– O que tem na segunda? – pergunta Dean.
– Eu tenho... Eu tenho uma entrevista. – responde Sam
– O que? Uma entrevista de emprego? Pule isso. – diz Dean.
– É uma entrevista para a escola de Direito. É todo o meu futuro em um prato. – diz Sam determinado.
– Escola de Direito? – pergunta Dean.
– Então, nós temos um acordo ou não? – pergunta Sam.
Dean afirma com a cabeça, Sam vai até seu quarto e pega tudo do que vão precisar.
– Espera, você está indo? – Jess pergunta entrando no quarto. – Isso é sobre o seu pai? Ele está bem?
– É... Você sabe, só um pouquinho de drama de família. – Sam explica.
– Mas, seu irmão falou que ele estava em uma viagem de caça. – diz ela.
– Sim, ele estava caçando veados. – mente Sam. – E com ele estavam Jim, Jack e Jose. Nós só vamos pegá-lo de volta.
– E a sua entrevista? – Jess pergunta se sentando na cama.
– Eu farei a entrevista. Isso é só por dois dias. – explica ele.
– Sam, por favor. Pare por um segundo. – pede Jess se levantando. – Você tem certeza que está bem?
– Sim, estou. – ele afirma com um sorriso.
– É só que... Você nem queria falar sobre sua família. – Jess começa, Sam ri. – E agora está saindo no meio da noite para passar o fim de semana com eles. E com a segunda chegando... Isso não é coisa sua.
– Ei, tudo vai dar certo. – tranqüiliza Sam. – Eu voltarei a tempo. Prometo!
Ele beija Jess na bochecha e vai embora.
– Pelo menos me fale onde você está indo! – ela pede.
Sem resposta...
...
Longe dali...
– Estão indo procurar o pai... Ótimo. – diz a sombra do mesmo homem de antes. O homem se vira para a porta de seu quarto. – Entre, querida.
Uma moça de cabelos encaracolados castanho intenso igual aos seus olhos entra no quarto e se aproxima da sombra na cama.
– Não consigo dormir. – comenta ela sentando-se na cama. – Algo não me deixa dormir.
– Está tudo bem Jane. – diz a sombra e acaricia o rosto da filha. – Você cresceu tão rápido e está tão linda, a cada dia você me lembra mais sua mãe.
– Eu sei que já perguntei isso milhares de vezes durante todos esses anos, mas... – começa Jane. -... Eu não me conformo em não poder saber como você é. Eu nunca vi seu rosto, pai. Você é apenas essa... Sombra.
– Jane... Eu já te expliquei isso. – diz a sombra. – Eu sou diferente, tenho habilidades especiais que me foram dadas por alguma razão. Eu não sei que razão é essa, mas... Você tem que entender Jane.
– É, eu sei. – diz ela. – É só que... Eu nunca pensei que isso poderia existir.
A sombra a olha por um momento, mas interrompe o silêncio.
– Olha... – começa ele. – Quero que faça algo para mim.
Jane apenas o olha.
– A hora chegou, os Winchester estão indo atrás do pai deles que está em uma caçada. Ele se acha um caça – começa a sombra.
– Espera... Winchesters? Aqueles Winchesters? – pergunta Jane com ódio nos olhos.
– Sim. – responde a sombra. – Eu preciso que você os encontre e os ajude.
– O que?! – pergunta Jane sem entender.
– Os ajude, ganhe a confiança deles para poder chegar até John Winchester e matá-lo.
– Agora melhorou. – diz Jane e lhe da um sorriso.
– Ótimo... Confio em você, sei que irá terminar nossa vingança. – diz a sombra.
– Mas... Porque... – começa Jane, mas é interrompida.
– Eu não posso ir, não posso sair daqui. – diz ele. – Eu me sinto um prisioneiro, é por isso que estou enviando você para fora daqui... Porque confio em você.
– O que te faria sair daqui? – pergunta Jane.
– Eu também não sei. – diz a sombra. – Mas está lá fora, em algum lugar, pronta para ser achada por você... Aí você poderá libertar o papai e poderemos viver uma vida normal lá fora... Você poderá me ver como eu sou.
Jane aumenta seu sorriso.
– Estou pronta. – diz ela levantando rapidamente da cama.
– Ótimo. – diz a sombra. De repente aparece um homem no quarto. Jane se assusta. – Está tudo bem, esse é Azazel, ele a levará para fora daqui. Agora vão.
– Não o desapontarei, pai. – diz Jane e se retira do quarto.
– Ela sabe... Que você matou a mãe dos Winchesters? – pergunta Azazel.
– Não... Ela acha que eu sou o injustiçado aqui. – diz a sombra com uma risada em seguida. – Ela acha que somos homens comuns que fomos escolhidos para uma missão na Terra... Fazer o bem.
Azazel abre um sorriso sarcástico.
– Quero que fique de olho nela de vez em quando, sem ela saber. – diz a sombra. – Não confio tanto assim nela...
– Ela sabe sobre as habilidades dela? – pergunta Azazel.
– Ela vai descobrir sozinha, os poderes que tem. – diz a sombra. – Ela é minha filha, não é?
Azazel da um último sorriso e sai do quarto. Vai até Jane que olha as árvores cobertas pelo luar pela janela a fora.
– Pronta? – pergunta Azazel.
– Com certeza. – responde Jane com um sorriso maligno.
– Não se esqueça, não fale nada sobre nós para ninguém. – diz Azazel a ela. Ela confirma com a cabeça.
Em seguida Azazel se aproxima de Jane, encosta dois dedos da mão direita em sua testa e os dois desaparecem.
...
Jericho, (Califórnia)...
Um rapaz dirigindo de volta para casa em uma estrada conversa no celular.
– Amy, eu não posso ir hoje à noite... Porque eu tenho que trabalhar de manhã, por isso. Ok, eu perdi isso, papai vai me bater. – ele diz para a garota no outro lado da linha, de repente ele vê uma garota no meio da estrada. – Ei, Amy, eu ligo depois, ok?
