terça-feira, 14 de outubro de 2014

Supernatural S01E03 Morte na Água

Lake Manitoc, (Wisconsin).

Em uma casa antiga perto do lago.

– Bom dia papai. – diz uma jovem de cabelos loiros, beijando a cabeça de seu pai.

– Bom dia, querida. – ele responde enquanto lê o jornal. A jovem abre a geladeira e pega o leite.

– Porque você malha tanto? – pergunta o irmão da jovem sentado em cima da pia. – Garotos não gostam disso.

– Bem, garotas não gostam de caras que ainda vivem na casa dos pais. – ela responde debochando do irmão. Ele da um sorriso sarcástico para ela e ela faz o mesmo para ele. A jovem abre a porta para sair de casa e vai para o lago.

– Tome cuidado. – diz seu pai enquanto ela sai de casa.

– Eu vou. – ela responde.

A jovem garota fica só de maiô, olha o lago e mergulha dentro dele. Começa a nadar, às vezes para e respira. Sente que algo a vigia e olha para os lados, não há nada. Recomeça a nadar. Sente que algo a está vigiando novamente, olha de novo para os lados. Algo debaixo do lago puxa sua perna. A garota não é mais vista...

...

Em uma lanchonete, Dean e Jane estão circulando uma manchete de jornal. A foto da jovem garota desaparecida no lago. Em seguida, uma linda e esbelta garçonete vem até eles.

– Posso pegar mais alguma coisa para vocês? – ela pergunta. Dean olha para ela com uma caneta na boca e da um sorriso de quem gosta do que vê. Sam que estava no banheiro se aproxima da mesa em que Dean e Jane estão sentados.

– Só a conta, por favor. – pede Sam.

– Ok. – a garçonete responde e sai com um sorriso para Dean. Este abaixa a cabeça na mesa, levanta e olha para Sam.

– Sabe, a gente pode se divertir de vez em quando. – Dean comenta e aponta para a garçonete. – Aquilo é um exemplo de diversão.

Sam revira os olhos, em seguida olha para Dean bravo. Este pega as notícias na mesa e mostra ao irmão.

– Aqui, dê uma olhada nisso. Acho que conseguimos um. Lago Manitoc, Wisconsin. – diz Dean mostrando a foto da garota ao irmão. – Semana passada. Sophie Carlton, 18 anos. Entra no lago e não sai mais. As autoridades extraíram a água e nada.

– Ela é a terceira atacada naquele lago este ano. – comenta Jane. – Nenhum dos outros corpos foram encontrados também. Ela teve um funeral há dois dias.

– Funeral? – pergunta Sam a Jane.

– É, com o caixão vazio. – ela responde.

– Deve ter sido para o fechamento, sei lá. – diz Dean. Sam da um sorriso irônico para ele.

– Que fechamento? Pessoas não desaparecem assim, Dean. Outras pessoas param de procurar por elas. – comenta Sam.

– Algo que queira dizer? – pergunta Dean ao irmão, desconfiado.

– O papai. Estamos ficando cada vez mais longe dele. – avisa Sam.

– E o que devemos fazer? – pergunta Dean estressado à Sam.

– Eu não sei. Alguma coisa, qualquer coisa. – responde Sam.

– Quer saber, estou cansado dessa atitude. Acha que eu não quero encontrar o papai tanto quanto você? – pergunta Dean. Sam da um riso sarcástico. Jane revira os olhos. – Eu fiquei com ele todos os dias nos últimos dois anos enquanto você foi para a faculdade. Nós vamos achar o papai, mas até lá nós vamos matar todo o mal que encontrarmos no caminho. Entendeu?

Sam concorda com a cabeça. A mesma garçonete passa ao lado de Dean e ele olha com maliciosidade para ela, Sam a olha também, mas com uma expressão normal.

– Certo. Lago Manitoc. Qual a distância? – pergunta Jane, chamando a atenção de Dean e Sam. Dean da um sorriso a ela e levanta sem responder, Jane e Sam o seguem para dentro do carro, eles partem. Quando está prestes a escurecer, eles chegam ao Lago Manitoc. Se dirigem a casa da jovem que desapareceu no lago. O irmão desta abre a porta para os três.

– Will Carlton? – pergunta Dean. – Eu sou o agente Ford, este é o agente Hammil e ela é a agente Trace. Somos do serviço de Animais Selvagens. Will os deixa entrar e os leva até o lago onde se encontra seu pai, sentado em uma cadeira na beira do lago.

– Ela estava a cem metros. – explica Will. – É onde ela foi afogada.

– Tem certeza que ela não se afogou sozinha? – pergunta Dean.

– Sim, ela era uma ótima nadadora. Ela praticamente cresceu naquele lago. – responde Will. – Ela estava tão segura ali quanto na banheira.

– Então, nenhum sinal de sangue na água, de ataque? – pergunta Jane.

– Nada. É disso que eu estou falando. – responde Will.

– Você viu sombras na água? Talvez alguma forma misteriosa surgir na superfície? – continua ela.

– Não. Como eu já disse, ela estava bem lá. – responde o garoto.

– Você viu alguma coisa rastejando pela margem? – pergunta Sam.

– Não, por quê? O que vocês acham que tem lá? – pergunta Will aos três estranhando as perguntas.

– Deixaremos você saber, quando soubermos. – responde Dean e em seguida se vira em direção ao carro.

– E quanto ao seu pai? – pergunta Jane. Dean se vira e a olha, Sam também. – Podemos falar com ele?

Will se vira e olha para o pai na margem do lago, em seguida se vira de volta para Jane.

– Olha, se não se importam, ele não fala com ninguém. – responde Will.

– Está tudo bem, nós entendemos. – diz ela. Will lhe da um sorriso discreto. Dean, Sam e Jane voltam para o carro. Vão para a delegacia.

– Porque o Serviço de Animais Selvagens está preocupado com um simples acidente? – pergunta um policial deixando os três entrarem em sua sala.

– Tem certeza que foi um acidente? – pergunta Sam. – Will Carlton disse que viu alguma coisa agarrar a irmã.

– Como o que? Sentem-se, por favor. – oferece o policial. – Não existem carnívoros selvagens naquele lago. Nada grande o suficiente para afogar uma pessoa. A menos que tenha sido o Monstro do Lago Ness.

Dean da uma risada e olha sarcasticamente para Sam e Jane que o olham com expressão séria.

– Will Carlton está traumatizado. A mente prega peças algumas vezes. – diz o policial. – Mesmo assim, nós retiramos a água de todo o lago. Só para ter certeza, e não tinha nada lá.

– É o terceiro corpo desaparecido esse ano. – diz Jane.

– Eu sei. – diz o policial. – São pessoas da minha cidade. São pessoas com quem eu me importo.

Dean concorda com a cabeça. O policial bate nas pernas e se encosta em sua cadeira com um ar preocupado.

– De qualquer modo, isso não durará muito tempo. – ele comenta.

– O que quer dizer? – pergunta Dean.

– O fechamento do lago, é lógico. – responde o policial. Sam arregala os olhos.

– Lógico, o fechamento. – diz Dean olhando para Sam. – Provavelmente um ato superficial.

– Será uma reserva. – diz o policial. – Assim os federais nos dão o dinheiro, e eles poderão abrir o vertedouro. Em seis meses não haverá muito do lago. Mas vocês já sabiam disso, certo?

– Com certeza. – responde Dean a ele.

– Desculpe. Eu estou interrompendo? Eu posso voltar mais tarde. – diz uma mulher de cabelos ondulados castanhos e olhos claros entrando na sala. Sam e Dean se levantam, Jane continua sentada.

– Senhores, essa é a minha filha. – apresenta o policial.

– Prazer em conhecê-la, eu sou Dean. – ele se apresenta apertando delicadamente a mão da moça.

– Vitória Xavier. – diz a moça, apertando a mão de Dean, este lhe da um sorriso e ela lhe da outro.

– Serviço de Animais Selvagens. Sobre o lago. – diz o policial à sua filha. Vitória olha para Sam e Jane também com um sorriso. Um garoto de uns 8 anos entra na sala atrás de Vitória.

– Oh, olá. Qual o seu nome? – pergunta Dean ao menino. Ele não responde e sai da sala. Vitória vai atrás dele. Sam olha para Dean e Jane que se levanta da cadeira, ainda olhando por onde o menino saiu correndo.

– O nome dele é Lucas. – responde o policial.

– Ele está bem? – pergunta Jane.

– Meu neto está passando por muita coisa. Todos estamos. – responde o policial.

Em seguida o policial vai até a porta.

– Se houver qualquer coisa que eu possa fazer, é só falar. – oferece o policial enquanto Jane, Sam e Dean saem da sala.

– Já que falou nisso, vocês podem nos dizer um hotel com preço razoável? – pergunta Dean e olha para Vitória.

– Motel Lakefront. Vire a esquina. É a duas quadras. – ela responde.

– Se importa de ir com a gente? – pergunta Dean a ela.

– Quer que eu ande com você por duas quadras? – pergunta Vitória a Dean.

– Não se for incômodo. – diz Dean.

–Bom... Tudo bem, eu ia para lá mesmo. – responde Vitória. – Eu volto para pegar Lucas as três. Vá ao parque, ta bom querido?

Os três se despedem do policial e saem com Vitória para a rua.

– Filho bonito. – comenta Dean à moça.

– Obrigada. – Vitória responde.

– Crianças são demais, não? – pergunta Dean, continuando com a cantada. Sam e Jane só escutam as baboseiras dele.

– Ali está. – diz Vitória parando e mostrando o motel do outro lado da rua. – Como eu disse, duas quadras.

– Obrigado. – agradece Dean.

– Deve ser difícil com o seu senso de direção, nunca ser capaz de sair na rua sem ter um surto. – zomba Vitória de Dean. Jane e Sam seguram uma risada. – Apreciem a estadia.

– Crianças são demais?Você nem gosta de crianças. – comenta Sam depois que Vitória vai embora.

– Eu adoro crianças! – retruca Dean.

– Diga três crianças que você ao menos conhece. – diz Sam. Dean pensa por um segundo, Sam faz um gesto de ‘’ Ah, deixa para lá. ‘’ e sai andando com Jane ao seu lado.

– Eu estou pensando! – reclama Dean os seguindo.

No motel...