Ele desliga o celular e olha onde a menina na estrada está parada, o rádio para de funcionar, o rapaz bate nele para ele funcionar novamente, mas não adianta. Ele para o carro do lado da moça, ela veste um longo vestido branco.
– Problemas no carro? – o rapaz pergunta a ela. Ela se vira para ele.
– Me leve para casa. – é o que ela pede com uma voz sofrida.
– Claro, entre. – ele diz abrindo a porta do carro para ela entrar. Ela entra calmamente, encosta a cabeça no banco. – Então, onde você mora?
– No fim da estrada Breckenridge. – ela responde. Ele acena positivamente.
– Você está vindo de uma festa Halloween? – ele pergunta vendo o estado da garota. – Sabia que uma garota como você, não devia estar sozinha por aí?
Ela o olha, puxa o vestido para cima.
– Eu estou com você. – ela diz. Ele olha para o outro lado e da uma risada sarcástica. Ela vira o rosto dele para encará-lo novamente. – Você acha que eu sou bonita?
– S... Sim. – diz ele juntamente com a cabeça.
– Quer ir para a casa comigo? – ela pergunta.
– Um... Claro que sim. – ele responde animado. Em seguida ele da a partida.
Chegam até a casa dela, é uma casa abandonada, está inteiramente podre, destruída.
– Fala sério. Você não mora aqui. – diz o garoto. A moça olha para a casa com um olhar de sofrimento.
– Eu não posso ir para a casa nunca. – ela diz.
– O que? Do que está falando? Ninguém mora aqui. – ele diz olhando novamente para a casa destruída. – Fala. Onde você mora.
Ele olha para o lado, para onde ela estava sentada, para obter a resposta, mas ela não está mais ali. Ele olha para trás. Sai do carro. O formato de uma mão se encontra no pára-brisa dianteiro.
– A piada acabou ok? – ele diz indo em direção a casa. Olha para os lados. – Você quer que eu vá embora?
Não obtêm resposta, o rapaz respira fundo e se aproxima da casa.
Olá? – ele chama. – Olá?
Ele chega perto da janela com o vidro quebrado, põe o rosto ali perto e... Um morcego vem em sua direção, ele se assusta, cai e sai correndo para dentro do carro, da a partida e vai embora. Enquanto dirige ele olha para trás para ver se algo o segue, no banco de trás se encontra a mesma moça de antes, o rapaz olha pelo retrovisor e se assusta quando a vê. Atravessa com tudo uma ponte que estava em obra, para o carro, mas os berros começam. O berro do rapaz é dilacerante, uma grande quantidade de sangue é espirrada nos vidros...
...
No dia seguinte de manhã, nesta mesma cidade, em um quarto de motel... Jane abre os olhos calmamente, boceja e vê que está deitada na cama de um quarto que nunca viu na vida.
– Onde estou? – pergunta Jane e se espreguiça enquanto olha em volta. Em cima de uma mesa no canto do quarto junto com um frigobar está uma mochila preta. Jane se levanta vai até ela, a abre. Todas as suas roupas estão postas lá dentro. – Como couberam aí?
Em seguida ela vai até o banheiro da um ajeitada no cabelo, pega sua mochila e sai do quarto, anda pela rua a procura de alguma informação do local em que se encontra. Jane para em frente a uma banca e olha no jornal local.
– Jericho, Califórnia. – diz ela para si mesma. – Ele não me mandaria para cá sem motivos.
De repente Jane se vira para trás e da um sorriso.
– Eles estão aqui. – diz ela e recomeça a andar.
...
Na mesma cidade em um posto de gasolina...
– Ei, quer café da manhã? – pergunta Dean a Sam, enquanto abastece seu carro.
– Não, obrigado. – ele responde. – Então, como você paga por isso? Eles ainda ficam pedindo cartões de crédito?
– Sim, bem, caçar não é bem uma carreira que dá dinheiro. – explica Dean. – Além do que, tudo o que fazemos é requerer. Não é nossa culpa se eles mandam.
– É, e que nome vocês deram desta vez? – Sam pergunta com deboche.
– Hum... Bert Aframian e seu filho, Hector. Rendeu dois cartões no acordo. – responde Dean entrando no carro e colocando salgadinhos e refrigerantes no banco de trás.
– Parece certo. – comenta Sam. – Juro cara, você tem que atualizar sua coleção de fitas.
– Por quê? – pergunta Dean intrigado
– Bom primeiro... São fitas. E segundo... Black Sabbath, Motorhead, Metallica? É, são grandes hits do rock brega. – debocha Sam. Dean pega a última fita da mão de Sam e bota para tocar.
– Regras da casa, Sammy... O motorista escolhe a música, o atirador... Só atira. – diz Dean, uma música alta começa a tocar dentro do carro.
– Ei, Sammy é um garotinho gordinho de 12 anos. Isso... – começa a falar Sam, mas é interrompido.
– Desculpa cara, não to te escutando. A música está muito alta! – debocha Dean com um sorriso. Eles partem.
...
– Obrigado. – responde Sam no celular e desliga em seguida. – Certo. Não tem ninguém parecido com o papai no hospital ou no necrotério. Então isso já é alguma coisa, eu acho.
Dean olha para uma ponte logo a frente deles, com policiais em volta.
– Olha isso. – Dean avisa. Ele encosta o carro e analisa o que está acontecendo. Abre o porta luvas e tira de lá dois distintivos falsos. Sam o olha perplexo. – Vamos lá.
Os dois saem do carro e vão em direção a ponte, onde se encontram os policiais...
– Vocês encontraram alguma coisa? – pergunta o xerife para dois policiais que se encontram lá em baixo no rio.
– Não. Nada. – um deles responde. O Xerife volta para o carro.
– Sem sinais de briga, pegadas, ou impressões digitais... – ele começa a dizer para o parceiro dentro do carro. -... Brilhando. Está quase limpo demais.
Sam e Dean se aproximam dos xerifes.
– Então, esse garoto Troy. Ele está saindo com a sua filha não é? – pergunta um dos xerifes para o outro.
– Sim. – o outro responde. - Ela está colocando cartazes de Desaparecidos no centro da cidade.
– Você teve um parecido mês passado, não foi? – Dean pergunta para o xerife de fora do carro.