– Então, há três vítimas esse ano. – diz Sam, pesquisando em seu laptop.

– E antes disso? – pergunta Jane sentada na cama.

– Mais seis nos últimos 35 anos. Os corpos também nunca foram encontrados. – responde Sam. – Se tem algo lá, está medindo os passos.

– Que tipo de monstro faria isso? – pergunta Dean.

– Essa coisa toda de monstro... Me incomoda – comenta Sam.

– Por quê? – perguntam Dean e Jane ao mesmo tempo.

– Lago Ness, Lago Champlain. Há centenas de testemunhos. Mas aqui, quase nada. – responde Sam a eles. – O que quer que esteja lá, ninguém sobreviveu para contar a história.

– Xavier. Leonardo Xavier. Eu já ouvi esse nome antes. – diz Dean apontando uma reportagem na tela do laptop.

– Leonardo Xavier. A vítima de maio. – lê Sam. Este abre a reportagem de Leonardo. – Hum... Leonardo Xavier era marido de Vitória. Pai de Lucas. Aparentemente ele levou Lucas para nadar. O filho ficou na plataforma de madeira quando Leonardo se afogou.

Dean e Jane se olham.

– Parece que temos uma testemunha afinal. – comenta Jane olhando para a foto de Lucas na reportagem do laptop.

– Por isso que o garoto estava tão assustado. – lembra Dean. – É difícil se restabelecer depois de ver um dos pais morrer.

Mais tarde, no parque da cidade...

– Podemos nos juntar? – pergunta Dean à Vitória que está vendo seu filho desenhar em um banco do parque. A moça se vira para os três e da um sorriso.

– Estou de olho no meu filho. – diz ela. Os três olham para Lucas no banco.

– Posso dar um oi? – pergunta Dean e sem ouvir a resposta se aproxima de Lucas.

– Digam ao amigo de vocês que essa atitude de guarda generoso não vai funcionar comigo. – diz Vitória a Jane e Sam.

– Eu não acho que essa é a intenção dele. – diz Jane a ela. – Sinceramente.

Dean se agacha na frente de Lucas no banco...

– Como está indo? – pergunta Dean a ele. Lucas não responde. Dean pega um dos soldadinhos de brinquedo ao lado do menino. – Eu adoro essas coisas. Então, giz de cera é mais a sua praia. É legal. As garotas gostam.

Dean folheia alguns desenhos de Lucas.

– Você desenha bem. – diz Dean a ele. – Se importa se eu sentar aqui e desenhar um pouco? Eu não sou tão ruim nisso.

Continua sem resposta. Dean pega um giz e uma folha, se senta no banco e começa a desenhar enquanto fala com Lucas.

– Eu acho que você consegue me ouvir. – diz ele. – Eu sei o que aconteceu com o seu pai. Sei que foi algo terrível. Acho que sei como se sente. Quando eu estava mais ou menos na sua idade eu vi uma coisa... Talvez você pense que ninguém vai ouvi-lo, ou acreditar em você. Mas eu vou. Você nem precisa me dizer nada. Basta fazer um desenho do que você viu aquele dia com o seu pai...

Lucas nem ao menos olha para ele.

– Certo, sem problemas. – continua Dean e entrega à Lucas seu desenho. - Isso é pra você. É a minha família. Esse é o meu pai, essa é minha mãe, esse é o meu irmão esquisito e esse sou eu. É, parece que eu sou um péssimo artista. Vejo você por aí, Lucas.

Dean se levanta e se aproxima de Vitória, Jane e Sam. Lucas para de desenhar e pega o desenho de Dean e sua família.

– Lucas não tem dito nada. Nem para mim... Desde o acidente do pai. – diz Vitória a eles.

– Nós ouvimos sobre o assunto. Sinto muito. – diz Jane. Dean e Sam concordam com a cabeça.

– O que os médicos disseram? – pergunta Sam.

– Que é um tipo de stress pós-traumático. – responde Vitória.

– Isso não deve ser fácil. Para ele e para você. – deduz Jane.

– Eu posso contar com o meu pai. Ele me ajuda muito. – diz Vitória. – É só que... Quando eu penso no que Lucas passou, no que ele viu...

– Crianças são fortes. Você ficaria surpresa com o que elas podem fazer. – diz Dean a ela.

– Ele era tão animado, vocês não imaginam o que ele aprontava. – diz Vitória. – Agora ele só fica sentado. Desenhando e brincando com os soldadinhos.

De repente Lucas se aproxima.

– Ei, querido! – diz Vitória a ele. Lucas entrega de cabeça baixa um desenho a Dean.

– Obrigado, Lucas. – diz Dean a ele, olhando o desenho de uma casa antiga com um barco nos fundos. Lucas se vira e volta para o banco onde estava antes. Jane, Sam e Dean se olham.

Na casa de Will Carlton... O pai está sentado diante da televisão com uma expressão de sofrimento.

– Você deveria comer alguma coisa. – diz Will a seu pai. – Vou fazer o jantar, ok?

...

No Motel... Todos dormem normalmente em suas camas, mas de repente imagens vêm na cabeça de Jane. Peixes, muita água preta e Will Carlton, ele vai se afogar. Jane acorda suando, olha para o teto fixamente.