– E quem é você? – o xerife pergunta.
– Policiais Federais. – responde Dean mostrando o distintivo falso e o fechando rapidamente.
– Vocês são um pouco novos para serem federais, não? – pergunta o xerife desconfiado.
– Obrigada, é muita gentileza de sua parte. – agradece Dean. – Você tem outro caso parecido com esse, não é?
– Sim, é verdade. – responde o xerife. – Cerca de 1,6km subindo a estrada. Tiveram outros antes desse.
– E essa vítima... Você o conhecia? – pergunta Sam.
O xerife afirma com a cabeça.
– Numa cidade como essa, todo mundo se conhece. – ele responde.
– Alguma ligação entre as vítimas além da de todos serem homens? –pergunta Dean analisando o carro do xerife.
– Não. Não até onde vimos. – responde o xerife.
– Então qual é a sua teoria? – pergunta Sam.
– Sinceramente, eu não sei. Assassinato em série, seqüestro relâmpago. – diz o xerife.
– Bom esse é exatamente o trabalho de merda que espero dos policiais... – Dean começa a falar, mas Sam pisa no seu pé com tudo.
– Bom obrigado pelo seu tempo. – agradece Sam ao xerife que os olha desconfiado. – Senhores.
Em seguida Sam e Dean saem andando em direção ao carro, Sam vai na frente, Dean olha para trás para ver se o xerife está olhando, não está. Vai até Sam e da um tapa em sua cabeça.
– Au! O que foi isso? – pergunta Sam com raiva.
– Por que você pisou no meu pé? – Dean responde com outra pergunta.
– Por que falou com o policial daquele jeito? – Sam faz outra pergunta.
– Qual é. Eles nem sabem o que está acontecendo. – diz Dean parando na frente do irmão. – Estamos sozinhos nessa. Se vamos procurar o papai, temos que ir a fundo nisso nós mesmos.
Após terminar de falar, Dean percebe que Sam está olhando para algo atrás dele, Dean se vira para ver, são mais policiais, dois vestidos de preto, provavelmente são agentes e um vestido que nem os dois xerifes lá atrás.
– Posso ajudá-los, rapazes? – pergunta o novo xerife.
– Não senhor, estamos indo. – diz Dean. – Agente Mulder, Agente Scully.
Dean e Sam recomeçam a andar em direção ao carro. Entram e partem, logo que o fazem Jane sai de trás das árvores e os observa partir. No centro da cidade, Sam e Dean encontram uma garota que está colando cartazes em todos os lugares possíveis.
– Aposto que é ela. – diz Dean se referindo à garota.
– É. – concorda Sam.
– Você deve ser Amy. – afirma interrogativamente Dean.
– Sim. – a garota responde.
– Troy nos falou de você. Somos tios dele. Eu sou Dean, e este é Sammy. – ele apresenta, (mentindo).
– Ele nunca falou de vocês. – Amy diz, recomeçando a colar novamente os cartazes.
– Bom esse é o Troy, eu acho. – começa Dean. – Não vamos ficar por muito tempo. Estamos no Modesto.
– E nós estamos procurando por ele também, e estamos fazendo algumas perguntas. – diz Sam, entrando na frente de Amy.
– Ei, você está bem? – pergunta uma amiga de Amy, vendo que os dois rapazes estão atrapalhando.
– Sim. – responde Amy.
– Se importa se fizermos algumas perguntas? – pergunta Sam a ela.
Eles vão a uma lanchonete para conversarem, se sentam em uma mesa.
– Eu estava com Troy ao telefone. Ele estava indo para a casa. – começa Amy a relatar. – Ele disse que me ligava em breve, mas nunca ligou.
– Ele não disse nada de estranho? Fora do comum? – pergunta Sam a ela.
– Não, nada que eu lembre. – ela responde. Sam olha para o cordão em volta do pescoço de Amy.
– Gosto do seu cordão. – ele comenta. Dean o olha com cara de ‘’Do que você ta falando?’’.
Amy toca no seu colar e o levanta para vê-lo melhor.
– Troy que me deu. – ela diz. – Mais para assustar os meus pais... Sabe como é, coisa do diabo.
Amy sorri relembrando e Sam ri. Dean o olha novamente e da um sorriso a Amy também.
– Na verdade é o contrário. – explica Sam. – Esse pentagrama, é proteção contra o diabo. Muito poderoso digo, se você acreditar nessas coisas.
– Ok, obrigado, Mistérios Insolúveis. – diz Dean a Sam, em seguida se vira para Amy e sua amiga que está ao seu lado, bebendo uma xícara de chá. – Esse é o lance, meninas... A maneira como Troy desapareceu... Algo não está certo. Então se ouviram alguma coisa...
As meninas se olham pensativas e com medo.
– O que foi? – pergunta Dean vendo a expressão delas.
– Bom, é só que... Digo, com todos esses caras desaparecendo, as pessoas inventam. – começa a amiga de Amy.
– O que eles inventaram? – perguntam Sam e Dean ao mesmo tempo.
A garota olha para Amy que a olha assustada, mas ela começa a falar.
– É tipo uma lenda local. Esta garota, ela foi assassinada na Centennial há décadas. – começa a amiga. Dean olha para Sam com uma cara de ‘’ Eu sabia que tinha fantasma na parada. ’’. – Bom supostamente ela ainda está lá. Ela pede carona, e quem quer que a pegue... Bom, desaparece para sempre.
Sam e Dean se olham, logo em seguida eles deixam a lanchonete e vão para o hotel que estão ficando, Dean pega o laptop de Sam e começa a pesquisar sobre a lenda. Sobre o assassinato da garota que a amiga de Amy se referiu. Mas, não encontra nenhum resultado. Ele tenta de várias maneiras, mas continua não encontrando nada.
– Deixa eu tentar. – diz Sam, tocando no mouse.
– Pode deixar. – diz Dean batendo na mão de Sam. Este empurra a cadeira de Dean. – Cara.
Dean bate no braço de Sam com raiva.
– Você é muito controlador. – comenta Dean.
– Então espíritos raivosos surgem de mortes violentas? – pergunta Sam, ignorando o comentário de Dean.
– Sim. – Dean responde.
– Talvez não seja assassinato. – comenta Sam, mudando a pesquisa de Dean para suicídio.
Um resultado é encontrado.
– Este foi em 1981. Constance Welch, 24 anos, pulou da ponte Sylvania, afogou-se no rio. – Sam lê a reportagem do site.
– Diz por que ela fez isso? – pergunta Dean.
– Sim. – responde Sam, recomeçando a ler em seguida. – Uma hora antes de encontrarem-na morta, ela ligou 911. Seus dois filhos pequenos estavam na banheira. Ela os deixou por um minuto, e quando voltou, eles não respiravam. Os dois morreram. ‘’Os nossos filhos morreram e Constance não conseguiu suportar. ’’ – Sam lê o que o marido de Constance, Joseph Welch disse em uma entrevista.
– A ponte parece familiar? – pergunta Dean a reconhecendo.
Tarde da noite, Sam e Dean se encontram na mesma ponte de antes, olham para o rio lá em baixo.
– Então foi aqui que Constance praticou o mergulho do cisne. – comenta Dean. Em seguida ele olha para os lados, tem uma sensação de que algo os está vigiando.
– Acha que papai esteve aqui? – Sam pergunta e Dean volta sua atenção para ele.
– Bom ele estava seguindo a mesma história, e nós estamos seguindo-o. – responde Dean ainda com a mesma sensação. Ele se vira para recomeçar a andar, uma garota se encontra a sua frente, Dean fica paralisado no chão e Sam também ao ver a garota quando se vira em seguida.
Jane lhes da um sorriso.
– Olá. – diz ela ainda com um sorriso. – Me desculpem se lhes assustei, não era a minha intenção.
– Quem é você? – pergunta Dean a olhando, desconfiado.
– Jane... Meu nome é Jane. – responde ela lhes apertando a mão. – E vocês são...?
– Dean e esse é meu irmão Sam. – responde o mais velho.
– O que está fazendo aqui? – pergunta Sam.
– Caçando. – responde Jane.
– Caçando? – pergunta Dean.
– É... Sabe... Tipo, coisas sobrenaturais. – explica Jane. – Se vocês me entendem.
– Entendemos até demais. – diz Dean se virando para Sam.
– Como sabe sobre essas coisas? – pergunta Sam.
– Eu não sei... Posso estar errada quanto a coisas sobrenaturais existirem... – mente Jane. -... Mas sei que tem algo de estranho acontecendo aqui, então...
– Olha... Isso é perigoso. – continua Sam. – Não é algo normal.
– Então eu estou certa? Coisas sobrenaturais como fantasmas e espíritos existem mesmo? – pergunta Jane fingindo surpresa.
– Sim, existem. – responde Dean. – E como o Sam disse é perigoso, é melhor você ir para casa.
– Não, eu vou ficar. – diz Jane os olhando. – Não irei atrapalhar vocês, eu posso ser útil também... Por favor.
Sam e Dean se olham por um instante.
– Tá, mas você é responsável por si mesma. – diz Dean à ela.
– Feito. – diz Jane com um sorriso. – Mas e vocês? Por que estão aqui?
– Estamos procurando nosso pai que sumiu em uma caçada. – responde Sam. – Ele pode estar por aqui, ele começou a desvendar esse caso e nos mandou algumas pistas.
–Vamos continuar a procurá-lo até encontrá-lo. Pode levar um tempo. – diz Dean.
– Dean, eu te disse que tenho que voltar... – começa Sam.
– Na segunda... Certo. A entrevista. – completa Dean. Jane os olha sem entender. – Eu esqueci, desculpa.
– Que entrevista? – pergunta Jane.
– Sammy tem uma entrevista de emprego na segunda e não pode faltar, é bom para o futuro dele. – debocha Dean explicando a Jane, esta olha para os lados, ‘’ Que merda. ’’ pensa ela. Sam olha com raiva para o irmão. – Você está falando sério mesmo, não é? Você acha que vai se tornar algum advogado, casar com a sua garota?
– Talvez. Por que não? – pergunta Sam. ‘’ Ótimo, briguinha de irmãos. Que coisa infantil. ‘’ pensa Jane e começa a andar na direção do meio da ponte.
– Jessica sabe a verdade sobre você? – pergunta Dean. – Sabe das coisas que você já fez?
– Não e ela nunca vai saber. – responde Sam se aproximando do irmão.
– Bom... Isso ajuda. – comenta Dean. – Você pode fingir o quanto quiser Sammy, mas cedo ou tarde você vai ter que encarar quem você é de verdade.
– E quem eu sou? – Sam pergunta seguindo o irmão que começa a andar. Jane nem se meche.
– Um de nós. – Dean responde.
– Não! – retruca Sam. – Não sou como você. Essa não vai ser a minha vida.
Sam se põe na frente do irmão.
– Bom você tem uma responsabilidade. – Dean diz.
– Para com o papai? E sua Cruzada? – Sam pergunta. – Se não fosse pelas fotos, você nem iria reconhecer a mamãe. Que diferença isso faz? Mesmo que encontremos aquilo que matou a mamãe... Mamãe morreu e ela não vai voltar.
Dean empurra Sam para uma das colunas da ponte e segura com força em sua jaqueta, isso tira Jane de seus pensamentos, ela desencosta da ponte e se aproxima deles calmamente.
– Não fale dela assim. – pede Dean com raiva. Ele solta Sam depois de um tempo.
De repente Jane vê o espírito de uma moça em cima da ponte, prestes a se tacar no rio. Jane se vira, vê os irmãos brigando ainda, perde a paciência, vai rapidamente até eles e os separa com os braços entre eles.
– Olha, me desculpem atrapalhar esse momento nada apropriado de vocês, mas se vocês não perceberam tem uma mulher querendo se suicidar de novo ali. – diz ela nervosa. Sam e Dean olham para a ponte e vêem Constance. Esta se taca em seguida.
Os três correm até a beirada da ponte e olham para baixo, não encontram nada.
– Onde ela foi? – pergunta Dean.