– O que está acontecendo comigo? – pergunta ela a si mesma e tenta voltar a dormir.

...

Will vai para os fundos da casa, lavar os peixes para fritá-los, de repente a água da torneira sai com uma cor estranha, Will vê e fecha, uma água preta sai de um buraco da pia em seguida. Will se assusta, a pia está quase cheia do líquido preto. Ele arregaça a manga de um dos braços e o bota dentro da pia, tira a tampa do ralo, vê que a água preta não desce e bota a mão de novo dentro da pia. Nada. Quando vai tirar o braço, algo o puxa bruscamente, seu rosto é empurrado para dentro da água, ele tenta tirar, mas não consegue, luta para se salvar, mas não adianta, pouco tempo depois, sua respiração para. Em seguida a água preta some.

...

No dia seguinte... no Motel.

– Parece que o Nessie aprontou de novo. – avisa Sam entrando no quarto e tirando o casaco.

– Como assim? – pergunta Jane ao mesmo tempo em que Dean olha Sam preocupado.

– Eu acabei de passar na casa dos Carlton. – avisa Sam se sentando ao lado de Jane na cama. – Tem uma ambulância lá. Will Carlton está morto.

– Afogado? – pergunta Dean.

– É. Na pia. – responde Sam. Jane se levanta assustada. – O que foi?

‘’ Eu vi isso acontecer.’’ Pensa ela. ‘’ O que está acontecendo comigo?’’

– Não é uma criatura então. – diz Jane acordando de seus pensamentos. – É outra coisa.

– Tipo o que? – pergunta Dean.

– Sei lá, mas sabemos que pode controlar a água. – responde Jane.

– Água que vem da mesma fonte... – começa Dean.

– O lago. Por isso não está sumindo com os corpos. – completa Sam. – O lago estará seco em alguns meses. O que quer que seja, está tentando ganhar tempo.

– E se atravessa os canos, consegue pegar qualquer um! – diz Jane. – Isso provavelmente vai acontecer de novo, e muito em breve.

– E sabemos de outra coisa. Sabemos que tem a ver com Bill Carlton. – diz Sam. - Eu andei perguntando. O pai de Lucas, Leo, era afilhado de Bill.

– Vamos fazer uma visita ao Sr. Carlton. – diz Jane. Em seguida eles saem do Motel e vão há a casa dos Carlton.

Os três o encontram na plataforma de madeira, na beira do lago.

– Gostaríamos de fazer algumas perguntas. – diz Sam a Bill que os vê se aproximando. – Somos do Depart...

– Eu não me importo de onde vocês são. – interrompe Bill. – Não vou responder a nenhuma pergunta hoje.

– O seu filho disse que viu algo nesse lago. – pergunta Jane ignorando-o. Bill não responde. – E você? Já viu alguma coisa nele?... O afogamento de Sophie, a morte de Will. Achamos que possa haver uma ligação a você ou a sua família.

– Meus filhos se foram. – começa Bill olhando para Jane. – É... É pior do que morrer. Vão embora, por favor.

– Vamos. – diz Dean e puxa Jane pelo braço. Eles se aproximam do carro. – O que vocês acham?

– Ele está escondendo alguma coisa. – responde Sam. Este olha para Jane que está olhando para a casa de Bill há um tempo.

– Talvez Bill não seja o único que saiba algo. – responde Jane a ele. Sam e Dean olham para a casa e percebem que é a que Lucas desenhou e entregou a eles.

Em seguida eles vão até a casa do menino.

– Eu não acho que seja uma boa idéia. – responde Vitória depois que Dean pergunta se eles podem falar com Lucas.

– Só preciso falar com ele por alguns minutos. – pede Dean.

– Ele não dirá nada. No que isso pode ajudar? – pergunta a moça.

– Vitória, achamos que mais pessoas possam se machucar. – avisa Jane a ela. – Algo está acontecendo no lago.

– Meu marido, os outros, eles apenas se afogaram. – diz Vitória.

– Então nós iremos embora. – diz Dean. – Mas se você achar que outra coisa pode estar acontecendo aqui, deixe-me falar com o seu filho.

Vitória pensa, mas lhes dá passagem, os deixando entrar. Os três vão até o quarto de Lucas que está desenhando no chão onde tem vários soldadinhos espalhados. Dean entra no quarto e se agacha ao lado dele.

– Ei, Lucas, lembra de mim? – pergunta Dean. Ele não responde. – Sabe, eu queria agradecer pelo desenho. Mas acontece que eu preciso da sua ajuda novamente.

Dean tira do bolso o desenho que Lucas lhe deu e mostra a ele.

– Você sabia como desenhar isso? – pergunta Dean. Lucas continua sem responder. – Sabia que algo de ruim estava acontecendo? Talvez você pudesse dizer sim ou não pra mim.

Nada.

– Você está com medo. Quando eu tinha mais ou menos a sua idade, eu vi algo ruim acontecendo com a minha mãe. – comenta Dean, Sam e Jane apenas o olham. – Eu estava assustado também. Eu ficava sem falar, como você. Mas a minha mãe gostaria que eu fosse corajoso. Eu penso nisso todos os dias. E eu faço o meu melhor para ser corajoso. E talvez o seu pai também quisesse que você fosse corajoso.