– Eu sei lá. – respondem Jane e Sam ao mesmo tempo.
De repente a luz do carro de Dean acende e o carro liga, eles olham assustados.
– Mas que por...? – começa a xingar Dean.
– Quem está dirigindo o carro? – pergunta Jane. Dean mostra as chaves do Impala em sua mão. O carro começa andar na direção deles, eles se viram e começam a correr.
– Corre, Corre! – grita Sam.
O carro chega cada vez mais perto, vai atropelá-los quando os três se tacam da ponte. Depois de um tempo, Jane se segura em uma barra da ponte para não cair no rio, um pouco acima dela, também se segurando, se encontra Sam. Este consegue subir para a ponte novamente, vê Jane e puxa sua mão de encontro a ele.
– Você está bem? – pergunta Sam a olhando.
– Sim, mas cadê o Dean? – pergunta Jane. Os dois olham para o rio novamente.
– Dean! – grita Sam. – Dean!
– O que?! – ele pergunta nervoso lá embaixo saindo de dentro do rio e deitando na margem, cheio de lama.
– Você está bem?! – pergunta Jane à ele. Dean faz um gesto de positivo com a mão.
– Melhor do que nunca. – ele responde. Sam dá risada.
Em seguida, os três se reúnem novamente na ponte, junto ao carro de Dean.
– O carro está normal? – pergunta Sam.
– É, o que quer que ela tenha feito, o carro está normal agora. – responde Dean ainda coberto de mato. - Constance... Aquela puta!
– Bom, ela não quer a gente fuçando por aí, isso é fato. – comenta Jane. Sam concorda com a cabeça.
– Bom, pra onde segue a trilha agora, gênio? – pergunta Sam recostando no carro ao lado de Dean. Jane para na frente deles. – Você cheira a banheiro.
– Sério? – pergunta Dean sarcasticamente. – Eu nem percebi... Vamos embora, amanhã a gente continua.
Dean olha para Jane.
– Você vem com a gente? – pergunta ele.
– Com certeza... Bom, se vocês permitirem é lógico. – responde Jane.
– Claro, por que não... Você parece saber o que está fazendo. – diz Sam com um sorriso.
...
Já de manhã... Eles partem e vão para um Motel barato, Dean entrega um cartão de crédito para o recepcionista.
– Vocês têm alguma reunião ou algo no estilo? – pergunta o recepcionista, olhando o cartão que tem o nome de Hector Aframian.
– O que? – pergunta Dean sem entender.
– O outro lá, Bert Aframian. Ele veio e pagou por um quarto, por um mês. – explica o recepcionista. Dean e Sam se olham. Jane fica com uma expressão séria, ‘’Ele esteve aqui. ‘’ ela pensa.
Dean paga pelo quarto deles mas eles vão em direção ao quarto que John ficou por um mês.
– Como vamos entrar? – pergunta Sam.
– Vocês têm alguns clips aí? – pergunta Jane. Dean confirma com a cabeça e tira um do bolso, a entregando.
– Ótimo. – diz Jane e em seguida enfia o clips na fechadura da porta, destrancando-a com facilidade.
– É ótimo ter você com a gente. – diz Dean dando um tapinha no ombro de Jane e entrando no quarto em seguida. Sam da um sorriso para ela entrando no quarto também e Jane vai atrás. O quarto está cheio de reportagens por todas as paredes, está muito bagunçado, eles olham perplexos. Dean acende um dos abajures e vê que há um hambúrguer ali, o cheira, está azedo. – Acho que ele não veio só por dois dias.
Sam toca em uma coisa branca no chão do quarto.
– Sal, olhos de gato... Ele estava preocupado, tentando impedir de que algo entrasse. – comenta ele. – O que temos aqui?
Jane se aproxima de uma das paredes com várias manchetes.
– As vítimas da estrada Centennial – comenta ela olhando para cada manchete.
– Eu não entendo... Digo, homens diferentes, trabalhos diferentes, idades, etnias. – comenta Dean. - Tem sempre uma ligação, certo?
Jane se aproxima de outra parede.
– O que esses caras tinham em comum? – pergunta Dean. Jane vê a reportagem de Constance na parede e a cima dela um papel escrito ‘’ A Mulher de Branco’’.
– Eu acho que o pai de vocês descobriu. – diz ela se virando para os irmãos.
– O que? – perguntam os dois se aproximando dela.
– Ele encontrou o mesmo artigo que nós. – diz Sam olhando a reportagem também. – Constance Welch... Ela é uma mulher de branco.
– Safado. – diz Dean se referindo ao pai. – Certo, se estivéssemos lidando com uma mulher de branco, ele teria encontrado o corpo e destruído.
– Ela deve ter outra fraqueza. – deduz Jane.
– Não, nosso pai teria certeza. Ele deve ter escavado-a. – responde Dean a ela. – Diz aí onde ela está enterrada?
– Não, não que eu veja. – Jane responde.
– Se eu fosse o papai, eu iria perguntar ao marido de Constance. – diz Sam.
– Certo, eu e o Sam vamos tentar descobrir o endereço dele. – diz Jane à Dean. – Por que você não vai tomar um banho?
Dean olha a si mesmo e vê que havia se esquecido da lama em seu corpo.
– É uma boa idéia. – diz Dean e vai em direção ao banheiro.
– Ei Dean, o que eu disse antes sobre mamãe e papai... Desculpe. – se desculpa Sam. Dean se vira novamente para ele e estica sua mão o fazendo parar de falar.
– Nada de sentimentalismo. – pede Dean. Sam ri sarcasticamente.
– Ok... Idiota. – diz Sam com um sorriso ao irmão.
– Retardado. – diz Dean com um sorriso também e entra no banheiro.
– Que amor vocês dois. – diz Jane se jogando na cama e olhando para o teto.
– É sempre assim. – diz Sam a ela e se senta na mesinha de canto do quarto, perto da janela. Em seguida ele pega seu celular e disca o número de sua namorada. – Jess, sou eu.
– Oi, amor... Já são dez horas da manhã, onde você está? – pergunta Jessica preocupada.