Lucas para de desenhar e olha para Dean, Vitória fica surpresa. Lucas pega um de seus desenhos e o entrega a Dean. É uma casa amarela, com uma igreja branca do lado. Do outro lado da casa amarela há uma cerca com uma bicicleta e um homem.

– Obrigado, Lucas. – diz Dean a ele. Em seguida os três saem da casa e entram no carro.

– Vitória disse que o filho nunca desenhou assim. – comenta Jane enquanto eles vão até o lugar do desenho de Lucas.

– Há casos em que ao passar por um momento traumático, pode deixar a pessoa mais sensível, a pessoa pode começar a ter premonições, sexto sentido... – explica Sam.

– O que quer que esteja lá, sabemos que Lucas está se comunicando de alguma forma. E é só questão de tempo até outro ataque. – diz Dean interrompendo Sam.

– Certo, temos outra casa para encontrar. – diz Jane.

– Devem haver mais de 2.000 casas nessa cidade. – reclama Dean.

– Com uma igreja do lado? – retruca Jane. Sam concorda e ri de Dean e sua esperteza.

– Cala a boca. – diz Dean a Sam. – Oh, universitário, você se acha tão esperto.

– O que você disse sobre a mamãe... – diz Sam depois de exitar um pouco. – Você nunca me contou aquilo.

– Não é nada de mais. – diz Dean. Sam lhe da um sorriso carinhoso, o irmão olha para ele. – Deus, você não vai me abraçar, vai?

Eles chegam ao local do desenho, vêem que estão no lugar certo e vão até a casa amarela, lá uma senhora os atende.

– Desculpe lhe incomodarmos, senhora, mas tem alguma chance deste garotinho ter vivido aqui? – pergunta Dean a ela. – Ele deveria usar um boné azul e ter uma bicicleta vermelha.

– Não senhor, não por muito tempo. – a senhora responde. – Peter deve ter partido há uns 35 anos, agora. A policia nunca... Eu nunca soube do que aconteceu. Ele apenas desapareceu. Perder ele...

Os três se olham.

– Ele deveria vir direto para casa depois da escola. – diz a senhora enquanto eles entram na casa. – Mas ele não apareceu.

Em um dos corredores da casa, Dean pega uma fotografia que está pendurada no espelho, são dois meninos, Dean vira a foto.

– Peter Sweeney e Bill Carlton. – lê Dean. – 1970.



No lago... Bill se encontra sozinho.

– Pegou tudo. Todos. Não sobrou nada. – diz Bill olhando para o lago. – Eu não entendo. Eu não acredito. Não, eu acho que acredito. Eu acho que finalmente sei o que você quer.

No carro de Dean...

– Certo, esse garoto Peter Sweeney, desapareceu e isso é tudo ligado a Bill Carlton de alguma forma. – comenta Sam.

– Era óbvio que Bill estava escondendo alguma coisa. – diz Jane.

– E matou as pessoas que ele amava para puni-lo. – continua Sam.

– Então Bill fez algo a Peter. – diz Dean.

– E se Bill o matou? – pergunta Jane. Dean e Sam a olham.

– Peter iria querer se vingar. – diz Dean a ela.

Os três vão até a casa de Bill novamente.

– Sr. Carlton? – grita Sam para ver se ele escuta. Dean vai atrás de Sam. De repente Jane olha para o lago.

– Ei!Olhem. – Jane chama Sam e Dean. Eles voltam correndo para junto dela. Bill está dentro de um barco se afastando para o centro do lago. Os três saem correndo até o lago. Vão até a plataforma de madeira.

– Sr. Carlton, volta aqui. – grita Jane.

– Volta! – gritam Sam e Dean.

Mas de repente uma enorme quantidade de água joga o barco para cima e ele se quebra, Bill é jogado no lago e não volta à superfície.

Na delegacia...

– Querido, qual o problema? – pergunta Vitória a Lucas que está inquieto na cadeira. Jane, Sam e Dean entram na delegacia rapidamente. - Eu não esperava vê-los por aqui.

Vitória levanta da cadeira, o policial, pai de Vitória recebe os três em sua sala.

– O que faz aqui? – pergunta o policial à sua filha.

– Eu trouxe o jantar. – Vitória responde.

– Desculpe querida, mas agora eu não tenho tempo. – diz o policial a ela. Em seguida tira sua jaqueta.

– Eu ouvi sobre Bill Carlton. É verdade? Há alguma coisa acontecendo no lago? – ela pergunta assustada a ele.

– A verdade é que a gente não sabe, mas eu acho que seria melhor se você e Lucas ficassem em casa. – avisa o policial. Jane vê que Lucas está inquieto e avisa Dean que também o olha. De repente Lucas levanta da cadeira e começa a puxar o braço de Dean, Vitória o segura.

– Lucas, ei, o que foi? – pergunta Dean. – Lucas, está tudo bem. Está tudo bem.

O menino solta o braço de Dean, Vitória o leva lá para fora. Dean, Jane e Sam o olham preocupados. O policial entra em sua sala, Sam o segue, Dean continua parado olhando por onde Lucas saiu com Vitória, Jane vai até ele e põe uma mão em seu ombro, Dean a olha.

– Vem. – ela diz, fazendo um gesto com a cabeça na direção da sala do policial. Eles entram.

– Vamos ver se eu entendi. – começa o policial. – Alguma coisa atacou o barco de Bill. Puxando Bill, que é um ótimo nadador, para dentro do lago e ele não voltou mais.

– É, mais ou menos isso. – diz Dean.

– E eu deveria acreditar nisso? – pergunta o policial. – O que vocês dizem é impossível, e vocês não são do Serviço de Animais Selvagens.

Sam, Dean e Jane se olham.

– Isso mesmo. Eu pesquisei. O Departamento nunca ouviu falar de vocês três. – diz o policial.

– Bom... A gente pode explicar isso. – começa Dean.

– Já chega, por favor. – pede o policial. – A única razão de estarem respirando em liberdade é por um vizinho do Bill me avisar sobre o barco antes de vocês. Então nós temos algumas opções. Eu os prendo por se fazerem passar por oficiais do governo e os deixo como testemunhas do desaparecimento de Bill Carlton, ou nós podemos transformar tudo isso em um péssimo dia, vocês entram no seu carro, colocam essa cidade no seu retrovisor e nunca mais ousam aparecer aqui.

– A segunda opção parece boa. – diz Sam. Dean concorda. Jane não responde nada, apenas olha desconfiada para o policial.

– Ótimo. – diz o policial.

Na casa de Vitória, tarde da noite, Lucas está em seu quarto desenhando no escuro. Vitória passa pelo quarto e vê seu filho.

– Querido, o que você está fazendo acordado? – ela pergunta ele. – Venha, vamos dormir.

No desenho de Lucas o que mostra é apenas um buraco negro.

Indo embora da cidade Dean para o carro mesmo o farol estando verde.

– Verde. O farol está verde. – avisa Sam. Dean recomeça a andar, mas vira para o outro lado. – Hum... O estado fica para outro lado.

– Ele sabe. – diz Jane para Sam. – Nós temos que voltar. Não podemos deixar esse caso passar. Aquele policial tem algo de errado com ele.

– Eu também achei. – diz Dean. De repente Jane vê imagens. Uma banheira, Vitória entrando nela e se afogando. As imagens param. Jane olha para frente fixamente.

– O que foi? – pergunta Dean percebendo.

– Vitória. – diz Jane sem olhá-lo. – Ela vai se afogar.

– Do que está falando? – pergunta Sam.

– Vitória. – ela repete. Dean acelera para a casa de Lucas.

...

Na casa de Vitória, esta vai até a banheira, tampa o ralo e liga a água.

...

– Mas, eu não entendo. – diz Sam. – Esse trabalho já acabou. Peter já levou todos que deveria levar.

– Não, nem todos. – diz Jane.

– Você também viu como Lucas estava assustado hoje na delegacia. Eu não vou sair daqui sem saber se o garoto vai ficar bem – diz Dean ao irmão.

– Quem é você e o que fez com o meu irmão? – pergunta Sam debochando de Dean.

– Cala a boca. – responde Dean.

...

Vitória põe a mão na água para ver se está boa, em seguida tira o roupão e entra na banheira, deita e relaxa. Põe seus pés de baixo da água que cai da torneira. De repente a água muda de cor, mas Vitória não vê, esta passa uma toalha úmida em seu rosto, algo a observa na banheira, toda a água da banheira fica preta. Vitória abre os olhos, vê a cor da banheira e se assusta, mas algo a puxa para baixo, ela grita. Tenta sair da banheira, mas não consegue. Lucas ouve os berros da mãe e bate na porta do banheiro com força. Os berros continuam. Vitória começa a se afogar.

– Vocês têm certeza sobre isso? – pergunta Sam para Dean e Jane na porta da casa de Vitória. – Parece tudo normal.

No mesmo instante que Dean toca a campainha, Lucas abre a porta assustado e corre para o andar de cima da casa, os três o seguem. Na escada uma grande quantidade de água cai. Dean chuta a porta do banheiro. Sam e Jane correm puxar Vitória para fora da banheira, usam muita força, não conseguem, continuam tentando. Jane pensa no que fazer.

– Eu tenho que tentar. – diz ela em voz alta.

– O que? – pergunta Sam sem entender.

– Eu preciso que você se afaste. – pede Jane a ele.

– Mas... – começa Sam.

– Sam! – pede ela. Em seguida ele se afasta sem entender ainda. Dean, Sam e Lucas apenas a olham apreensivos.

Jane se concentra. Põem as mãos na água, agarra o corpo de Vitória e a puxa. Em seguida ela tira a moça da banheira com facilidade. Jane pega uma toalha e a enrola em Vitória no chão. Esta cospe muita água da boca.

Sam e Dean olham tudo perplexos.

...

No dia seguinte...

Os três voltam à casa de Vitória.

– Como sabia que Vitória ia se afogar? – pergunta Dean à Jane na porta da casa. – E não adianta dizer que não sabe porque eu sei que sabe.

– Dean. – diz Sam nervoso a ele.

– Tudo bem. – diz Jane. – Eu vi que ia acontecer. Imagens vieram na minha cabeça. Eu pensei que não era nada antes, mas...

– Antes? – pergunta Sam.