– Não se preocupe Jess eu vou voltar a tempo para a entrevista de amanhã, está bem? – diz Sam a acalmando.
– Volta logo. – diz Jess.
– Eu vou. – diz Sam e desliga o celular.
Um tempinho depois, Dean sai do banheiro com uma roupa limpa.
– Estou faminto. Vou pegar algo para nós três comermos em alguma lanchonete aqui perto. – avisa Dean a eles.
– Eu não quero nada. – concorda Sam.
– Certeza? Aframian está pagando, lembra? – diz Dean mostrando o cartão de crédito na mão.
– Não, obrigado. – agradece Sam.
– Tudo bem. Estou indo. – diz Dean e sai do quarto, vai em direção à saída do motel, mas vê uma viatura policial a sua frente. O recepcionista do motel conversa com um xerife e um policial, vê Dean e aponta para ele. Os dois começam a vir em sua direção. Dean pega seu celular rapidamente e liga para Sam.
– Fala. – diz Sam atendendo seu celular dentro do quarto. Jane vira a cabeça para o lado da janela, se levanta da cama e vai até lá. Algo não está certo. Ela abre uma fresta da janela e vê um policial indo na direção de Dean.
– Droga. – diz ela e olha para Sam. – Temos que sair daqui.
– É. – concorda Sam guardando seu celular e pegando sua mochila junto com a de Dean. Jane faz o mesmo. – Vamos pelos fundos, pegamos o carro e vamos procurar o marido de Constance.
– E o Dean? – pergunta Jane.
– Ele se vira. – diz Sam. – Já enfrentamos coisas piores.
...
– Algum problema, policiais? – pergunta Dean se virando para ele com um sorriso.
– Onde está seu parceiro? – pergunta o xerife.
– Parceiro? Que parceiro? – Dean pergunta. O xerife faz sinal para o policial entrar no quarto que Dean acabara de sair. O policial arromba a porta, olha o quarto inteiro, não ninguém.
– Está limpo. – diz o policial para o xerife. Este se vira novamente para Dean.
– Então, falsos federais, falsos cartões de crédito. – diz ele à Dean. – Tem alguma coisa que é real?
– Meus peitos. – responde Dean debochando do xerife. Este o empurra de barriga para o carro da policia, bota suas mãos para trás e o prende.
Na delegacia...
–Então, quer nos dar seu verdadeiro nome? – pergunta um dos xerifes para Dean.
– Eu já disse, é Nugent, Ted Nugent. – responde Dean.
– Acho que você ainda não entendeu o quanto está encrencado. – diz o xerife.
– Estamos falando de um problema tipo delito leve ou ‘’porco indo para o abatedouro’’? – Dean pergunta ironicamente.
– Você tem o rosto de 10 homens desaparecidos na sua parede. – comenta o xerife. – Junto com um monte de coisa de Voodoo. Garoto você é oficialmente um suspeito.
– É, faz sentido, porque o primeiro desaparecido é de 1982 e eu tinha três anos. – responde Dean.
– Eu sei que você tem parceiros. E um deles é mais velho. – diz o xerife. – Talvez ele tenha começado tudo. Então me conte... Dean, esse é ele?
O xerife bota uma agenda grossa com milhares de anotações, na mesa.
– Eu pensei que esse poderia ser o seu nome. – diz o xerife abrindo a agenda. – Veja, eu folheei a agenda e entendi um pouco, são nove coisas malucas, mas encontrei isso também.
O xerife mostra uma das páginas da agenda, nela está escrito ‘’Dean – 35 111’’.
– Agora, você vai ficar aqui até que você me diga o que isso significa. – avisa o xerife. Dean não para de olhar o recado, olha para o xerife.
Não muito longe dali, Sam e Jane se encontram na casa de Joseph Welch, Sam bate na porta, um homem a abre.
– Oi, você é Joseph Welch? – pergunta Sam.
– Sim. – responde o homem. Depois de um tempo o homem está com uma foto na mão, mostra Sam, Dean e John juntos. – Sim, ele era mais velho, mas é ele. Ele veio aqui há uns três ou quatro dias atrás e disse que era repórter.
– Isso mesmo. Estamos trabalhando em uma história em conjunto. – responde Sam.
– Bom, eu não sei em que merda de história vocês estão trabalhando... As perguntas que ele me fez. – comenta Joseph.
– Sobre a sua mulher, Constance. – completa Jane.
– Ele me perguntou onde eu a enterrei. – afirma Joseph à Jane.
– E onde foi? – pergunta Sam.
– O que? Vou ter que passar por isso de novo? – o homem pergunta.
– Estamos só verificando informações, se o senhor não se importa. – comenta Jane.
– Em uma cova atrás da minha antiga casa em Breckenridge. – Joseph responde.
– Por que se mudou? – pergunta Sam.
– Eu não ia viver na casa onde meus filhos haviam morrido. – responde Joseph.
– Sr. Welch, você se casou de novo? – pergunta Jane dessa vez.
– De forma alguma. Constance... Era o amor da minha vida, a mulher mais linda que eu já vi. – ele responde a Jane a olhando como se visse Constance nela.
– Então você teve um casamento feliz? – pergunta Sam.
– Com certeza. – Joseph exita antes de responder.
– Bom isso vai dar. Obrigado pela sua atenção. – agradece Sam. Joseph se vira e começa a ir em direção a sua casa, Jane está prestes a entrar no carro, mas Sam não entra. Jane percebe que Sam quer perguntar algo e ela sabe o que é.
– Sr. Welch, você já ouviu falar na Mulher de Branco? – pergunta Jane, Sam a olha perplexo.
– Na quem? – pergunta Joseph.
– A Mulher de Branco ou às vezes, a Mulher Chorosa. – Jane continua. – É uma história de fantasmas. Bom é mais um fenômeno, na verdade. Hum... Eles são espíritos. Tem sido visto por séculos, dúzia de lugares no Hawaii e México, depois no Arizona, Indiana. Todas são mulheres diferentes, entenda, mas todas possuem a mesma história.
– Garota, eu estou me lixando para essa baboseira. – comenta Joseph, se virando em seguida em direção a casa.