– É, eu estava dormindo e eu vi Will Carlton se afogando. – continua Jane. – No dia seguinte quando o Sam entrou dizendo que o rapaz havia morrido eu fiquei assustada, não sabia que estava acontecendo comigo, mas agora eu sei.

– Você quer dizer que... Tem visões? – pergunta Dean.

– É. – afirma Jane. – E ontem por alguma razão eu senti que poderia arrancar Vitória da banheira sozinha. Por isso pedi ao Sam que se afastasse. Quando me dei conta ela já estava ao meu lado, cuspindo água. Eu simplesmente não sei o que está acontecendo comigo. Eu posso fazer coisas que nenhuma pessoa normal conseguiria.

Sam e Dean se olham.

Em seguida Jane toca a campainha da casa. Vitória atende e os manda entrar. Eles vão até a sala e se sentam em uma mesa.

– Você pode me dizer? – pergunta Vitória a Sam.

– Não. – ele responde. Dean procura por toda parte algo que os ajudem a desvendar o caso.

– Não faz sentido. – diz Vitória chorando. – Eu estou enlouquecendo.

– Não, não está. – diz Jane a ela. – Apenas nos diga o que aconteceu. Tudo.

– Eu ouvi... Eu achei que ouvi. – diz Vitória. – Tinha essa voz.

– O que ela dizia? – pergunta Sam a ela.

– Dizia... ‘’ venha brincar comigo. ’’. – responde Vitória e recomeça a chorar. – O que está acontecendo?

Dean acha um álbum de fotos, na capa diz ‘’ Jake, 12 anos. ‘’. Dean vê uma das fotos e volta correndo com ela para onde Sam, Jane e Vitória estão.

– Você reconhece as crianças nessa foto? – pergunta Dean colocando a foto na frente de Vitória.

– Não. Quero dizer... Exceto esse, que é o meu pai. Ele deve ter uns 12 anos nessa foto. – responde Vitória apontando um garoto.

– O afogamento de Leonardo Xavier não deve ter nada a ver com Bill Carlton e sim com o policial. – diz Dean.

– Talvez com Bill e o policial. Os dois estavam envolvidos com Peter. – diz Jane. Dean concorda com a cabeça e vira para Lucas que olha algo pela janela.

– O que tem Leo e o meu pai? Do que estão falando? – pergunta Vitória.

– Lucas? Lucas, o que foi? – pergunta Dean. O menino para de olhar pela janela e sai da casa. Dean, Jane, Sam e Vitória o seguem, eles entram na floresta. Lucas para bem em cima de uma grama macia, mas diferente e olha para baixo. Em seguida olha para Dean.

– Você e Lucas voltem para a casa e fiquem lá, está bem? – diz Dean a Vitória. Esta pega o filho e volta para casa. Os três olham para onde Lucas estava olhando no chão.

– Você acha que consegue puxar? – pergunta Dean à Jane. – Se você me intende.

– Dean, não a forçe. – diz Sam nervoso.

– Eu posso tentar. – diz Jane e olha de volta para o chão. Ela se agacha, encosta na grama e se concentra. Sam e Dean a olham fixamente. De repente as mãos de Jane afundam na grama, ela toca em algo e puxa.

– A bicicleta de Peter. – diz Sam.

– Quem são vocês? – pergunta alguém atrás deles. Eles se viram rapidamente. Jake aponta uma arma na direção deles.

– Abaixa essa arma, Jake. – pede Jane.

– Como vocês sabiam que isso estava aí? – pergunta Jake.

– O que aconteceu? Você e Bill mataram Peter? O afogaram no lago e enterraram a bicicleta? – pergunta Dean. – Você não pode enterrar a verdade, Jake. Nada fica enterrado.

Da casa, Vitória vê seu pai apontando uma arma para Dean, Jane e Sam, ela vai até Lucas.

– Vá para o seu quarto, querido. Agora. Tranque a porta e espere por mim. Não saia de lá! – ele pede a ele.

– Não sei do que diabos estão falando. – diz Jake a eles.

– Você e Bill mataram Peter Sweeney há 35 anos. – diz Jane.

– Pai! – grita Vitória correndo para junto dos outros.

– E agora temos um espírito puto da vida por aí. – diz Dean.

– Vai levar Vitória, Lucas e todas as pessoas que você ama. – continua Sam. – Vai afogá-las e vai levar os corpos para Deus sabe onde. Para você sentir a mesma dor que a mãe de Peter sentiu.

– E então, no final, vai te levar. E não vai parar até conseguir. – completa Jane.

–É? Como você sabe disso? – Jake pergunta a ela.

– Porque é exatamente o que fez com Bill Carlton. – Jane responde.

– Vocês... Vocês estão loucos! – grita Jake.

– Nós não damos a mínima para o que você acha de nós. – comenta Dean. – Mas antes de derrotarmos o espírito, precisamos achar o corpo dele e destruí-lo.

Vitória olha assustada para seu pai e em seguida para Dean.

– Diga que você enterrou Peter. Diga que não o jogou no lago. – pede Dean.

Lucas sai discretamente da casa e vai até o lago.

– Pai, isso é verdade? – pergunta Vitória.

– Não. Não ouça eles. São mentirosos e perigosos. – responde Jake.