– Entenda, quando estavam vivas, seus maridos foram infiéis, e essas mulheres, elas sofreram de insanidade momentânea, mataram seus filhos. – Joseph se volta para Jane com um olhar insano. – Então, percebendo o que fizeram, elas se matam. E agora seus espíritos são amaldiçoados, andando por estradas, rios e se elas encontram um homem infiel, elas o matam, e esse homem nunca mais é visto.
– Você acha... Você acha que isso tem a ver com Constance, em sabichona? – Joseph pergunta se aproximando cada vez mais de Jane, Sam a puxa para perto de si. Mas Jane continua.
–Você é que tem que me responder isso. – ela diz. Sam a olha.
– Talvez... Talvez eu tenha cometido alguns erros, mas não importa o que eu tenha feito Constance nunca teria matado seus próprios filhos. – Joseph responde olhando bem nos olhos de Jane. – Agora saiam daqui e não voltem.
Sam e Jane apenas o olham se afastar.
– Não foi difícil, foi? – pergunta Jane olhando para Sam. – Era só perguntar.
– Como... – começa Sam, mas Jane entra no carro. Ele entra em seguida.
Na delegacia...
– Não sei quantas vezes vou ter que lhe dizer. – diz Dean. – É o código da tranca do meu armário do colégio.
– Vamos continuar com isso a noite toda? – pergunta o xerife.
– Recebemos um 911. Tiros disparados na estrada Whiteford. – avisa um policial entrando na sala.
– Você tem que ir ao banheiro? – pergunta o xerife a Dean.
– Não. – Dean responde.
– Ótimo. – diz o xerife e prende Dean na mesa. O xerife sai, Dean olha nervoso para a porta, olha para a agenda e vê que há um clips ali dentro, ele o pega com a outra mão que está solta e da um sorriso. Um tempo se passa e ele consegue se soltar. Policiais estão saindo da delegacia, Dean se encosta à parede para não ser visto, ele sai pela escada de emergência por uma das janelas do edifício. Já na rua ele guarda a agenda de seu pai dentro do casaco.
Voltando pela estrada Sam atende o celular.
– Falsas chamadas para o 911, Sammy? Isso parece ilegal. – comenta Dean. Sam ri.
– De nada. – ele responde.
– Escute, temos que conversar. – Dean avisa.
– Nem me diga. O marido foi infiel. – avisa Sam a Dean, olhando para Jane a seu lado, no carro. – Estamos lidando com uma Mulher de Branco. Ela está enterrada nos fundos da antiga casa.
– Sammy quer calar a boca por um segundo? – pede Dean.
– Não entendo porque ele não destruiu o corpo. – comenta Sam.
– É o que estou tentando dizer, ele se foi. – avisa Dean. – Papai saiu de Jericho.
– O que? Como sabe disso? – pergunta Sam.
– Eu estou com o diário dele. – responde Dean.
– Ele não vai a lugar nenhum sem as coisas dele. – estranha Sam.
– Bom, ele foi dessa vez. – comenta Dean.
– O que diz? – pergunta Sam.
– Mesma merda de código da marinha quando quer que a gente saiba pra onde ele foi. – responde Dean. – Coordenadas.
– Pra onde? – pergunta Sam.
– Não tenho certeza ainda. – responde Dean.
– Não entendo. Digo... O que seria tão importante que o faz sair assim no meio do serviço? – pergunta Sam. – Dean que merda está acontecendo?
De repente Jane se vira para a estrada, ela sente algo. Imagens vêm à sua cabeça.
– Sam, a estrada! – diz Jane. Em seguida Constance aparece na estrada e eles a atravessam com o carro. Sam para bruscamente.
– Sam! Sam! – grita Dean no celular. Sam respira fundo. Uma mulher aparece no banco de trás. Jane se vira calmamente para ela e Sam a olha pelo retrovisor.
– Me levem para casa. – a mulher de branco pede. Sam não se move, Jane vira para Sam que a olha também, ela acena positivamente, querendo dizer para ele obedecer à moça.
– Não. – diz Sam. O carro da à partida, sozinho. As portas são fechadas. Eles partem. Sam tenta controlar o volante, mas não consegue. Eles chegam à casa destruída de antes, o carro para.
– Relaxa. – sussurra Jane para Sam. Este a olha sem entender.
– Não faça isso. – pede Sam a Mulher de Branco.
– Nunca poderei ir para a casa. – ela responde.
– Você está assustada demais para ir para a casa. – diz Jane. Ela se vira no banco para encarar a mulher, mas ela não está mais ali. Jane sai do carro.
– Jane, volta aqui, é perigoso! – avisa Sam. As portas do carro se trancam novamente, ele tenta abrir, sem resultado, olha novamente para o banco ao seu lado e a Mulher de Branco está lá e o ataca. Jane tenta abrir a porta, mas não consegue. A Mulher de Branco fica em cima de Sam. Jane se vira para a casa e da um sorriso, em seguida corre para os fundos dela.
– Me abrace – Manda Constace. – Estou com muito frio.
– Você não pode me matar, não sou infiel. – Sam responde com dor. – Nunca fui.
– Você será. – ela diz. A mulher puxa o rosto de Sam para si e o beija, ele tenta pegar a chave do carro, está quase, consegue pegar, a mulher para de beijá-lo e desaparece. Sam respira fundo novamente, mas de repente ele sente uma mão entrando em seu peito e tocando em seu coração, ele berra de dor... Até que tiros são disparados pela janela e o fantasma some. Sam levanta e liga o carro.
– Vou te levar para a casa. – ele avisa. Com isso atravessa a casa com o carro de Dean e para com ele bem no meio da sala.
– Sam! – grita Dean entrando na casa com sua arma na mão.
– Aqui! – responde.
– Você está bem? – Dean pergunta.
– Eu acho que sim. – Sam responde.
– Pode se mexer? – pergunta Dean
– Sim, me ajude. – ele responde.