– Alguma coisa tentou me afogar. Leo morreu naquele lago. Pai, olhe para mim! – pede Vitória.

Ele a olha.

– Diga que você não matou ninguém! – pede Vitória. Jake olha para os lados com receio. -Meu Deus!

– Billy e eu estávamos no lago. – ele começa a relatar. – Peter era o menor da turma. Nós sempre zuamos dele. Mas dessa vez... Ele ficou bravo. Nós colocamos a cabeça dele na água... Não queríamos, mas ele se afogou. Nós deixamos o corpo ir e afundar sozinho. Nós éramos crianças. Estávamos com tanto medo e foi um erro, mas isso não tem nada a ver com os afogamentos. – explica Jake. Vitória o olha enojada. – Por causa de um fantasma? Isso não é racional.

– Agora escutem vocês dois. Nós temos que tirar vocês de perto desse lago o mais longe que pudermos, agora mesmo. – diz Dean. Vitória olha para o lago, Lucas está na beira dele.

– Lucas! – berra Jake e corre até o neto. Lucas tenta pegar algo que deixou cair dentro do lago, mas não consegue. Todos correm de encontro ao menino. De repente um braço o puxa para dentro do lago. Jake vê a cabeça do fantasma na água e reconhece Peter Sweeney. O policial abre a boca de espanto. O fantasma mergulha novamente. Jane corre o mais rápido que pode e ultrapassa todos. Em seguida, sem pensar, ela pula dentro do lago.

– Jane!Não! – gritam Sam e Dean se aproximando da beira, mas uma barreira no ar não os deixa tocar no lago. Um longo tempo se passa e eles não vêem nem Jane nem Lucas voltarem à superfície. Sam, Dean e Vitória ficam preocupados.

– Lucas! Cadê você? – grita Jake apreensivo. – Por favor, me leva no lugar dele. Deixe-me acabar com isso.

– Jane! – grita Sam a vendo voltar a superfície, mas ela mergulha de novo. Vitória se desespera e começa a gritar, depois de um bom tempo, quando Sam e Dean perdem as esperanças, Jane sobe a superfície com Lucas nos braços. Sam e Dean dão um grande sorriso em sua direção e ela sai do lago com o menino. A barreira se desfaz. Em seguida, silenciosamente Jake entra no lago.

– Você pode me levar agora. – pede ele à Peter.

– Pai! – grita Vitória e começa a correr na direção dele, mas Jane se coloca em sua frente e a segura. Em seguida Jake é puxado para baixo e não volta. Vitória abraça Jane e começa a chorar.

– Sinto muito, mas era preciso. – diz Jane.

...

Um tempo depois...

Dean vai em direção ao seu carro, Sam o segue.

– Olha, a gente não vai salvar todo o mundo. – diz Sam ao irmão.

– Eu sei. – responde Dean nervoso. Olham para o lado e vêem Jane se aproximar. - Como você está? – pergunta Dean.

– Seca. – Jane responde com um sorriso.

– Ficamos preocupados. – diz Sam a ela. – Porque não nos deixou ajudar no lago?

– Não sei. – ela mente. – Instinto.

– Sam!Dean!Jane! – grita Lucas se aproximando com Vitória.

– Ei! – diz Dean.

– Ainda bem que achamos vocês. Nós fizemos um lanche para a estrada – diz Vitória. – Lucas insistiu em fazer sozinho.

– Eu posso dar para eles agora? – pergunta Lucas. Vitória da um beijo em sua cabeça confirmando. Lucas entrega o lanche a Dean.

– Venha, Lucas, vamos botar isso no carro. – diz Dean chamando o menino com ele.

– Como está indo? – pergunta Sam a Vitória.

– Vai demorar um pouco para superar tudo, sabe? – diz ela.

– Nós sentimos muito. – diz Jane a ela. Vitória se vira para Jane e lhe da um enorme sorriso.

– Você salvou a vida do meu filho, Jane! Eu não posso pedir mais que isso. – ela diz. – Papai me amava e amava Lucas. Não importa o que ele fez, eu só tenho que agüentar firme.

Dean deixa o lanche no banco de trás e senta no banco do motorista com a porta aberta, Lucas se põe a sua frente.

– Certo, se você está falando agora, é muito importante para nós. Eu quero que você repita para mim mais uma vez. – diz Dean a Lucas.

– Led Zeppelin comanda! – diz Lucas.

– É isso aí. Bate aqui. – diz Dean levantando a mão, Lucas bate na mão dele. O menino da um sorriso. – Cuide da sua mãe, beleza?

Lucas afirma com a cabeça.

Sam, Vitória e Jane se aproximam dos dois. Dean levanta do carro, Vitória de repente lhe da um beijo na boca.

– Obrigada. – ela diz a ele. Sam e Jane dão um sorriso para eles. Encabulado, Dean coça a cabeça e entra no carro.

– Mexa seu traseiro, Sam e você também Jane. Quero pegar a estrada ainda de dia. – Dean diz vermelho. Sam e Jane dão tchau para Vitória e Lucas, em seguida entram no carro, se despedem mais uma vez com um aceno de cabeça e partem em busca de um novo caso.

Fim do episódio Supernatural S01E03 Morte na Água

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