Na sala o fantasma de Constance pega uma fotografia que mostra ela com seus filhos. Dean ajuda Sam a sair do carro e vêem Constance com a fotografia, ela os olha com ódio, taca a fotografia no chão e prende os dois irmãos na parede com um armário. Eles tentam se soltar, mas não conseguem. Constance se aproxima, mas de repente as luzes começam a apagar e a acender na casa, uma grande quantidade de água cai da escada, no topo dela se encontram duas crianças, Constance fica no pé da escada olhando os dois filhos, Dean e Sam os olham também.
– Você vem para a casa com a gente, mamãe? –perguntam as duas crianças. Constance se vira e os filhos de repente se encontram ao seu lado e não mais no topo da escada, eles correm abraçá-la, ela grita e os três são sugados por um buraco negro no chão. Dean e Sam conseguem se soltar.
– O que foi isso? – pergunta Dean. –
– Só uma ajudinha. – responde Jane no topo da escada com um sorriso.
– Jane! – grita Sam indo de encontro a ela. – Você sumiu do nada... Está tudo bem?
– Bom, depois que eu tentei abrir a porta do carro e não consegui, lembrei de como os filhos de Constance haviam morrido. – começa Jane.
– Afogados. – diz Dean.
– É. – concorda Jane. – Então tive uma idéia, por que não trazê-los de volta para eles levarem a mãe para casa? Fui até o banheiro pela porta dos fundos da casa e abri a torneira da banheira, foi quando eu os vi na porta, então eles desapareceram com um sorriso no rosto... Estava feito.
– Genial. – diz Dean com um sorriso a ela. – Tem certeza que nunca caçou antes?
– Com certeza. – responde Jane.
– Bom, nosso pai adoraria você. – diz Sam a ela. Jane finge estar feliz dando um rápido sorriso.
Dean se vira e vai até o lugar que Constance e os filhos foram sugados, está úmido.
– Então foi aqui que ela afogou os filhos. – diz Dean.
– É por isso que ela nunca poderia voltar para a casa. – diz Sam se aproximando de onde Dean está.
– É, ela estava com medo de encará-los. – diz Jane.
– Bom trabalho. – diz Dean e da um tapinha no ombro de Jane de novo e em seguida da um tapa bem dado no peito machucado de Sam que da uma risada dolorida.
– Gostaria de dizer o mesmo para você. – diz Sam a Dean. – O que estava pensando quando atirou na cara do fantasma. Você tem problema?
– Ei, eu te salvei. – Dean avisa. – Vou te dizer outra coisa. Se você estragou o meu carro, eu te mato!
Sam ri da cara de Dean. Um tempinho depois, os três partem juntos para casa.
– Ok, foi pra cá onde papai foi. – mostra Sam em um mapa que está no seu colo. – Se chama Blackbottle Ridge, Colorado.
– Parece encantador. – ironiza Dean – Distância?
– Cerca de 960 km. – responde Sam.
– Se nos movermos, chegamos de manhã. – Dean deduz.
– Dean, hum... – começa Sam.
– Você não vem, já sei. – interrompe Dean. Jane se lembra da entrevista de Sam e o olha.
– A entrevista é daqui a 10 horas. Eu tenho que estar lá. – diz Sam. Dean olha para frente e concorda decepcionado.
– Ok, que seja... Eu te deixo em casa. – Dean responde. Eles vão em direção a Universidade de Stanford. Quando chegam um tempo depois, Sam sai do carro.
– Você me liga se encontrá-lo? – pergunta Sam enquanto Dean abre a janela. Dean acena positivamente. – Talvez possa encontrá-los depois.
– É, está certo. – responde Dean. Sam olha para Jane com um sorriso
– Obrigado... Se cuida, está bem? – diz Sam a ela.
– Você também, boa sorte na entrevista. – ela responde pensando no que fazer. Eles não podem se separar. Em seguida Sam se vira e vai na direção do alojamento em que vive com Jessica.
– Sam! – chama Dean, Sam se vira novamente. – Sabe, formamos uma boa equipe.
Sam concorda com a cabeça. Em seguida Dean e Jane partem no carro. Sam entra no alojamento.
– Jess! – ele chama. – Está em casa?
Sam anda pela casa, em uma mesinha há um recado para ele que diz, ‘’ sinto sua falta, te amo! ’’. Sam vai até o quarto dos dois e senta na cama, olha ao redor e sorri, cansado ele deita.
– Então... Onde você mora? – pergunta Dean à Jane pelo retrovisor, mas de repente Jane olha para trás na estrada, imagens vêm à sua cabeça, fogo, muito fogo e uma explosão.
– Temos que voltar. – diz Jane rapidamente.
– O que? – pergunta Dean sem entender.
– Dê a volta agora. – diz Jane e Dean para o carro bruscamente, dando a volta na estrada e voltando para a Universidade.
No quarto de Sam...
Sam está deitado na cama ainda, relaxando um pouco quando uma gota de sangue cai em sua testa, outras duas caem em seguida, ele abre o olho para ver o que é. Ele se apavora. Jess está morta no teto, com a barriga aberta, cheia de sangue.
– Não! – Sam grita. Dean e Jane chegam e ouvem o grito dele. Entram no alojamento com o chute que Dean da na porta, lá no quarto uma grande quantidade de fogo sai do teto e queima Jess.
– Sam! – grita Dean, indo para o quarto de Sam junto com Jane.
– Jess! – grita Sam.
– Sam! Sam! – grita Dean entrando no quarto do irmão, Dean olha para o teto e vê Jess, ele se espanta.
– Temos que sair daqui, agora! Isso aqui vai explodir! – diz Jane. Dean puxa Sam para fora da casa rapidamente. Jane continua olhando para o fogo que se espalha cada vez mais.
– Como eu sabia? – ela pergunta a si mesma e sai do quarto em seguida.
Logo que eles saem, o quarto é coberto pelo fogo...
Um tempo depois um corpo de bombeiros, ambulâncias e policiais se encontram na universidade, Jane olha para a janela do quarto de Sam e Jess, depois vai até os irmãos Winchester. Sam está preparando várias armas, Dean apenas o olha. Jane põe a mão no ombro de Sam, ele a olha por um tempo, olha para a arma em sua mão de novo, a taca dentro do carro.
– Nós temos trabalho para fazer. – Sam diz e fecha o porta-malas.
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